❛ ONE, o cemitério de ônibus

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❛ ONE, o cemitério de ônibus . . .
(Leiam as notas finais)

EM SITUAÇÕES DE PERIGO é comum que o corpo humano comece à sentir certos sinais básicos que o organismo apresenta em situações de risco: o aumento da frequência cardíaca e do suor, o sangue é bombeado para os nossos músculos e, é claro, a tão famo...

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EM SITUAÇÕES DE PERIGO é comum que o corpo humano comece à sentir certos sinais básicos que o organismo apresenta em situações de risco: o aumento da frequência cardíaca e do suor, o sangue é bombeado para os nossos músculos e, é claro, a tão famosa adrenalina que nos prepara para enfrentar o perigo. A ação chamada de luta ou fuga, embora reações como o congelamento e o desfalecimento sejam muito comuns.

Geralmente, a ação de fuga é desencadeada quando estamos diante de uma ameaça muito grande ou amedrontadora, aonde a possibilidade de enfreta-la não exista ou é muito baixa. Nesse caso, a ação tomada será bater em retirada, evitar o perigo fugindo dele, e é exatamente isso o que [nome] estava fazendo enquanto corria de uma horda de criaturas, usando toda a velocidade que o seu corpo conseguia alcançar.

── Merda, merda, merda, merda! ── gritou quando uma das criaturas tentou ataca-la por trás, a lanterna em sua mão sendo arremessada à alguns bons metros de distância durante o ataque. Não demorou muito até acertar um golpe certeiro na cabeça do monstro usando a orelha do martelo para perfurar o crânio dele ── Filho da puta! Aquela era a última lanterna!

Por mais que quisesse ficar ali para descontar todo o seu ódio na pobre criatura, [nome] continuou à correr pelas ruas sem rumo. Aquela cidade lhe era nova e estranha, não era como Nova Orleans em que ela poderia dizer exatamente onde ficava cada beco, rua, viela e bairro de olhos fechados e ainda acertar todas as vezes. Não reconheceu aquelas casas e nem aquelas árvores, mas havia algo que a chamou a atenção assim que virou a esquina e avistou uma das últimas casas da rua.

Um enorme muro de ferro, com um portão velho e que parecia lacrado demais para que qualquer criatura pudesse entrar. Perfeito! Pensou. Derrapando no chão por conta da velocidade com que virou a rua, usou suas mãos como apoio para que não caisse e correu de maneira desengonçada por alguns segundos antes de recuperar o equilíbrio e partir em direção à estrutura metálica no fim da rua.

Um clique estalou em sua mente assim que estava à alguns metros de distância do muro. Aquilo era ferro puro e liso, não havia como as criaturas escalarem, mas ela também não conseguiria tão fácil. Se amaldiçoou por dentro por conta de idiotice cometida e puxou o segundo martelo do cinto, pulou mais alto do que imaginou que conseguiria e prendeu as orelhas dos martelos na parte de cima.

Um sorriso orgulhoso surgiu em seus lábios ressecados e [nome] jogou seu corpo sobre o muro, teria sido uma vitória fácil se um monstro, muito mais perto do que os outros, não tivesse agarrado a barra da sua calça. Por sorte, suas garras se fincaram no equipamento de proteção improvisado que a [c/c] usava. Martelou as mãos da criatura, por muito pouco não acertando sua própria perna, e conseguiu se livrar dela após alguns chutes e empurrões.

Caiu com tudo no chão, um gemido mudo escapando após o baque. Demorou alguns segundos apenas observando o céu avermelhado daquela dimensão tão estranha, mas ao mesmo tempo já tão familiar para ela. Fazia quanto tempo desde que acordou ali pela primeira vez? Cinco semanas? Um mês? Um ano? Não tinha como saber, mas o desgaste da roupa e os machucados do corpo indicavam que não era pouco tempo.

Voltou a si quando percebeu que aquele lugar poderia não ser tão perigoso quanto parecia. Ainda havia a possibilidade de existirem monstros ali dentro, esperando para ataca-la. Se levantou em questão de segundos e olhou em volta, uma careta se formando em seu rosto.

