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Las Vegas, Estados Unidos23 de novembro de 2006

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Las Vegas, Estados Unidos
23 de novembro de 2006

Naquele dia eu e minha mãe já tínhamos ido para diversos lugares, era maravilhoso está perto dela, ela era a única que me tratava bem dentro daquela casa

Mary me escondia todas as vezes que meu pai chegava em casa em casa alcoolizado, ela me escondia no quarto, em um armário. Em qualquer lugar que Matias não pudesse me achar e acaba me espancando como fazia com ela

Enquanto escutava minha mãe sofrendo, enquanto escutava os gritos e choros dela, eu chorava também, era horrível ouvir e ver minha mãe naquela situação e não poder fazer nada a respeito, por que se eu me envolvesse eu sofreria a mesma coisa e isso era o que minha mãe menos queria.

Minha mãe sempre estava com marcas roxas nas pernas, braços, rosto, barriga, em qualquer lugar, ela já havia ido no hospital diversas vezes por conta que meu pai quebrava coisas de vidro na cabeça dela, e acabava ferindo o rosto dela, assim como a cabeça também

Eu vivi quase minha infância toda com isso, aquilo piorou quando completei 9 anos e meu pai começou a fazer várias outras coisas, como, começa a corta minha mãe, ele amarrava ela e começa a corta com uma faca lentamente a carne do braço dela.

Assim como das outras vezes, minha mãe me trancou no quarto e ficar lá quando escutou o barulho da porta da frente abrindo, era Matias bêbado novamente, não era nenhum novidade.

Eu fiz o que ela mandou mas, quando escutei ela sendo espancada novamente por nenhum motivo eu saí de fininho do quarto e comecei a ver tudo dá escada, até a perte enquanto meu pai amarrava ela e começava a corta a caber da perna dela, o sangue escorria pelas pernas dela

Eu comecei a chora, eu chora sem nenhuma emoção, sem pensar duas vezes eu peguei um pedaço de ferro que tinha no andar de cima, perto da porta do quarto, eu desci as escadas correndo e acertei o ferro nas costas de Matias, eu não sentia remorso de ter feito aquilo com meu próprio pai, por que eu tirei? Ele torturava minha mãe, a pessoa que eu mais amava, se remorso, por que eu teria remorso de bater nele com esse ferro?

Eu continuei até ver que ele não se mexia e muito menos respirava, minha mãe, minha mãe já estava morta também, ela não aguento mais, ela perdeu muito sangue, os cortes dessa vez eram mais profundos e além dos cortes, Matias bateu a cabeça dela na parede várias vezes

Eu engoli em seco, após encosta a mão no braço de Matias e ver que ele já estava gelado. Eu peguei nos braços dele e puxei para fora de casa, coloquei o corpo dele dentro de um saco preto e comecei a cava uma cova, depois que terminei de cava o buraco, eu joguei o corpo pesado de Matias lá dentro e comecei a jogar terra em cima.

Antes de ir embora daquela casa, eu entrei em casa novamente e olhei para o corpo da minha mãe, ela estava sentada na cadeira, as mãos amarradas atrás das costas e a cabeça inclinada para trás e os olhos fechados, eu desamarrei ela, carreguei ela até um sofá e a deitei ali, não importa se ela estava morta ou não, ela não merecia ficar naquela posição, era doloroso para mim vê ela daquele jeito.

Eu beijei a testa dela e acariciei seus cabelos castanhos, minha mãe tinha olhos claros, longos cabelos castanhos e ondulado, pele parda, minha mãe sempre tinha um corpo nem tão magro e nem gordo, mas ela tinha emagrecido muito, para ser sincero, bastante, e eu sei o motivo disso, todos sabem, mas além do espancamento minha mãe também tinha deixado de comer, ela passava da hora de comer, não comia o dia inteiro

Já Matias tinha cabelos pretos, ele era bastante alto, bem maior que minha mãe e tinha um corpo musculoso, não aparentava ter a idade que tinha, nem ele, nem minha mãe

Eu fiquei pensando enquanto continuava a acariciar o cabelo de Mary, antes de ir embora, beijei a testa dela novamente e corri para fora, não tinha pensado em como iria me alimentar e em muito menos aonde iria mora, eu apenas comecei a correr pela aquela rua deserta, a rua estava triste e solitária, assim como eu estava agora.

Minha mente estava barulhenta, eu tinha um aperto no peito por ter acabado de matar meu próprio pai, era uma mistura de orgulho e medo, orgulho por ter vingado minha mãe e medo por ter matado meu pai.

Eu sei que se eu não tivesse feito isso minha mãe iria morrer do mesmo jeito e eu irá sofrer no lugar dela e isso era o que ela mais temia, era por causa de mim que minha mãe me escondia do meu pai e apanhava.

No outro dia ele abraça minha mãe e a tratava com carinho como se não tivesse a espancado e a torturado no dia anterior, com o filho escutando tudo.

Ele me tratava bem no outro dia mas eu sabia que esse carinho acabaria quando ele chegasse do trabalho mais tarde.

Ele encheria a casa de gritos e o próprio filho de traumas e a esposa com marcas pelo corpo.

Minhas pernas estavam cansadas, mas eu não parei de correr, eu queria ir para vem longe daquela casa, para longe do corpo do meu pai que estava enterrado no quintal, o corpo podre que eu tive que tocar.

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