no limite do tempo.

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Cada instante era uma preciosidade, cada toque uma promessa de amor inquebrável. Ignorávamos o relógio, focados apenas um no outro, mergulhando no presente, sem suspeitar que o amanhã nos traria separação.

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Na sala aconchegante de sua casa, nos reunimos em torno da lareira. Cuidadosamente, você ajudou sua avó a se acomodar em sua poltrona favorita. Ela estava mais calma por conta dos medicamentos e se esqueceu das coisas que lhe atormentavam sobre a sua ida. Enquanto isso, sua mãe e eu servia uma bandeja com chá e biscoitos. Entre risadas e lembranças compartilhadas, o calor da lareira aquecia não apenas o ambiente, mas também os nossos corações. Sua avó, mesmo com a confusão da doença, sorria ao se lembrar dos momentos passados.

O tic-tac do relógio ecoava como um lembrete do tempo. Mesmo sem saber o que o destino reservava para nós, mergulhamos naquele momento, compartilhando olhares cheios de promessas silenciosas e gestos de carinho. Cada instante era precioso, cada palavra trocada ecoava com um peso ainda não compreendido. Sob o brilho reconfortante da lareira, você e eu estávamos abraçados, saboreando a proximidade um do outro como se fosse o único refúgio em um mundo incerto.

- Já sei uma! Vocês lembram de quando fomos preparar uma festa surpresa para o Ji, e o gato do vizinho decidiu invadir a casa entrando pela janela, bem na onde a mesa com o bolo estava? - você dizia entre gargalhadas.

- Ah, Deus! Me lembro perfeitamente desse dia, o coitado do bichinho ficou completamente lambuzado de bolo! - sua mãe se juntou a você e ao recordar daquele momento, todos nós rimos tanto que saíram lágrimas de nossos olhos.

- Nunca fiquei tão enraivecido com um animal igual àquele gato. Como era mesmo o nome dele? - perguntei.

- Ronromânico! Sério, onde já se viu um nome desses? - lembro-me da sua empolgação e alegria nesta noite, até ao falar desse gato, cujo nome é estranho.

Minha feição devia estar engraçada e estranha, porque todos riam e apontavam o dedo para o meu rosto exageradamente.

- Do que estão rindo? O nome do gato que é estranho e vocês zombam de mim? Isso não é legal, em.

- Oh, meu Jimin, meu menino! É que você fez uma careta engraçada, e não podíamos evitar de rir, desculpe!

Sua mãe me afagou em um abraço caloroso e minhas bochechas ficaram muito inchadas de tão espremidas.

- Abraço de ursoo!

O ouço exclamar e já logo previ o que aconteceria em seguida: o famoso abraço de urso. Algumas pessoas podem achar brega ou exagerado demais, mas eu amo aquele abraço, me traz a paz e amor que sempre desejei ter na minha família.

Depois de um tempo, todos foram para os seus quartos, exceto você, eu e sua mãe. Ela ficou nos encarando, mas não se um jeito intimidador, dava para sentir a ternura em seu olhar.

- Eu amo tanto vocês e o amor que sentem um pelo outro.

Seu sorriso era doce e sincero, e então, ela segurou minhas mãos de maneira sútil.

- Você é como um filho para mim, mimi. És uma benção em nossas vidas - e nos envolveu em um abraço caloroso.

Nunca irei me esquecer da sensação daquele abraço, daquelas palavras. Senti uma profunda gratidão por fazer parte da vida daquela família. O amor e o apoio que nos demonstrou naquele instante ficaram gravados na minha memória para sempre.

Agora que todos da casa estavam em seu quarto, incluindo sua mãe, você e eu ficamos desfrutando da companhia um do outro em silêncio, só podia se ouvir a batida sincronizada de nossos corações.

Enquanto estávamos ali, o relógio continuava a avançar. Estávamos no limite do tempo.

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Com Amor, Park Jimin Onde histórias criam vida. Descubra agora