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A porta da sala se abre e eu olho na direção, vendo minha mãe passando por ela carregando uma sacola e um... Prato?
Não, espera aí, ela saiu daqui dizendo que ia na farmácia e agora me aparece com um prato que aparentemente tem algo dentro?
— Que farmácia é essa que você foi?— meu pai pergunta e eu olho pra ele que tá tendo a mesma reação que a minha.
Juro, ela saiu de manhã e agora já são duas horas da tarde, passou esse tempo fora de casa.
E olha que ia comprar só um remedinho.
— O que tem nesse prato?— pergunto já sentindo a curiosidade gritando.
— Oi pra vocês também, queridos— ela caminha pra perto, colocando a sacola em cima do sofá e o prato em cima da mesinha de centro.
Só foi ela fazer isso pra eu me aproximar e ver que tem sim algo no prato que tá coberto por papel filme, mas parece ser uma torta de banana.
— Comprou isso aonde?— pergunto, erguendo a sobrancelha.
Pra quem já comeu um cookie jogado da arquibancada em direção ao gramado, o que é comer uma torta, né? Por isso eu já pego um pedaço pra mim.
— É uma longa história— minha mãe fala e eu paro o trajeto que estava fazendo de colocar um pedaço na minha boca— mas pode comer, eu já comi.
Ah, se é assim... Como um pedaço e caramba, que delícia.
Dou mais uma mordida e encosto minhas costas no sofá, voltando a olhar pra querida que não fala logo o que rolou.
— Vai, mulher, por que demorou?— meu pai volta a perguntar.
O Fabinho aparece na sala também, olha pro prato, pra mim, ergue a sobrancelha e da de ombros, se aproximando, pegando um pedaço e se jogando no sofá na sequência.
Se morrer vai todo mundo junto.
— Eu estava na farmácia...
— Já sabemos disso— interrompi, mordendo mais um pedaço— isso tá bom, quem fez?
— Vou chegar nesse ponto se não me interromper.
— Então prossiga.
— Estava na farmácia e tava andando meio distraída quando do nada dou uma baita trombada numa garota que tava se equilibrando pra carregar dois pacotes de fralda, lenço umedecido e outros produtos de bebê.
— Por que ela não pegou uma cesta?— pergunto.
— E quem disse que tinha? Tava um furdunço naquela farmácia e a coitada perdeu tudo das mãos.
Queria saber o que isso tem a ver com a história da torta que eu tô comendo agora.
— Aí eu ajudei ela, emprestei minha cesta já que eu não tinha muita coisa e acabei oferecendo uma carona até sua casa, lá ela me convidou pra entrar e eu fui.
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𝐀𝐌𝐀𝐍𝐇𝐄𝐂𝐄𝐑•• 𝐆𝐚𝐛𝐢𝐠𝐨𝐥
FanfictionGabriel vive em uma fase conturbada de sua carreira e isso também afeta sua vida pessoal mais do que ele queria. Agnes enfrenta os desafios de ser mãe solo e com pouca rede de apoio, ela se divide e se multiplica para dar conta de tudo. E um encont...