- 17

205 25 27
                                    


SINA DEINERT

Deslizo na porta até atingir o chão.

Abraço as minhas pernas e me perco nas
memórias sentindo meu rosto esquentando cada vez mais, e o sorriso que começa a aumentar ainda mais no meu rosto.

Eu dormi no apartamento do Noah Urrea.

Eu dormi no apartamento de Noah Urrea com o Noah Urrea.

Céus, eu literalmente dormi no apartamento dele, com ele, e acima de tudo eu acordei abraçada com ele. Meu Deus, o que foi que eu fiz na noite passada. Era para eu ter vindo para casa. Por mais que eu não me arrependa, pelo contrário, foi tão bom. Lembrar disso me faz sorrir que nem uma idiota.

Dormir com Noah renovou todas as minhas energias, diferente de várias horas seguidas aqui raramente conseguiam.

Aquela havia sido a minha melhor noite em anos.

E parando para pensar, a felicidade de Noah de manhã certamente era gigante, talvez não tão maior do que a minha. O que me lembra do Josh, o melhor amigo dele. Ele havia falado comigo como se me conhecesse bastante, mas eu nunca ao menos o vi.

Será que Noah fala sobre mim para ele?

Que tipos de coisas ele falou para o amigo?

Será que ele fala de mim para os seus outros amigos? E pior, que tipo de coisas?

Isso me deixa muito curiosa, embora sem a menor coragem para Ihe perguntar, pelo menos não por hora.

Neste momento eu me contento em lembrar sobre a nossa noite e fingir que nada nem ninguém pode estragar isso.

Nem ele mesmo.

Apenas me prendo nesse momento com todas as minhas forças.

Devagar eu me levanto do chão do meu quarto, pego todas as sacolas e as coloco em cima da minha cama para poder guardar tudo no meu armário, quando abro a primeira sacola meu celular começa a tocar, pego ele e quando vejo o nome dele na tela me lembro que esqueci de avisa-lo.

- Oi, estou em casa, esqueci de avisar sinto muito. - Falei, tirando as roupas e os produtos das sacolas.

- Imaginei, desculpe por não leva-la.

Sorri me sentando na ponta da cama e olhando para os meus pés. Mexi os dedos distraída e recordando-me da noite passada mais uma vez. Eu provavelmente faria isso pelo restante do mês.

- Não se preocupe, foi rápido.

Ficamos em silêncio, constrangidos, bem, eu estava.

Eu não tinha a menor ideia do que falar, mas eu queria continuar conversando com ele, porém, só ao lembrar do quão embaraçoso foi acordar com ele e a vergonha sentida me tira todas as palavras.

Antes mesmo que eu conseguisse pensar em um assunto, um alto barulho de algo caindo na sala me assustou, me levantei em um piscar e escutei o meu pai xingando a todo fervor no corredor da entrada, provavelmente tinha acabado de chegar.

- O que foi isso? - Noah perguntou preocupado.

- Nada demais, esbarrei aqui. A gente se fala depois, pode ser?

Bad Drug - NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora