Gabriel vive em uma fase conturbada de sua carreira e isso também afeta sua vida pessoal mais do que ele queria.
Agnes enfrenta os desafios de ser mãe solo e com pouca rede de apoio, ela se divide e se multiplica para dar conta de tudo.
E um encont...
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Sabe quando você tem um sonho e fica pensando nele o dia inteiro? Eu tô assim.
Sonhei com o Gabriel. No carro.
Um sonho totalmente proibido para menores de dezoito anos.
Caraca, pareceu tudo tão real, eu sentia suas mãos queimando minha pele por onde passava, os arrepios, os beijos, a boca e... Balanço minha cabeça pra me livrar dos pensamentos mais sórdidos.
Foi sonho, apenas um sonho totalmente maluco e... bom, porra, foi bom mesmo!
Mas continuar pensando nisso é besteira.
Só que aí eu lembro do que falei ontem no carro, o que aconteceu de verdade, que da próxima vez ele poderia mostrar do jeito dele.
E se o jeito dele for o exato jeito que eu ando correndo durante esse tempo todo? Misericórdia...
— Mamãe, bobó que se dadadada tá, PÁ— a Sophie aparece falando sei lá o que. De vez em sempre eu não entendo muitas das coisas que ela diz, tipo agora.
— A vovó fez o que?— coloco ela em meu colo e passo a mão em seu rosto todo sujo de danone.
— Mimiu.
Ah, a avó dela dormiu.
— Sua avó dormiu?— pergunto e ela concorda com a minha cabeça— E você tá com sono?
— Não.
— Quer fazer o que?
Tô desde manhã brincando com ela, é um energia infinita que nunca acaba, mas eu me divirto vivendo esses momentos com a minha pequena.
— Bincar.
— De que?
— Vuuuum— aponta pro alto e eu quase entro em desespero. Isso quer dizer que ela quer que eu levante ela no alto e lhe faça de aviãozinho.
— A mamãe não tem um braço tão forte pra fazer essa brincadeira toda hora.
— Siiim mamãe— se levanta em meu colo e começa a bagunçar meu cabelo— mamãe— choraminga.
— Tudo bem, vamos lá então— me levanto e ergo ela pra cima, ouvindo sua gargalhada— a Sophie é um avião...
Aí começa a brincadeira preferida dela e a que meu braço odeia, quando paro pra descansar ela começa a chorar e quando eu volto, começa a rir.
Ficamos nesse looping infinito até eu realmente cansar e colocar ela no chão, obviamente começa a chorar mas é só dar uma boneca que ela para.
— ó, neném— me mostra a boneca que se fosse falar algo pediria socorro.
— Ó, tem que fazer silêncio porque ela dormiu, né?
Aí ela coloca o dedinho na boca, pedindo silêncio e ajeita a boneca em seu colo, nanando.
