first day in hell.

85 5 0
                                    

Acordei com uma dor insuportável em meu corpo, meus olhos estavam inchados e minha cabeça doía. Este era o primeiro dia no inferno.

Nunca imaginei que Tom faria isso comigo, nunca imaginei que ele ficaria tão obcecado ao ponto de me sequestrar, me sentia péssima.

Me levantei da cama, indo até o banheiro.
Me olhei no espelho e vi minha situação. Meus olhos estavam fundos pelo choro na noite anterior, meus cabelos bagunçados e minhas bochechas vermelhas. Sem enrolar muito, tranquei a porta do banheiro e retirei minha roupa, começando meu banho.

Terminei minutos depois, saí e me troquei, colocando uma calça de moletom de cintura baixa, e uma blusa preta básica colada, com as costas espostas. Calcei uma pantufa e desci para explorar um pouco a casa.

Após descer as escadas, me deparei com uma sala de estar enorme, estava acostumada com casas grandes, então não era nada que me espantasse.

Logo após a sala, havia a cozinha, e lá avistei uma mulher, provavelmente uma funcionária.

"Bom dia senhorita Jessyca!" - Disse com um sorriso amigável, me senti confusa, queria ir embora daquele lugar o mais rápido possível.

Ouvi um barulho grande, a porta principal sendo aberta, e logo após Tom entrava em casa. Corri antes que ele fechasse a porta, mas antes que pudesse sair, ele colocou seu braço em minha frente, me agarrando.
"Me solta, seu desgraçado!" - Me debatia contra seu peito, lhe dava socos e empurrões. "Para." - Ele me pediu com firmeza em sua voz, não parei. "Eu mandei parar!" - Depositou um soco em meu abdômen, a falta de ar me atingiu no mesmo momento, caí no chão, tentando recuperar o ar de alguma forma. Ele apenas ficou observando minha dor, parecia gostar do que via.

"Onde está o antigo Tom?" - Falei após me recuperar, minha voz saia chorosa.
Ele pareceu se atingir, saiu dali, me deixando ainda no chão. A mesma senhora que me deu um bom dia, veio me ajudar.

"Oh querida, sinto muito, você não deveria ter contrariado ele." - Me levantou, me sentei no sofá com dificuldade e a mulher me deu uma xícara de chá.
"Tom não é fácil de lidar, o máximo que pode fazer é aceitar, ele não te deixará ir embora" - Disse passando a mão entre meus cabelos.
"Você aceita isso? Ele faz com você também?" - Perguntei, lhe dando atenção.
"Nunca encostou um dedo em mim, ele me respeita como uma mãe" - Eu lhe fazia milhares de perguntas, essa foi a última que ela me respondeu.

Tomei o chá e subi para meu quarto.
Subi minha blusa e pude ver a marca que havia ficado.

Era uma mancha vermelha, que aos poucos ficava roxa.

(...)

Agora eu vasculhava o quarto em busca de meu celular, ou algum aparelho que pudesse me comunicar com alguém.

Ouvi alguns passos vindo do corredor, e rapidamente a porta sendo aberta.
Me afastei, encostando em uma parede.
"Vai embora, por favor" - Aquele sentimento de desespero tomou conta de mim novamente, ele riu. "Tenho um presente pra você." - Se aproximava com uma caixa em mãos. "Não quero nada vindo de você! Você é um monstro Tom!" - Falava alto, Kaulitz colocou a caixa na cama, se sentando. "Experimenta Jessyca." - Neguei com a cabeça, mas só pelo olhar dele, sabia que não podia dizer não.

Fui ao closet, e Kaulitz veio atrás, se sentando em uma poltrona.
Retirei as minhas peças de roupa com desgosto.
Peguei a caixa de suas mãos e a abri, era um vestido lindo, na cor roxa, também era de uma marca bem cara.
O tal vestido caiu como luva em meu corpo, destacou cada curva de meu corpo, Tom pareceu me admirar com um sorriso fraco.

Passei alguns segundos me olhando no espelho, como se aquele homem não estivesse ali.
Retirei a roupa e a guardei, coloquei a calça e a blusa que estava antes.

"Obrigado." - Engoli seco e disse. Tom apenas me olhou, se levantou e veio até mim, me pôs contra parede e se aproximou de meu rosto.

"Eu não quero ter que te machucar novamente, só quero que seja minha, apenas isso, então contribua" - Colocou suas mãos em minha cintura, olhei em seus olhos.
Em algum lugar ali ainda existia o antigo Tommy, sentia isso. Algo ali me fez estremecer, como se eu tivesse voltado no tempo, mas meu ódio no momento era bem maior que minha saudade.

Ele continuava próximo, minha respiração ofegava, ele via isso, e sabia que não era mais por medo.

"Saí Tom." - O empurrei levemente e me afastei, esperei o mesmo sair do quarto. Me deitei e passei o resto da tarde pensando, provavelmente seriam muitos dias fazendo isso.

(ESTÃO GOSTANDO? VOTEM PLISS!)

(ESTÃO GOSTANDO? VOTEM PLISS!)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Dollhouse - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora