cinco

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Vinho na mesa dois, sobremesa na mesa quinze, uma garrafa de espumante na mesa dezoito, entrada na mesa vinte e três e... Socorro.

Tô andando feito uma barata tonta pelo salão desse restaurante lotado, minha vontade era de ir pra casa, pegar minha pequena e deitar ela na minha cama pra gente dormir agarradinha, mas querer não é poder.

— Mereço uma pausa, né?— pergunto ao meu tio que é o mais tranquilo de todos que trabalham aqui, afinal ele só tem o trabalho de ir em mesa em mesa perguntar se as pessoas estão gostando da comida, do atendimento e blá blá blá. Tá ai um problema que eu queria ter.

— Na verdade eu preciso que você faça algo a mais.

— Até faço, mas já sabe, né? Mais dinheiro.

— Nossa, Agnes, nossa!

Dou risada, ele é o único tio com quem tenho uma relação maneira, os outros são distantes demais.

— Tenho que voltar pra casa mais cedo hoje e o Maycon não vai dar conta sozinho— se refere ao seu braço direito que também faz o mesmo trabalho que ele, a diferença é que acaba dando uma de cozinheiro também.

— Sim, quer que eu ajude a fechar o restaurante?

— Ainda vai demorar um tempo pra isso acontecer e por isso quero que você faça meu trabalho.

Eita que a vitória veio rápido dessa vez.

— Isso significa que não vou ter que andar de um lado pro outro equilibrando uma bandeja lotada de coisas?

— Por agora, sim.

Ótimo, não sou boa em equilíbrio e o que aconteceu na farmácia hoje mais cedo prova isso.

Simplesmente esbarrei numa mulher que a princípio achei que iria me xingar pelo resto da eternidade, mas ela foi gente boa, me emprestou a cesta onde tinha colocado suas coisas e ainda por cima me deu uma carona!

O nome dela é Lindalva, conversamos durante o trajeto até minha casa, ela contou que tem dois filhos, que mora em Santos e fica aqui no rio de vez em quando porque o filho mora aqui.

E quando chegamos em casa eu chamei ela pra entrar, acabou conhecendo minha mãe e minha filha, tomou café com a gente e depois foi embora.

Não sei o que tá rolando mas ultimamente algumas coisas tem sido diferente do comum. Primeiro aquele cara aparece do nada e dá até o ombro pra que eu chorasse, agora essa mulher que apareceu do nada e já foi mais simpática que muitas pessoas que conheço a anos.

Talvez sejam os dias de glória chegando após mais de duas décadas sem

— Fechado então— dou de ombros— mas posso ir ao banheiro antes e passar mais tempo que o necessário lá só pra descansar um pouquinho?

𝐀𝐌𝐀𝐍𝐇𝐄𝐂𝐄𝐑•• 𝐆𝐚𝐛𝐢𝐠𝐨𝐥Onde histórias criam vida. Descubra agora