53. Mania.

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Eu tenho mania de eternizar tudo:

momentos,

coisas e

até pessoas...

No caso, até você.

Nem sei descrever o porquê, mas eu queria tanto que fosse você.

Te queria de um jeito tão insano e bem fora do plano.

De um jeito que nunca quis ninguém.

E te desejei tanto, que até voltei a crer em uns mitos da minha velha infância.

Nunca mais soprei uma vela sequer, sem antes dizer o teu nome, como um sussurro que pede segredo e assim fazia, para ninguém eu contava o que pedia.

Nunca mais deixei um cílio cair, sem antes em meu polegar apertar e pedir tanto por nós.

Nem os dentes-de-leão escaparam, sussurrei baixinho seu nome novamente, como uma profecia.

Quem dera que como elas, isso se realizasse.

Mas eu não desistiria, procurei loucamente por um trevo de quatro folhas, pra que me trouxesse sorte e consequentemente você...

Até pra estrela cadente eu apelei, assim que a vi brilhar, uni minhas mãos em prece e dentre tantos desejei logo você. Que no fundo, eu bem sabia que nunca poderia ter.

Ainda sim, acreditei.

Acreditei que tudo isso poderia te trazer pra mim, mas não trouxe.

E me lembrei então, porque não acredito mais em coisas tão bobas assim.

Poemas com P de problemáticosOnde histórias criam vida. Descubra agora