Um longo mês

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[Atenção este capítulo contém: Gore, cena de assédio sexual, menção a violência sexual, conteúdo+18, presença de personagens não apresentados na série AINDA. Cuidado.]

[Para pessoas sensíveis: haverá uma "notificação" de um emoji de maçã no momento em que as cenas de gatilho acontecem, e terminam de acontecer. Procure o emoji.]


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O karma é algo imprescindível, Charlie Morningstar sabia disso. A loira caiu ajoelhada sem forças pra assistir toda aquela tortura, seus olhos vermelhos derramaram grossas lágrimas enquanto suas mãos tingidas em preto se esticaram de maneira a tentar alcançar o corpo desfalecido, suas pernas foram puxadas e sua cauda arrancada pela força de atrito, o grito que ela deu foi memorável. A mulher atrás de si riu cinicamente enquanto pisoteava suas costas, mais um grito esganiçado deixou os lábios da princesa. A mulher riu e a chutou nas costelas, seus olhos vermelhos estavam bem escondidos por seu adorado chapéu negro. A mulher sorria enquanto o sangue de sua vítima recente escorria de seus lábios negros, ela então degustou o que restava do sangue em seus dedos ainda encarando a presa mais fácil de todo o inferno. A pequena filha de lúcifer Morningstar, seus olhos vermelhos focaram justamente em encarar os olhos chorosos do homen a sua frente. Lúcifer estava preso, suas asas arrancadas em um banho de líquido dourado escorrendo. Seus chifres cerrados a metade e sua cauda cortada completamente. O rei do inferno berrou a plenos pulmões mais uma vez, e mais outra e outra, o nome de sua filha era a única coisa que ele sabia dizer e sua pequena era a única que ele queria proteger no momento, seus braços presos pelo ferro sagrado estava a cada momento mais dilacerados porém a mulher não se apiedava do que via, ela sorria sinicamente, e em um entortar de pescoço está levou a mão ao próprio rosto.

-Eu disse pra seguir as regras.

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Lúcifer acordou assustado com o peito acelerado, aquilo foi tão real que causou dor física, sua mente cansada e naturalmente desorientada mal conseguia engolir tudo que viu, seus olhos redondos encheram com lágrimas enquanto o mesmo chorava amargamente. Eva levantou seu olhar, coçando os olhos de maneira preguiçosa, a dama encarou aquela pilha chorosa de nervos e ansiedade e logo puxou o braço de Morningstar com toda sua força, usando disso a seu favor a loira se pois sentada sobre o marido. Com uma mão a mesma tampou sua boca e então observou seu patético atual marido, se não fosse um contrato sagrado..

- Cale-se. Eu pretendo dormir.- a mesma proferiu com ódio tais palavras amargas com auxílio de suas unhas tingidas de um esmalte vermelho já descascado ela arranhou o maxilar do mesmo, sua mão desceu ao peito desnudo de Lúcifer, este coberto por hematomas recentes, a mesma dedilhou cada um deles e com um sorriso deixou um beijo sobre um dos mais visíveis sobre a cicatriz próxima do útero. - Eu admito que adoro apreciar minha obra de arte, mais eu estou cansada meu amor, me deixe descansar e eu não vou te machucar por hoje. Está bem? - ela o questionou e lúcifer apenas assentiu choroso, mais uma vez Eva se pois a beijar seu corpo. Lúcifer segurou o vômito, um toque que ele não queria e que desgostava mais a muito tempo ele aprendeu que era bom se calar naqueles momentos.

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O proprietário da floricultura estava lá mais um dia com sua pequena, eram as férias de verão então Charlie não tinha que ir a escola e podia brincar na loja do pai, a pequena aproveitava isso pra fazer todo tipo de coisa. Desde colocar terra nos sapatos dos visitantes, até tentar enterrar o filho chato de uma cliente em um vaso pra espada de São Jorge. Bem, ela era elétrica e criativa isso ninguém podia negar. Lúcifer ria enquanto a filha fazia essas coisas, ele não achava que era algo ruim apesar dos xingos que recebia por parte da mocreia, cliente, tirando isso era tudo muito agradável pra si.

O loiro se sentou no balcão da floricultura enquanto Charlie corria pra se agarrar em sua coxa fazendo careta pra uma menina que tinha cabelos curtos e prateados, a mesma fez igual sua filha se agarrando as pernas do xerife da cidade.

- Oe, Lúcifer. Controle seu pequeno demônio. Ela não para de incomodar a minha peste. - Adam vociferou enquanto terminava de tomar um milkshake, o homen de cabelos castanhos e rosto cheio de piercings franziu a cara ao ver a pequena diabinha olhando pra ele com uma cara feia.

- titio gordo. Não gosto de você! - Charlie disse enquanto mostrava a língua logo correndo pra dentro do estoque, Lúcifer gargalhou alto com a afirmação da criança enquanto via Adão olhando ainda mais indignado pra mesma.

- como é!? Por que não gostar de mim!? Eu sou um gostoso tá legal!? - o mesmo disse quase puxando briga com a criança de 5 anos, sua pequena filha, aos pés do próprio, bateu com a mão em sua testa indignada com as ações vergonhosas do pai.

Lúcifer continuou rindo até que o sino da entrada soou mais uma vez, seu sorriso logo se direcionou pra quem adentra-va o lugar e nisso ele dobrou de tamanho. Alastor, mais uma vez seu visitante "favorito" nas últimas semanas, claro que ele se sentia desconfortável quando Al via seus ferimentos, mais estava tudo bem, ele não tinha tantos, não hoje.

- Alador! A que te devo essa visita? - Lúcifer o chamou de maneira errada e logo o radialista piscou indignado, em duas semanas que frequentava fervorosamente a floricultura Lúcifer não conseguiu gravar seu nome corretamente, na verdade Alastor se surpreendeu ao notar que o "grande rei do inferno" não guardava quase nenhum nome ou rosto, uma característica meio preocupante em sua opinião...

- Apenas o de sempre "My deer" - o mesmo lhe respondeu voltando lhe um sorriso amarelo, logo Lúcifer riu divertido se levantando do balcão, Addam encarou aquele homen a sua frente com desdém o que foi devolvido por Alastor ao mesmo tom, ambos mantinham seus sorrisos em face apesar da claramente direcionarem um ódio silencioso pro outro.

- Oh, certo! Um buquê com muito amor saindo! - Lúcifer citou enquanto ia até um pote com as flores, ele não ia admitir mais ficava chateado em corta-las, elas estavam tão lindas e brilhantes que chegava a parecer um crime podar seus caules.

O loiro pegou um total de 10 camélias, 3 lírios brancos e 5 rosas vermelhas. Era uma mistura fervorosa e com um cheiro característico, um buquê de escolha atípica mais cheio de muita paixão e agradecimento, enrolado em muito cuidado com papel orgânico logo por cima uma camada de papel celofane e por fim encoberto pelo papel de presente vermelho, Alastor quis rir divertido ao notar o papel de presente com pequenos patinhos o decorando, algo fofo e muito característico de Lúcifer.

- Apropósito Lúcifer, e bom você tomar cuidado. Tá tendo muita morte por essas bandas. - Adão citou e logo Alastor trincou o olho nervosamente, seu sorriso ameaçou falhar mais a maldita costura o impedia de retirá-lo o que só deixou seu pânico mais aparente, sorte sua que apenas Lute, a criança agarrada a perna de Adão, notou. - Sei que você sai tarde da floricultura, e é bom todo cuidado possível. O cara tá deixando as vítimas só o pó! Te juro mermão, a pobre da mulher que achamos estava completamente dilacerada!

- Adam... Tem crianças... - Lúcifer o lembrou e logo o mesmo encarou Lute e por fim voltou a tagarelar sobre como o corpo da recém vítima do "cannibal of WastonStreet" tinha sido brutalmente multilada após a morte, Alastor decidiu pagar por seu buquê e sair correndo antes que acabasse ou dando na cara do xerife ou dando com a língua nos dentes.

Quando já bem longe da floricultura Alastor fechou a cara massageando a testa em desgosto, teria que redobrar seu cuidado e mudar seu modos operante se quisesse continuar se alimentando. Seria mais fácil se fosse até Rosie e lhe pedisse um fornecimento base de comida enquanto estivesse disfarçado por ali, mais bem, ele não podia correr o risco de ser descoberto. Nem como o demônio do rádio nem como o canibal da WastonStreet. Seria definitivamente um longo mês....





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