Tom's bitch.

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Eu sumi em todo lugar, minha carreira foi por água abaixo, mas todos ainda lembravam de mim.

"Jessyca Villin vive uma vida fora das telas" é o que estão dizendo, eu não tinha mais um telefone, não sabiam minha localização, nem se eu ainda estava viva.

Hoje eu iria á uma corrida de carros com Tom, ele não estava fazendo isso com frequência, então era um evento importante para o mesmo.

"Te dou meia hora pra se arrumar." - Tom disse ao aparecer em meu quarto, eu apenas concordei com a cabeça.

Eu usava uma blusa preta de manga longa, mini saia e saltos altos, maquiagem leve e batom vermelho.

Desci as escadas e avistei Tom sentado no sofá, com um baseado entre os dedos.
Seu olhar rapidamente se moveu até mim, Tom me comia com os olhos, me olhava de cima a baixo e soltava a maldita fumaça pro lado, o deixando totalmente atraente.

"Podemos ir?" - Disse séria, ele se levantou, apagou seu cigarro e assentiu com a cabeça.

Eu entrei no carro e coloquei o cinto de segurança, deixando as minhas mãos sob a coxa.

"Você tá linda hoje, Jessy." - Tom disse, aproximando sua mão de minha perna.

"Tom, para." - Segurei sua mão, a impedindo de chegar a minha coxa.

"Você não me diz o que fazer, querida." - Sorriu malicioso, apertando meu pulso. Senti minhas veias estourarem.

"Você é nojento, Tom." - Meu estômago embrulhou, ao mesmo tempo que queria que ele me tocasse, sentia pavor de qualquer contato.

"Você é uma puta irritante." - Voltou a mão para o volante, logo se calando.

(...)

Chegamos ao local da corrida, Tom desceu do carro e me puxou junto, me levou até uma parede cheia de garotas e me deixou um selar nos lábios.

"O meu Deus, você é Jessyca Villin?" - Uma garota ao meu lado, aparentemente mais nova, me perguntou tocando em meu ombro.

"Ah, eu..." - Fiquei receosa de responder, mas antes que pudesse dizer algo, a mesma garota me abraçou, não tive reação alguma.

"Eu sou muito sua fã! O que faz aqui?!" - Me perguntou sorrindo gentil, eu permaneci calada.

"Ela é a nova vadia do Tom, sempre vai estar aqui" - Ouvi uma voz não tão distante, eu ri ironizando e consegui identificar quem era.
Uma mulher alta, seus cabelos eram loiros e seus olhos azuis, ela me olhava com deboche e rancor.

"Cale a porra da boca." - Disse em um tom alto, a mulher, que já parecia irritada, se aproximou e riu.

"Essa é a realidade, você é um objeto!" - Aquelas palavras me fizeram arder de raiva, e eu não consegui me controlar.
Enrolei minhas mãos em seus cabelos lisos e os puxei pra baixo.
A mulher foi direto ao chão, eu subi encima da mesma e dei alguns tapas no rosto.

"Que diabos! Saiam da minha frente suas putas!" - Tom disse para as mulheres que formavam uma roda para me ver batendo na garota, reconheci sua voz de longe, me dava calafrios.

Assim que ele me viu, eu paralisei. Paralisei ao ver sua feição irritada, sabia que era por minha causa, eu fiquei desnorteada por um momento.

Ele não disse nada, apenas pegou em meu braço e me arrastou até seu carro preto e brilhante, me jogou no banco me trás e entrou.

Foi dada a largada, todos os carros saíram apressados, e o de Tom, era o mais rápido.

"A única coisa que você tinha que fazer, era ficar naquele lugar por meia hora, Jessyca" - Ele dizia calmo, mas aumentava a velocidade de seu carro, eu não dizia uma palavra.

"Você me envergonhou, eu deveria te matar por isso." - Continuava acelerando.

"Tom..." - O chamei, mas fui interrompida.

"Fica quieta, Jessyca!" - Dei um pequeno pulo pelo susto que tomei com seu grito repentino.

Eu me encolhi no banco de trás e pedi à Deus para que ele não nos matasse naquele carro.

Dollhouse - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora