KYLE JOHNSON
Ficar sozinha nesse quarto onde as paredes são troncos de árvore, incluindo o banheiro, me causa calafrios. Não é devido a temperatura extremamente negativa, mas, por conta do temor que começo a sentir.
Esfrego os meus braços, respirando fundo e me preparo para um banho quente. A pior parte foi quando estava embaixo do chuveiro e ouvi lobos uivando lá fora.
— Ah, não!— me tremi inteira.
Sai do banheiro amarrando a toalha no corpo desajeitadamente. Os cabelos estão amarrados num coque bagunçado, nos pés uma pantufa e sai do quarto apavorada.
Abro a porta do quarto de Klaus e ele também está de toalha. Olha para mim surpreso por minha entrada repentina.
— O que aconteceu?— ele me olha da cabeça aos pés.
Pela primeira vez, consigo vez o abdômen definido, músculos acentuados e cabelos molhados. Como uma escultura masculina, ele é muito atraente.
— Kyle, o que houve?— ele se aproxima.
— Você não ouviu? São lobos, LOBOS!— Tremo ao falar.
— Qual o problema? Estamos na Lapônia, floresta, neve, lobos e ursos são completamente normais por aqui.
— Ursos?— arregalo os olhos.
— Claro, ursos! — ele olha o meu corpo por um bom tempo — Melhor se vestir, vai ficar com muito frio.
Inesperadamente, ele tira a toalha e fica completamente nu. Sem nenhum pudor, dá às costas mostrando a linda bunda arredondada. Cubro meus olhos, mas, deixo um pequeno espaço entre eles.
— Você está nu, bem na minha frente.— reclamo.
— Qual o problema, estou no meu quarto. Você é minha esposa.
— Mas não é verdade!
Fico muito nervosa e ele veste uma cueca preta. Tiro as mãos dos meus olhos e agora consigo observá-lo. O que mais me chamou a atenção foi o volume coberto na cueca, fico imaginando-o naqueles momentos, isso tudo ali dentro deve triplicar de tamanho.
Mas… que merda estou fazendo?!
Respiro fundo e tento me recompor dos pensamentos eróticos. Ergo os ombros e melhorei a postura, tentando ignorar o que está chamando a minha atenção.
— Eu fiquei assustada, mas… já passou!— dou as costas indo em direção a porta.
— Tem certeza?— ele questiona.
— Claro!
Respondo com convicção, mas quando passei da porta e chego no corredor com paredes de madeira, com a iluminação levemente escura e ouço o lobo uivar ainda mais altos, meu coração acelera e volto correndo para o quarto de Klaus. Ele é pego desprevenido enquanto se esquentava em frente uma lareira no quarto. Me jogo nos braços dele abraço com força.
— Se esses animais conseguem entrar? Meu Deus!— choramingo com o rosto colado no peito nu de Klaus.
Ele fica em silêncio e eu olho para cima para saber por que não diz nada. Nossos olhos se encontram e me dou conta que estamos grudados um no outro. Sinto o calor do corpo dele me envolver e confesso que é um lugar muito agradável para estar.
— Desculpa!
Sinto meu rosto corar e me afasto. Ele me olha fixamente, consigo sentir a tensão vindo desse olhar e isso me deixa ainda mais constrangida.
— Dormi aqui!— ele aponta para a cama.
— Como assim? Dormir com você? Na mesma cama? Claro que não.— balanço a cabeça em negação.
— Eu posso dormir na poltrona, então.— ele aponta para o móvel.
— Tadinho, é tão desconfortável.— penso em voz alta, quando me dou conta, aperto os lábios e analiso. — Ok, você dorme comigo, mas… comporte-se!
Olho para a cueca dele e posso jurar que existe uma leve ereção nesse momento. Isso me instiga, mesmo sendo virgem. Na verdade, eu tive namorados e fizemos algumas… preliminares, mas nunca consumimos o ato definitivamente. Nenhum deles me deixou segura o suficiente. Isso não quer dizer que eu seja uma garota ingênua e inocente. Eu sinto desejos e posso expressá-los se me sentir segura.
— Pare de picuinhas e vamos dormir.— ele revira os olhos e vai até a cama.
— Ei!— chamo a atenção dele.
— O que foi agora?— Klaus revira os olhos.
— Esse é o meu lado da cama. O seu lado é o direito.— aponto para o lugar.
— Não acredito que isso seja mesmo necessário.
Ele está surpreso, mas se move até o lado direito da cama. Nunca me casei, mas sempre que dormi com alguma amiga, sabia que tinha um lado da cama que é o meu predileto.
Nos deitamos após apagar as luzes e deixar um abajur aceso. Estamos enrolados e olhando para o teto em silêncio. Klaus não disse nada, apenas olhando para cima. Não consigo mover o meu pescoço, pois a tensão está impossibilitando que eu faça isso.
— Isso é muito estranho.— sussurro.
— O que?— ele se vira, ficando deitado de lado e me olha atentamente.
— Casamento, lua de mel… dividindo a cama com você. Tudo é muito… estranho.
— Estranho para mim é estar deitado ao lado de uma mulher atraente e não estar transando com ela.
As palavras dele me deixam surpresa. Olho para Klaus e sinto o rosto arder. Provavelmente estou corada e não consigo disfarçar.
— Hora de dormir!
Viro para o lado oposto e fecho os meus olhos. Minha imaginação aproveitou esse momento para fantasiar cenas indecentes junto dele. O meu subconsciente está bastante eficiente nesse sentido.
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“ Sinto o corpo de Klaus ficar lentamente sobre o meu. Nossos olhos fixam uns nos outros e o peso do corpo dele que se posiciona entre as minhas pernas me deixam muito excitada.
Mordo o lábio inferior quando ele segura em meu queixo, como um dominador ou predador que encontrou a presa correta.
— É isso mesmo que você quer?— ele questiona a me encarar.
— Sim, eu quero!
Respondo enquanto sinto o pau deslizar entre as minhas pernas e…”
Abro meus olhos, arregalando-os e com a respiração ofegante. Me dou conta que estava sonhando e olho para o lado, vejo que estou abraçada com Klaus que dorme tranquilamente. Fico assustada e me afasto.
— O que…
Ele fala enquanto abre os olhos sonolento, percebe que está com a mão em minha cintura. Quando ele olha para mim também se assusta e senta na cama.
— A quanto tempo está acordada?— ele pergunta atordoado.
— Acabei de acordar. Eu… vou para o meu quarto e…— fico de pé apressadamente.
— Por que está nervosa?— ele coça o olho ainda sonolento.
— Não estou nervosa!
Respondo enquanto caminho e acabo esbarrando em um móvel, o dedo mindinho topou na madeira e sinto a dor me consumir.
— Droga!
Mancando por conta da dor, caminho para fora do quarto e sinto a respiração acelerada. Recordo do sonho e percebo que foi algo muito real, a ponto de me deixar excitada. Isso não pode sair do controle.
Voltarei para o meu quarto, irei me preparar para um novo dia e fingir que nada disso aconteceu. Assim espero, pois é muito difícil esquecer aquele membro rígido no sonho.
Foi apenas um sonho!
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ALÉM DO SIM
RomanceKyle está em apuros! Para quitar uma dívida, o pai dela entra em um acordo onde Kyle é obrigada a se casar. Desesperada, ela pensa em várias maneiras para fugir dessa obrigação. Até que tem uma ideia: Ela se comportará de tal modo que o homem desi...