47. O peso do passado

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— Eu acho que precisamos conversar

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— Eu acho que precisamos conversar.

— Sobe ai. — Sebastian guardou o celular dentro da jaqueta e olhou para os lados para se certificar que ninguém estava olhado.

A mulher de longos cabelos loiros não hesitou em subir na garupa abraçando a cintura de Sebastian que arrancou com a moto cortando alguns carros na rua para chegar a avenida principal.

Seu coração batia rápido em seu peito e ele temia que a mulher atrás dele pudesse sentir o quão nervoso ele estava com a presença dela.

Dando a volta em uma pracinha vazia, Sebastian parou a moto atrás de uma árvore grande que impedia qualquer um de ver os dois ali.

— O que veio fazer aqui? — Sebastian perguntou sem enrolação descendo da moto e desligando os faróis.

— Foi você quem me trouxe para o meio do nada.

— Corta essa, Lola. — Sebastian alterou o tom de voz. — Sem joguinhos.

— Não é óbvio? — Lola permaneceu séria. — Eu vim ver minha filha.

— Está chapada?

— Eu a vi foto dela na revista. — Lola disse sentindo sua voz falhar. — Não tente me enrolar.

— Você não viu nada. — Sebastian estava começando a soar frio de nervoso. — Então dê meia volta e suma daqui.

— Aquela mulher na foto com ela é sua namorada. — Lola riu ao ver Sebastian perder a cabeça. — Eu te conheço e sei quando está mentindo.

— Eu não estou mentindo.

— A minha filha está viva, não é? — Lola perguntou com lagrimas nos olhos. — E pelas minhas contas ela deve ter 14 anos e a menina da foto...

— A menina da foto não é sua filha. — Sebastian rangeu os dentes. — Você a matou quando resolveu se drogar grávida, esqueceu?

— Está mentindo. — Lola passou a mão pelo rosto limpando as lágrimas. — Quando eu a vi a menina naquela foto eu senti algo que eu não sei explicar... Eu sei que é ela e você não pode mentir pra mim!

— Vai embora, eu estou te avisando. — Sebastian ameaçou sentindo toda sua racionalidade ir embora enquanto Lola chorava na sua frente.

— Qual o nome dela?

— Eu estou falando sério, Lola. — Sebastian se segurou para não perder a cabeça. — Vá embora, não tem nada para você aqui.

— Pela sua cara eu já sei a verdade. — Lola espremeu os lábios tentando controlar as lágrimas. — Como pode fazer isso comigo? Como pode mentir desse jeito?

— Como eu pude? — Sebastian agarrou o braço dela com firmeza enquanto cuspia as palavras em seu rosto. — Acha que eu deixaria uma viciada como você na vida dela depois do que fez?

✓ HEARTBREAKER ¹ | SEBASTIAN STANOnde histórias criam vida. Descubra agora