Capítulo 11 - A ilha

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Chegando perto da ilha, o navio subitamente colidiu com algo submerso que o fez começar a afundar rapidamente. O pânico se espalhou entre os alunos, mas Elara reagiu de forma surpreendente. Com uma calma inabalável, ela pulou do navio e, para o espanto de todos, começou a caminhar sobre a água.

Lionel, observando aquilo, mal pôde conter sua surpresa. "Maldita! Como consegue andar sobre a água?"

"Andando," disse Elara, já se afastando em direção à ilha.

"Nos salve!" gritou Lionel, a desesperança evidente em sua voz.

Por que eu salvaria pessoas que me odeiam? E sim, eu sou egoísta. O mundo é assim e assim será. Cada um tem que sobreviver por si só. Não vou limpar a bunda de ninguém. Para viver nesse mundo, somos obrigados a ser egoístas, Lionezinho. Até a próxima," Elara falou sem olhar para trás, sua decisão era clara enquanto se distanciava, aproximando-se mais da ilha.

"Aquela maldita! Desgraçada!" Lionel amaldiçoou, sentindo-se traído e impotente diante da situação.

De repente, uma voz ecoou na mente de todos, paralisando-os com suas palavras misteriosas e ameaçadoras. Elara, já a uma boa distância, parou para ouvir.

"Bem-vindos à ilha de Aethryst, onde ficarão por uma semana sobrevivendo. Caso morram, serão desclassificados, mesmo a morte não sendo permanente. E caso isso aconteça, ficarão no escalão de cavaleiros que seus pontos obtidos deram. Para obter os pontos, vocês têm que pegar esferas de energia espalhadas pela ilha. Uma última coisa: é permitido matar o outro e roubar suas esferas, para acumular mais pontos. Assim, o time perdedor perderá todos os seus pontos. Boa sorte, caros alunos."

A voz então cessou, deixando um silêncio tenso. Elara, já escondida atrás de uma pedra, sentiu duas armas aparecerem em suas mãos: uma adaga e uma espada. "Então que os jogos comecem," murmurou para si mesma, convocando sua sombra para materializar-se como um ser com sua mesma feição.

"Vamos nos dividir para caçar," instruiu Elara, entregando a adaga e a espada à sua sombra. "Escute, mesmo sendo minha sombra, todo seu dano recebido virá para mim, assim você não se machucará. Como somos o mesmo ser, teremos que usar cada um uma metade das magias que temos. Deixarei com você a manipulação de sangue. Use bem, fantasma sangrento."

Com olhos vermelhos e usando um casaco preto para cobrir sua face, junto de uma máscara para cobrir metade do rosto, a sombra de Elara se moveu para a direção oposta, pronta para começar sua caçada. Elara, com os olhos azuis reluzentes e vestindo o uniforme da escola para não levantar suspeitas, se dirigiu pelo outro caminho.

Já fora da ilha, os cavaleiros esperavam, envoltos em um manto de tensão palpável, pelos alunos que seriam julgados dignos ou indignos. A expressão de cada um carregava a seriedade de seu posto; nem mesmo os de mais alto escalão mostravam sinal de contentamento.

A monotonia da espera foi quebrada pela aproximação de uma figura distinta. Seus cabelos laranjas, ondulando ao sabor do vento, complementavam a intensidade de seus olhos verdes esmeralda, que fitavam o horizonte com determinação inquebrável. A armadura que o adornava era de uma vivacidade ígnea, como se chamas dançassem sobre sua superfície, e ao seu cinto, pendia uma arma incomum, assemelhando-se a uma pistola, que desafiava a compreensão tradicional de armamento medieval.

 A armadura que o adornava era de uma vivacidade ígnea, como se chamas dançassem sobre sua superfície, e ao seu cinto, pendia uma arma incomum, assemelhando-se a uma pistola, que desafiava a compreensão tradicional de armamento medieval

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