Elara

Capítulo 13- Sangue e Gelo (parte 1)

Em outra parte da ilha, Elara caminhava cautelosamente, observando os arredores em busca de possíveis alvos desprevenidos. De repente, ela se abaixou para sentir as vibrações através da terra, tentando detectar a presença de pessoas próximas.

Enquanto tocava o chão e fechava os olhos em concentração, Elara pensava em silêncio: "..."

"Eu ainda não entendo, mestre", murmurou Elara enquanto rapidamente sacava sua espada e se virava para se defender do ataque que vinha em sua direção.

Um machado então acertou a espada de Elara, congelando-a momentaneamente, mas o gelo foi instantaneamente sugado pela própria espada.

"Eu não me aguentei, Elara. Eu tive que ver o quanto você evoluiu nesses 1 ano e meio longe de mim", disse a mulher, fazendo força junto com o machado para tentar vencer a defesa de Elara.

"Então era isso?" Elara começou a sorrir. "Vamos nos divertir então!" Com um movimento rápido, ela desferiu um soco com a outra mão, emanando magia de terra no rosto de sua mestra, que recuou rapidamente.

"Assim que eu adoro", disse a mestra, recompondo-se e limpando o rosto na direção do soco, fazendo com que a área atingida se curasse. O que foi atingido era apenas um escudo de gelo que se desfez no chão como se fosse nada.

"Eu, Phantasma, desafio você para um duelo, Fantasma Sanguenta", declarou Phantasma, levantando o machado em direção a Elara.

"Espero que eles não tenham ouvido nada do que você acabou de falar", disse Elara, entrando em posição de ataque.

"Relaxe, eu cuidei para que nada revelasse nossa identidade. Afinal, Umbra são as sombras do império", respondeu Phantasma.

Elara avançou rapidamente contra Phantasma, que fez o mesmo.
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Três anos atrás, após o incidente com sua irmã e ter se tornado o avatar de um deus, Elara vagava sem rumo. Após ter matado aqueles que tiraram a vida de Aurora, sua única família restante desapareceu por completo. A única coisa que ela tinha em mãos era uma espada quebrada, que segurava com tanta força que fazia sua mão sangrar.

Até que Elara caiu de joelhos no chão, exausta e cansada de tanto vagar sem destino. Mesmo assim, ela levantou sua espada novamente ao ver um jovem de cabelos ruivos e olhos esmeralda à sua frente.

"Não se preocupe, estou aqui para ajudar", disse o jovem, aproximando-se lentamente e tocando na lâmina quebrada para tentar abaixá-la.

"Não se aproxime!" Elara gritou contra o garoto, mas seu cansaço se manifestou, fazendo-a cair completamente no chão e perder a consciência.

O jovem então a segurou pelo braço e afastou os cabelos do rosto dela. "Vou te levar para um lugar seguro."

Com cuidado, o jovem a pegou no colo e a levou para o interior da floresta, em busca de um refúgio.

Um dia se passou e Elara abriu os olhos lentamente depois de recobrar a consciência.

"Onde... estou?" ela murmurou, levantando-se rapidamente com surpresa.

"Que lugar é esse? Estou viva ainda?" Elara olhou para seus braços e mãos, vendo-os enfaixados.

"Como?" Elara escutou alguns barulhos e, então, levantou-se da cama e foi até a porta. Ao abri-la, deparou-se com o ambiente da floresta. Lá estavam dois garotos: um de cabelos vermelhos e olhos verdes, e outro de cabelos azuis e olhos verdes.

Um dos garotos então avistou Elara e acenou para ela.

"Hey!" disse ele.

Ele então se aproximou de Elara e se ajoelhou, pegando sua mão.