Terminando o Namoro

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Harry passara seu tempo pós-aula de lobo a brincar de transformar e destransformar pela floresta, afinal, precisava controlar suas transformações muito bem caso precisasse lutar com vampiros. Ele praticamente já se via lutando e arrebentando com todos eles, imaginando a adrenalina da luta e o sabor da vitória, inspirando-se principalmente nas lendas quileute que conhecia tão bem.

Já era hora do jantar quando ele finalmente retornou para casa, encontrando algumas jovens quileutes a passear pela área. Harry lhes dá um aceno de mão encabulado, arrancando risinhos emocionados das garotas que o analisam com olhos devoradores. Elas se vão, permitindo-o correr para dentro de casa a fim de vestir algo decente, afinal, os trapos que trajava estavam minúsculos e, por sorte, não colocavam suas nádegas a mostra.

Na manhã seguinte, Harry dirige para a escola sentindo certa ansiedade, estaciona o carro e percorre os olhos por todo o ambiente, até que sua visão trava na imagem da garota na entrada do prédio. Elena acena discretamente, estabelecendo o contato visual, tentando desvendar se ele ficara bravo pelo dia anterior, mas relaxando ao ver a alegria tomar conta de seu belo rosto.

Harry acena de volta, sentindo a ansiedade diminuir em seu peito. A única coisa que o impedia de se aproximar, naquele momento, era o fato do carro ainda estar destrancado, nada que um simples girar de chaves não resolvesse.

― Jesus! – solta Harry, ao se virar e dar de cara com a namorada.

― Não, Daniele – corrige cruzando os braços. – Por que você foi embora sem falar comigo? Por que não me ligou? Por que fugiu de mim? Ou melhor... Por que está acenando e sorrindo para ela?

― Você é da polícia? – indaga, sentindo-se incomodado com o interrogatório.

― O quê? – pergunta incrédula, deixando a voz um tom mais agudo.

― Você é da polícia? Vem fazendo todo esse interrogatório, como se eu fosse um criminoso.

― Harry, o que deu em você? – Tenta tocar o braço dele, que se desvia a tempo.

― Comigo nada, mas você está um pouco chata hoje... Nos falamos depois, Daniele.

Sim, ele fora grosseiro, mas o que poderia fazer? O dia estava bom e, por isso, estava com uma camisa de mangas curtas, se ela o tocasse com certeza o questionaria sobre sua temperatura. E, para piorar, não havia inventado nenhuma desculpa sobre os acontecimentos que ela teimava em saber.

Harry estava descontente, ele perdera a caloura de vista por causa de Daniele e ainda tinha de ver a cara do professor de Biologia outra vez, contudo, sua opinião mudara rapidamente ao entrar na sala e constatar que Elena estaria naquela aula junto a ele, sentada bem ao seu lado.

― Juntos de novo, hein? – pergunta retoricamente, se acomodando.

― É – responde somente, parecendo não querer conversar muito.

― Vai precisar de ajuda hoje também? – Sorri.

― Não, obrigada, sou boa em biologia.

― Ufa! Que alívio, sou horrível em biologia e se tivesse que ajudá-la, você estaria perdida! – Tenta ser engraçado.

Elena nada diz, apenas solta uma risada curta e sem graça, o que acaba por preocupá-lo.

― Você está bem? – pergunta desconfiado.

― Não me leve a mal, Harry, você é um bom amigo, foi o primeiro que consegui nesta escola, mas... – hesita, mordendo o lábio com o nervosismo.

― Mas?

― Não quero problemas com a sua namorada.

― E que problemas você poderia ter com ela?

― Eu já tive um namorado, Harry. Sei como é chato ter uma garota ao redor dele... Sua namorada foi clara ao me mandar ficar longe de você, pois estava sendo um incômodo – desabafa.

Leah 2Onde histórias criam vida. Descubra agora