Capítulo 14 primeira parte

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O DIAMANTE

Que menina boazinha, ratinha. Abra essa boca bonita e me prove…

Você foi travessa, ratinha. Você gosta quando eu te castigo, não é?

Eu poderia comer você por dias, e nunca seria o suficiente…

Porra, amor, estou viciado pra caralho…

Desperto e, por um belo segundo, pensei que estava de volta ao Casarão Parsons com Tom. Imagens de olhos de cores diferentes e um sorriso malicioso enchem a minha mente, mas o movimento súbito lança agulhas afiadas de dor por todo o meu crânio. As memórias se dissipam, o tenor profundo de Tom desaparece enquanto a pulsação maçante que irradia entre minhas pernas parece uma maldição lançada por uma bruxa má – uma maldição que não me deixa esquecer.

A luz brilhante do sol atravessa as cortinas empoeiradas e quase parece zombeteira. Aperto os olhos, a enxaqueca piorando ao apontar meus olhos cansados para a janela suja.

Está frio lá fora, mas parece que hoje não seremos atormentadas pela habitual previsão de chuva.

O fantasma no céu é realmente um demônio. Por que mais ela faria de um dia horrível tão brilhante e ensolarado?

Hoje é o Abate, e a casa já parece estar se enchendo de conversa.

Para piorar as coisas, meu corpo não parece tão quebrado quanto pensei que estaria. Minha alma? Completamente despedaçada. Mas, pelo menos, posso peidar sem sentir que vou desmaiar, certo?

Errado. Se eu mal pudesse me mexer, poderia ter uma desculpa para não participar do Abate.

Apesar da surra que meu corpo levou três dias atrás com a punição por ter falhado no teste prático, minhas feridas estão cicatrizando, então mentir para ela sobre meu bem-estar físico, quando as outras garotas ainda terão que participar… me faz sentir uma covarde.

Então, obrigada, Deus, pelas pequenas bênçãos da vida, e por me permitir ver outro dia e expelir os gases corretamente. Amém pra caralho, vadia.

Phoebe, Bethany e Gloria foram estupradas junto comigo. Jillian manteve a cabeça baixa ao passar por nós, mas Sydney riu descaradamente na nossa cara, e tudo o que eu queria fazer era agarrar seu cabelo e arrastá-la para baixo naquele chão sujo ao nosso lado. Era sua culpa eu estar naquele chão para começar, homens nus se amontoando ao meu redor, comigo já ferida pela sua façanha com Francesca.

Tudo em que conseguia pensar enquanto éramos passadas de homem para homem era o quanto eu a odiava. Odiava sua superioridade e a odiava por me sabotar.

Foi a única coisa que me fez aguentar os toques de dedos sujos e invasões violentas de homens que não eram a minha sombra.

Em seguida, Rio me carregou para minha cama, minhas pernas fisicamente incapazes de me apoiar do abuso que meu corpo sofreu. Ele não conseguia olhar para mim. Não quando não fez nada enquanto os homens me roubavam, então ele pegou a garota quebrada e a levou para a cama – só porque Francesca exigiu isso.

Mas ele falou comigo. Ele me contou sobre o chupa-cabra, um ser mítico que, segundo rumores, aterroriza Porto Rico. Contou que, quando era jovem, estava brincando com sua irmãzinha quando jura que o viu.

HUNTING ANGELINNEOnde histórias criam vida. Descubra agora