O bicho-homem

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Caminhou inicialmente até seu pai, e em um rápido momento de distração de William, Ícaro lhe roubou seu crachá e ele nem percebera, e agora sem muita burocracia dirigiu-se ao centro de pesquisa, não fora difícil ter acesso, passou pelo militar parado na porta com certa propriedade e soberba, sem levantar suspeita entrou no local, e ainda sim pensou que do lado de dentro estaria vazio mas ainda havia muitas pessoas ali, para não levantar suspeita pegou um dos jalecos pendurados perto da entrada, e ajeitou a gola do mesmo enquanto andava seguro de si pelo galpão, dando a cara a tapa com confiança  como se já estivesse ali antes para não levantar suspeita alguma, afinal se ficasse se espreitando muito os militares poderiam de dar conta e a esse modo ele era um "pesquisador" como os outros. Dentro do centro de pesquisa havia bastante coisa desde animais sedados ou mortos a plantas para estudos e pesquisas. Estava quase convencido que não havia nada de surpreendente ali, nada do Michel lhe disseram era fato e verdade, onde estaria a tal criatura poderosa?

Não havia nada ali visualmente, andou o pavilhão interior, em cima e em baixo e quando já desistira se deu conta de um corredor na qual uma senhora passou a caminho do mesmo, uma única entrada de uma construção feita de Drywall, caminhou até lá e notou uma porta de entrada por onde a senhora passara  onde estava escrito “Área restrita”. Observou uma moça cruzar a porta após o uso do chacha, o militar do lado de fora se mantinha imóvel, Ícaro sabia que se desse meia-volta soaria suspeito, pensou em fingir que esqueceu algo e dar meia volta, mas mesmo inseguro caminhou até a porta, onde o militar o encarou.

— Boa tarde — murmurou Ícaro incerto e retirou o crachá do bolso

Observou o crachá de seu pai, que de início pensou que fosse somente para identificação já que passou pela porta de entrada do local tranquilamente sem usar o mesmo, até que notará um código de barras na lateral, claro! Por que não? Uma chave cartão!

— Tudo certo senhor? — disse o guarda ao notar a demora do garoto em usar o chacha na porta

— Sim, claro — disse Ícaro

Passou o cartão, por um momento ficou paralisado assustado os segundos que demorou a leitura do cartão na porta automática foi como uma eternidade, já estava suado frio e quase fugindo quando a luzinha vermelha da tranca da porta ficou finalmente verde e ele pôde passar tranquilamente. Do lado de dentro era um corredor todo branco, com portas de cada lado, observou cada uma delas mas se atentou na que havia uma placa vermelha proibindo a entrada, deu alguns passos quando uma das portas se abriu, assustou-se em ser pego, imediatamente passou o cartão na porta com a placa “somente autorizados” e dessa vez mais rápido do que imaginar o sinal verde apontou a sua entrada a sala. Quando entrou paralisou por um instante assustado, seu coração batia em disparado feito um tambor.

Um grupo de pesquisadores que observava a sala atravéz do espelho falso e câmeras se assustou com a intromissão do jovem ali. Ficaram confusos, mas não sabia do que se tratava.

Na sala somente Ícaro e um corpo sob a maca fria, Ícaro observou a sala toda, olhou para a câmera ao canto que pareci o olhar de volta e sabia que aquele vidro na parede não passava de um vidro falso. O corpo sobre a maca era de um homem semi-nu que parecia morto e Ícaro se aproximou curioso, de início Doutor Bones, — um estudioso renomado norte americano, do outro lado do vidro vigia pensou que Ícaro fosse algum médico ou pesquisador autorizado a estar ali, mas ainda sim não deixou de questionar o que aquele garoto estava fazendo ali, perguntou aos pesquisadores próximos quem era aquele menino e o que fazia ali dentro.

Simultaneamente Ícaro caminhava dentro do pequeno quarto, observou os aparelhos ligados no corpo do homem que estava sedado, de início um rapaz um tanto comum, aparentava ter entorno dos vinte e cinco anos, mas tinha aproximadamente 28 segundo os dados da pesquisa, era alto e forte, extremamente musculoso, mas não como um fisiculturista, porém nitidamente forte. Tinha a pele levemente bronzeada, os cabelos um tantos longos e castanhos bagunçados, pareciam-se ter sido cortados, tanto como sua barba mal feita pelos próprios pesquisadores, seu peito era vultoso e forte, viril com poucos pelos a mostra, os mamilos pequenos e um tanto protuberante comum como em qualquer outro homem, havia algumas cicatrizes espalhadas pelo corpo, e até mesmo um ferimento no antebraço, esse parecia um corte recente, no rosto entre e a cima dos olhos uma marca em linha, uma cicatriz do que parecia-se muito com um arranhão de uma selvagem fera, aquele arranhão em cicatriz parecia ter existido ali não mais do que dois anos, era sutilmente corado mas não profundo, o nariz era fino e delgado. Ícaro observou sua mão em repouso, tão qual como os pés do homem com proporções curiosas, o polegar opositor era menor e espaçado na mão, e notou que os nós dos dedos do homem era firmes e fortes, como se músculos crescessem ali, tornando a mão do homem calejada e grande de dedos roliços, tocou a mão e observou a ponta dos dedos realmente achatadas como se formasse uma parte plana ali, certamente para apoiar-se, além disso as unhas eram curtas,  moveu o polegar e notou uma flexibilidade anormal, era como se esse fosse quebrado, seu polegar não curva-se para trás mas abria-se ainda mais como se não houvesse a membrana entre seu dedo indicador e o polegar fazendo uma abertura de quase 150 graus, curioso, muito curioso.

FELIPEOnde histórias criam vida. Descubra agora