Barbara PassosMeu. Deus.
Tem mais gente do que eu pensei.
Carolina convidou muita gente.
Têm influenciadores, alguns cantores, alguns atores...até meus amigos do passado.
E parando pra pensar agora, todas essas pessoas tem três garrafas média da minha tequila. Já que o convite foi uma caixa com a bebida e um cartão.
Céus. Carolina vai me falir antes mesmo de começar a venda.
Tem ate uns fotógrafos aqui. Tudo espalhado pelo salão.
Como já conversei e tirei fotos com a maioria das pessoas, é hora de curtir um pouco. Vou beber.
Sentei ao lado da Tai no bar e pedi ao barmen um martini.
- Cadê a loira?
Tainá- Provavelmente tá com o namoradinho por aí.
- É, verda... - Não consigo terminar a frase, pois uma mão tapa meus olhos.
Tá tudo escuro agora.
Escutei a risada da Tainá.
Respirei fundo, e consegui senti o perfume da pessoa atrás de mim.
Hum...
Levei minha mão até as mãos que tampavam meus olhos. É, agora eu sei quem é.
Só confirmei.
- Eu sei que é você Augusto.
Victor- Ah, nem tem graça brincar com você. - Ele senta no banco ao meu lado - Como sabia que era eu? Podia ser qualquer pessoa.
- Senti seu perfume e reconheci os anéis no seu dedo. Você sempre usa eles, os mesmos.
Ele olhou para o meu rosto, examinou minha face inteira e depois deu um sorriso de lado com uma sobrancelha erguida.
Victor- Então tá.
Victor pediu sua bebida também. Um copo de whiskey. Típico.
Tainá- Bom, eu vou lá da uns pega na minha mulher que acabou de chegar.
Tai sai da área do bar e vai andando.
Victor- No convite, você bem que podia ter mandado a garrafa original, grande.
- Quer uma garrafa original e grande?
Victor- Sim?
- Pois então, vai no mercado e compre.
Victor- Nossa. - Ele bebe um pouco do whisky - mas sabe de uma coisa? A partir de agora não vou precisar comprar tequila.
- E porque não?
Victor- Agora eu tenho uma amiga que acabou de lançar a própria tequila.
- Pode ir tirando seu cavalinho da chuva, vai continuar a pagar sim. Tá achando que 818 vai ser de graça só por você ser meu amigo?
Victor- Claro?
- Não.
Victor- Você é má comigo. - Ele termina sua bebida em um último gole.
Hum, porque eu achei isso um pouco atraente?
- Não sou.
Beberiquei um pouco do martini e o olhei. Augusto já estava com seus olhos em mim.
Victor- Não vai mesmo me dar uma garrafa da grande?
- Meu Deus, você é muito insistentemente. Eu vou pensar no seu caso.
Victor sorri. - Tá bom.
Continuei a beber minha bebida. Mas Victor também continua me olhando. Tô começando a ficar com vergonha já.
- Que foi? Tá me olhando um tempinho já.
Victor- Você tá bonita.
Porra, tô com vergonha. Me sentindo até vermelha.
- Hum, obrigada. - Sorri envergonhada.
Terminei o martini.
Victor- Quer dançar?
- E você sabe dançar músicas assim?
Victor- Claro né.
- Hum...
Victor se levantou e estendeu sua mão.
Eu olhei bem para seu rosto e depois para sua mão.
Ah, tô precisando mexer o corpo mesmo.
Peguei na mão do meu amigo e o arrastei até o meio do salão, onde estava tudo mundo dançando.
Victor ficou atrás de mim, colocou suas mãos na minha cintura e ficou se remexendo ao ritmo da música que tocava. Já eu, fiquei em sua frente, de costas, e também comecei a remexer meus quadris e meus braços. Mas não cheguei a encostar meu corpo no dele não.
A musica até que era boa. Era bem animada.