Flores pra Lúcifer

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Já pensou em como o amor é algo efêmero? Algo que não se pode tocar mais sim sentir e observar. Uma coisa que tem formas diversas e que se mostra em momentos controversos. Ele pode vir como uma mágica repleto de borboletas no seu estômago ou após uma surra que lhe quebra três dentes da cara.

Pra Lúcifer o amor é lindo, é como um lírio. Mais infelizmente lírios não vivem roa sempre. Seus botões murcham e logo caem suas pétalas e assim eles voltam a terra virando adubo pra que uma nova planta floresça. Esse pensamento lhe deu dor em seu peito, observava a dama de fios dourados sorrindo enquanto era paparicada pelos animais do Éden, ele sabia que os humanos iriam ao céu claro, mais pensar em ver Lilith definhar e morrer... Talvez não fosse o que ele queria.

"No Éden não havia doença"
"Mais lúcifer trouxe elas"
"No Éden não havia morte"
"Mais lúcifer trouxe a necessidade dela"
"No final
Tudo sempre
É culpa
De "
"Lúcifer "

O florista logo se desprendeu de seus devaneios quando ouviu o sino da porta tocar, assim o loiro secou as lágrimas que insistiam em cair das bochechas e logo se virou sorrindo novamente de forma falsa.

- Seja bem vindo a floricultura Morningstar! - o loiro afirmou com uma Voz angelical soando pelo arredor, porém seus olhos se arregalaram ao ver sua pequena filha correndo até o moço e puxando a barra de seu terno.

- Meu caro senhor, eu creio que isto. Lhe pertence. - afirma mostrando a pequena que tinha 5 anos, lúcifer logo correu até a mesma a pegando no colo.

- querida! Onde você foi!? Quando saiu? - os olhos azuis estavam cobertos em um terror e na clara amargura de insuficiência paterna. Provavelmente decepcionado consigo mesmo, o homen de terno perfeitamente alinhado logo virou-se pra saída porém sentiu mais uma vez alguém puxar seu terno.

- Flores. - Charlie pronunciou e logo o radialista a olhou com seu sorriso vacilando minimamente. - Compre flores pro papai.

- que!? - os dois mais velhos não entenderam a situação e isso só deixou a menina emburrada que assim se aproximou do radialista e deu um tapinha em seu peito.

- flores! Compre flores pro papai! Como fez pra moça feia! - afirma irritada.

- Charlie! Céus... - lúcifer não sabia onde enfiar a cara de tão envergonhado. - me perdoe... Não sei onde ela aprendeu isso.

- tudo bem crianças dizem coisas sem sentido. - o moreno afirmou sorrindo. porém logo seu olhar ficou naquele a sua frente, pele de porcelana, olhos azuis como safiras tão límpidos quanto a água mais pura do riacho mais intocado que se possa pensar, cabelos loiros perfeitamente alinhados pra trás mais que tinham um caimento perfeito prós lados. Se anjos existiam ele definitivamente seria um, pensou rindo internamente.

- mesmo assim, você trouxe ela de volta... Tem algo que eu possa fazer por você? - O menor perguntou sorrindo ainda com a criança nos braços essa que se emburrou ainda mais vendo os adultos a ignorarem.

- bem, já que a pequena quer que eu lhe de flores. Me permita comprar um buquê pra você. - Afirmou em um claro flerte para o anjo de safiras cristalinas, estas que vacilaram enquanto sua pele branca recebia um tom carmim, até mesmo a ponta de suas orelhas tornou-se vermelha. Alastor definitivamente se abriu ainda mais por aquele florista.

- Se é o que deseja... Não posso ir contra. - sorriu ao mesmo e logo se virou de costas ao mesmo como forma de esconder a vergonha.

- o papai e o moço bonito vão transar? - Charlie perguntou na inocência e logo os dois adultos se envergonharam ainda mais.

- não!

proucura-se um Papai - Radioapple Onde histórias criam vida. Descubra agora