Barbara PassosVictor- E não é que você veio mesmo? - Ele fala assim que abre a porta e me vê.
- Eu falei que ia vim né.
Victor fechou a porta e passou um braço em volta do meu pescoço.
Que intimidade é essa?
Hum
Infelizmente tive que vim sozinha pra cá, a Carol foi ao mercado, o namoradinho dela precisou ir e chamou ela.
E agora eu estou sozinha aqui, não converso com ninguém. Só com o Victor.
Carolina me paga. Me deixou sozinha aqui.
Victor- Quer beber alguma coisa? Água, suco, refrigerante, cerveja, whisky, energético...?
Nossa, como deve ser bom ser rico.
- Hum, pode ser energético. Por enquanto.
Ele nos guiou até a área externa, onde está todo mundo.
Fui com Victor até o frizeer que tinha ali, ele finalmente tirou seu braço do meu pescoço e pegou o energético pra mim.
Victor- Aqui está. - Ele me entrega o copo.
- Obrigada. - Sorri.
Ele deu um meio sorriso.
💕
Bom, já faz quase 4 horas que eu estou aqui.
Carol demorou uns 30 minutos para chegar com o namorado. Depois que eles foram ao mercado.
Já não tem mais ninguém aqui, a não ser eu, Carol, o namorado dela, e o dono da casa, Victor.
O casalzinho subiram para o quarto, pelo o que eu ouvi, parece que o Arthur tem um quarto pra ele aqui na casa do Victor. Melhores amigos né.
E agora só restou o Victor e eu.
Estamos na beira da piscina, só com os nossos pés na água. Eu tive que subir o vestido até o joelho, já que ele é longo.
Victor- Mas e você, mora sozinha?
- Sim, é só eu e meu cachorro. Mas as meninas vivem lá em casa.
Victor- Você tem um cachorro? Qual a raça.
- É um doberman, o nome dele é Eros.
Victor- Nossa, nome bonito. Quem sabe um dia eu conheço ele né?
- É, quem sabe né. - Sorri.
Olhei pra frente, aqui tem uma ótima visão do céu. O pôr do sol está lindo.
Fiquei admirado, mas sabe quando você sente que tem alguém te observando? Sua pele até arde.
Como se seus olhos fossem ímãs e os meus metais. Meus olhos foram atraídos pelos seus.
E agora estávamos em uma troca de olhar tão intenso.
Percebi sua boca se abrindo, levemente. Sua língua passou sobre seu lábio inferior, umedecendo-o.
Nossa...minha garganta está seca.
Victor fechou seus olhos e começou a se apaixonar de vagar.
Eu sei qual a intenção dele.
Mas isso não é o certo. Estávamos ou estamos tentando construir uma amizade.
Se nos beijarmos, as coisas irão desandar.
Mas ao mesmo tempo que eu quero o mesmo que ele, minha mente me alerta que não é o certo.
- Victor - Sussurro.
Ele me olhou e parou o movimento. Não se aproximando mais.
- Isso não é o certo - Falei, ainda com a voz baixa.
Victor- Você não quer?
- Só não acho isso certo, estamos tentando formar uma amizade aqui.
Victor continuou me olhando.
Victor- Certo, você está certa. Desculpe - Ele passou a mão pelo cabelo - Acho que é a bebida.
- Deve ser.
Encostei minha cabeça em seu ombro, e fiquei admirado o céu. De repente senti uma mão em minha cabeça, fazendo carinho.