quatro

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A porta da sala se abre e eu olho na direção, vendo minha mãe passando por ela carregando uma sacola e um... Prato?

Não, espera aí, ela saiu daqui dizendo que ia na farmácia e agora me aparece com um prato que aparentemente tem algo dentro?

— Que farmácia é essa que você foi?— meu pai pergunta e eu olho pra ele que tá tendo a mesma reação que a minha.

Juro, ela saiu de manhã e agora já são duas horas da tarde, passou esse tempo fora de casa.

E olha que ia comprar só um remedinho.

— O que tem nesse prato?— pergunto já sentindo a curiosidade gritando.

— Oi pra vocês também, queridos— ela caminha pra perto, colocando a sacola em cima do sofá e o prato em cima da mesinha de centro.

Só foi ela fazer isso pra eu me aproximar e ver que tem sim algo no prato que tá coberto por papel filme, mas parece ser uma torta de banana.

— Comprou isso aonde?— pergunto, erguendo a sobrancelha.

Pra quem já comeu um cookie jogado da arquibancada em direção ao gramado, o que é comer uma torta, né? Por isso eu já pego um pedaço pra mim.

— É uma longa história— minha mãe fala e eu paro o trajeto que estava fazendo de colocar um pedaço na minha boca— mas pode comer, eu já comi.

Ah, se é assim... Como um pedaço e caramba, que delícia.

Dou mais uma mordida e encosto minhas costas no sofá, voltando a olhar pra querida que não fala logo o que rolou.

— Vai, mulher, por que demorou?— meu pai volta a perguntar.

O Fabinho aparece na sala também, olha pro prato, pra mim, ergue a sobrancelha e da de ombros, se aproximando, pegando um pedaço e se jogando no sofá na sequência.

Se morrer vai todo mundo junto.

— Eu estava na farmácia...

— Já sabemos disso— interrompi, mordendo mais um pedaço— isso tá bom, quem fez?

— Vou chegar nesse ponto se não me interromper.

— Então prossiga.

— Estava na farmácia e tava andando meio distraída quando do nada dou uma baita trombada numa garota que tava se equilibrando pra carregar dois pacotes de fralda, lenço umedecido e outros produtos de bebê.

— Por que ela não pegou uma cesta?— pergunto.

— E quem disse que tinha? Tava um furdunço naquela farmácia e a coitada perdeu tudo das mãos.

Queria saber o que isso tem a ver com a história da torta que eu tô comendo agora.

— Aí eu ajudei ela, emprestei minha cesta já que eu não tinha muita coisa e acabei oferecendo uma carona até sua casa, lá ela me convidou pra entrar e eu fui.

𝐀𝐌𝐀𝐍𝐇𝐄𝐂𝐄𝐑•• 𝐆𝐚𝐛𝐢𝐠𝐨𝐥Onde histórias criam vida. Descubra agora