a valsa da meia-noite.

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Era mais uma madrugada chuvosa, e meus pesadelos me atormentam, não sei mais o que fazer. Eles nunca mudam, sempre são sobre você com a face pálida e sem vida, os lábios desbotados. Quando isto acontece, os bons momentos vem à tona, aconchegando meu coração. Os ponteiros do relógio marcam meia-noite, e a imagem de nós dois no centro da sala de estar surge.

Dançávamos nossa música favorita, Endless Love de Diana Ross e Lionel Richie. Antes, assistíamos um musical e comentei que adoraria saber dançar como os personagens do filme, e então, você teve a brilhante ideia de me ensinar. Foi terrível, pisamos nos pés um do outro diversas vezes, mas mesmo assim não quis me separar de você, continuamos ali, dançando totalmente assincronisados, o que segundo você, era uma valsa.

Sua mão direita segurava minha cintura com firmeza, enquanto a outra estava entrelaçada com a minha direita, manuseando cada movimento. Era uma dança lenta, calma e romântica, só se ouvia o som da nossa respiração e os batimentos cardíacos acelerados. Vez ou outra se podia ouvir risadas altas e espontâneas, as suas eram as mais gostosas e melódicas de se ouvir.

Ainda me lembro da sua voz rouca e sussurrada em meu ouvido:

- Não importa quantas vezes pise nos meus pés, eu ainda irei dançar com você, até o fim dos tempos. Qualquer desculpa para ficar colado em você, eu aceito. - declara, e trilha selares pelo meu pescoço. Acho que era o seu lugar favorito.

- Então, acho que vou pisar um pouco mais, vamos ver se não muda de ideia. - e eu sorria apaixonadamente para ti, enquanto beliscava seu nariz.

- Vai ter que se esforçar um pouco mais, loirinho.

E assim, juntamos nossas testas e gargalhamos ao notar o quanto nossos rostos ficaram engraçados na perspectiva um do outro, mas mesmo assim, você ainda era lindo e único para mim, pude observar mais de perto os seus detalhes, até aquela cicatriz que você tanto agoniava. Para mim, ela o deixava ainda mais atraente.

- Eu te amo, Jeon Jungkook, e irei te amar em todas as minhas outras vidas.

Selo nossos lábios por alguns instantes e quando o olho novamente, você sorria e acariciava minhas bochechas ruborizadas.

- Eu também te amo, Park Jimin, bem mais do que se pode imaginar.

Seu sorriso era como um raio de sol em dias nublados, e agora, sem ele minha vida se tornou vazia e solitária. Nem sol, nem chuva, apenas o vazio, uma folha em branco.

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