── Um... Cemitério? ── murmurou. Andando pelo lugar, a garota pode ver ônibus abandonados e pneus jogados pelo chão. Haviam pichações em vários deles, e a maioria já parecia bem velhos e gastos. Alguns estavam trancados ou com janelas quebrados e sem nada de útil, mas um dos ônibus ainda estava intacto... Na medida do possível.

Abrindo a porta, [nome] inspecionou o local e julgou ser seguro. Guardou um dos martelos na cintura e segurou o outro por precaução, caminhou entre a fileiras até algo chamar a sua atenção. Um grande galão de água, ainda cheio, estava em cima de um dos bancos, ao lado de alguns copos descartáveis surpreendentemente limpos.

Se agachou na altura do galão e observou o líquido translúcido lá dentro. A água parecia muito saborosa e convidativa depois de uma corrida como aquela, sua garganta parecendo ainda mais seca do que antes. [nome] levou uma mão até um dos copos e o encheu até a borda, levou um longo gole aos lábios e fechou os olhos aproveitando o pequeno momento de paz.

Uma bolha de ar se formou na base do galão e subiu até o topo, estourando na água e fazendo o som engraçado que sempre arrancava algumas risadas e sustos durante a madrugada.

── Glub, Glub... ── repetiu.

Assim que amassou o copinho e se levantou do chão, uma subta sensação de perigo tomou conta de seu corpo e ela se virou para a parte traseira do ônibus, mas já era tarde demais quando uma criatura se agarrou em seu pescoço e a derrubou no chão. Com um grunhido que mais se parecia com um animal furioso, [nome] usou suas pernas para empurrar o estômago do mostro, o que foi estranhemente fácil, visto que essas coisas costumavam ter uma força acima do comum.

Antes que pudesse se levantar, outra mão a prendeu contra o chão, dessa vez com mais força e agressividade. Quando ela escutou gritos, os seus olhos se abriram de supetão e palavras incoerentes escaparam por seu lábios. Os gritos não eram rugidos e urros monstruosos, eram palavras humanas ditas por humanos. Seu queixo caiu.

── O-oque... ── [nome] gaguejou baixo o suficiente para que o garoto humano que a prendia contra o chão abrisse os seus olhos e a encarasse, quase tão surpreso quanto ela. Ele tinha cabelos claros e feições delicadas, até meio fofas e infantis. O rapaz também usava óculos, por mais que estivessem tortos e quase caindo de seu rosto, e tinha pequenas lágrimas nos cantos os olhos. Adorável, [nome] pensou.

── Uhm-? O que é isso? ── uma outra voz questionou. Seguindo o olhar para as costas do garoto que a segurava, [nome] viu um pequeno grupo com não mais do que seis jovens com sua idade, embora um deles fosse mais alto do que os demais.

── Ela é humana... ── uma das garotas, a ruiva, sussurrou como se não acreditasse em suas próprias palavras. [nome] abriu a mão dominante e deixou que o martelo caísse, não seria útil ou inteligente parecer uma ameaça naquele momento.

── ...

Houve silêncio dentro do ônibus.

── QUE CARALH-

• Hello my friends! Eu sou a nova conta da antiga @M-MURDOCK1, acabei perdendo ela por conta de um probleminha com o meu e-mail e estou recomeçando por aqui

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• Se puderem curtir e comentar eu ficaria muito feliz!

• Eu achei esse capítulo surpreendentemente bom para mim, já que eu sempre tive muita dificuldade em escrever inícios.

• O próximo capítulo sai em breve, e talvez eu deixe alguns desenhos de como eu imagino a [nome] nas notas finais.

• LEIAM AS NOTAS FINAIS!

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❛ # 𝗦.𝗢.𝗦 𝗣𝗛𝗔𝗡𝗧𝗢𝗡𝗦 ; aiden clarkOnde histórias criam vida. Descubra agora