Alastor era um apresentador de rádio famoso na cidade, seu programa de rádio tornou-se famoso até em outros países! Mais havia um segredo terrível que rondava aquele homen tão perfeito, amado pelo povo durante o dia mais este tornava-se um terrível assassino em série durante a noite. Alastor não era um justiceiro nem nada, mais ele tinha grande preferência em vítimas específicas, homens altos de preferência bêbados, mesmo que a carne não fosse saborosa ao seu paladar eram estes suas presas favoritas ao caçar.
Neste momento Alastor sorria enquanto andava pelas ruas cumprimentando os demais, seu sorriso era contagiante e de aquecer o coração. Porém seus pensamentos eram podres e se atentavam a maneiras de como se livrar dos vermes nojentos que ameaçavam seu precioso espaço pessoal."Vermes nojentos."
Quem visse sua feição tranquila e sorridente não imaginaria que o mesmo pensava tais atrocidades. Um suspiro largou os lábios de Alastor que enfim parou de sorrir, o mesmo encarou a floricultura com nome "Estrela da manhã", um lugar belo e muito conhecido nos últimos tempos principalmente por seu atendente que parecia um anjo de tão perfeito... Alguns brincavam dizendo que Lúcifer Morningstar era na realidade o próprio diabo que veio pra tentar as almas humanas, mais quem visse aquele ser inocente e de aparência Angelical questionaria em mesmo momento aquela afirmação.
- Boa tarde! - o radialista afirmou enquanto adentra-va a loja, o sino da porta logo alertou os clientes que pareceram não se surpreender com a visita de Alastor, afinal naquela pequena cidadezinha já era conhecida a rotina de Al em ir até a floricultura no meio da semana, apenas uma visita ali e outra ao cemitério. Nada fora do normal, afinal o radialista amava visitar o túmulo de sua progenitora e este era um rito conhecido entre os moradores locais, também havia vezes de vê-lo rodeado por mulheres alguns pensava que talvez uma delas fosse sua esposa ou namorada, felizmente Alastor era solteiro e estas amigas eram na verdade as poucas que sabiam de seu sombrio segredo.
- bem vindo! - uma pequena criança gritou enquanto se punha de frente para o mesmo, a pequena estava toda suja de terra e possuía dois enfeites em sua cabeça que pareciam chifrinhos além dos sapatos que pareciam... Cascos? Bem crianças são excêntricas mesmo... - papai! O seu príncipe chegoooou!
- príncipe? - Alastor travou com a fala da pequena menina que logo riu de maneira sapeca enquanto corria pra detrás do balcão gritando pelo pai cada vez mais alto, Alastor não evitou de ficar envergonhado com tal situação enquanto ouvia o riso de algumas senhoras que fofocavam enquanto saiam do estabelecimento.
Pouco após os gritos incessantes da pequena, lá estava, Lúcifer morningstar, o dono da floricultura. Porém invés da felicidade rotineira que lhe atingia ao vê-lo, Alastor foi atingido por uma onda de preocupação.Lúcifer tinha uma marca roxa em sua bochecha e um dos olhos sequer se mantinha aberto pelo inchaço em sua face normalmente esbelta..... O loiro usava alguns curativos de patinhos nos braços, ele parecia não se importar em deixar os demais verem daquela forma, todo acabado, e Charlie não parecia notar o quão preocupante era a situação de seu progenitor.
- Lulu! - Al correu até o loiro tocando seu rosto preocupado. - Deus quem fez isso!? - a pergunta veio como um baque tirando Lúcifer de seus devaneios próprios, o loiro se encolheu com o receio de mencionar os abusos sofridos, ele merecia aquilo... Não era justo culpar sua esposa ou contar a alguém sobre isso.
- eu... Eu estava no estoque... Acabei caindo enquanto pegava algumas caixas com as suculentas... - o loiro afirmou sorrindo enquanto deitava a bochecha na mão de Alastor porém logo gemeu insatisfeito pela dor do local ainda inchado.
- é mentira. Papai é um mentiroso! - Charlie Afirmou emburrada enquanto cruzava os bracinhos e fazia bico chorosa. - a madrasta machucou o papai! - Charlie afirmou e logo Alastor franziu o cenho enquanto encarava Lúcifer que só desistiu de tentar mentir e pediu misericórdia pela língua solta de sua pequena praguinha.
- Lulu, você sabe que... - o radialista tentou começar um monólogo sobre o fato de não haver culpa do loiro naquelas ações, porém logo o mesmo negou enquanto se afastava e pegava Charlie no colo.
- Onde você se enfiou ein? Parece que rolou na terra! - o loiro perguntou a sua pequena e logo Al respirou fundo sabendo que a situação não seria fácil.
- bem, eu vim pegar a encomenda de sempre. - o radialista sorriu enquanto via Lúcifer pensar como se virasse uma chave em sua cabeça e logo este se dirigiu a um lindo buquê, Rosas vermelhas, camélias e Gardênias brancas. Uma combinação com cheiro peculiar mais de se abster em uma onda de serotonina digna da lembrança mais quente que lhe atingia a mente, Alastor amava aquele cheiro que vinha junto as flores recém embrulhadas naquele papel presente de renas. - e perfeito... Como você... - afirmou e logo ambos se tornaram vermelhos numa timidez repentina.
- o papai e o moço bonito vão transar agora? - Charlie perguntou novamente e logo ambos se envergonharam ainda mais vendo que a pequena realmente estava empenhada em constrange-los cada vez mais, apesar de não ser um ato de maldade afinal.
- não! - ambos gritaram como da primeira vez que se conheceram a uma semana atrás, a vergonha parecia ter sido ainda maior ao lembrarem do incidente anterior
Ao chegar no cemitério Alastor se sentou perto do túmulo, era uma lápide simples sem muitos arranjos ou devaneios, ela era bem cuidada e aprecia nova. Mesmo um demônio como ele ainda fazia suas frequentes visitas aos entes queridos, ou melhor a sua única família que já não estava mais ali.
- oi mãe... - Alastor começou enquanto se encostava na lápide, um sorriso sincero enfim fez presença na sua face calejada por uma exaustão. - Hoje eu fui na floricultura de novo, no começo eu só vim atrás de poder sabe? Eu não sairia do inferno e arriscaria minha vida sendo perseguido por exorcista de graça não é? - o moreno questionou enquanto ria baixo sabendo que não seria respondido. - O dono da floricultura, ele é meio burro até. Quer dizer ele não sabe quem é... E até apanha da esposa! - o radialista citava erguendo os braços indignado. - me lembra a senhora um pouco... Será que você puxaria meus cascos se soubesse que eu sou um pecador e que tô me apaixonando pelo próprio diabo? - o moreno perguntou enquanto virava-se pra encarar um pequeno retrato de sua mãe, a mulher sorria na foto que era preta e branca, mais mesmo com a ausência de cor na fotografia era nítido os roxos pelos braços da mulher que sorria cansada. - a Rosie me disse pra arrumar uma família... Ela até brincou que você ia amar ter netos, mais eu duvido que isso aconteça. Não sou do tipo que aceita fazer essas coisas mesmo que pra reprodução, e poxa já tem 7 bilhões de pessoas no mundo! Não precisam de mais! - o demônio cervo afirmou enquanto se emburra-va ficando de braços cruzados. - mais a Rosie é doida mesmo né... Porém... Acho que, ser "padrasto" da filha do Morningstar não seria tão ruim...
Após aqueles devaneios e conversas sem respostas Alastor enfim se levantou, o mesmo bateu a sujeira de suas roupas e com cuidado pegou o buquê de flores dando um beijo no laço deste antes de colocá-lo enfrente ao túmulo.
- Bom, e só isso por hoje mãe, infelizmente eu tenho que ir. Queria poder ficar mais porém estão suspeitando de mim por estas áreas e não tô afim de morrer de novo. - o mesmo brincou enquanto se levantava, o cervo logo se retirou do cemitério e foi até sua casa, pra enfim ter seu merecido descanso.
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proucura-se um Papai - Radioapple
FanfictionCharlie e uma garotinha de 5 anos que está com uma missão muito importante. Encontrar um marido pra resgatar seu papai das garras da madrasta malvada Eva e dos titios cruéis! {rádioapple - Lilith NÃO É VILÃ}