O vento pairava fazendo os meus cabelos negros e longos esvoaçarem embatendo fortemente na minha cara, bufei tirando uns bocados de fios da minha cara. O céu estava cinzento tal como o fumo do meu cigarro que estava prestes a acabar, levei-o á boca sugando-o e todo o meu corpo relaxou com o ato, soprei para fora vendo o fumo sair em quantidade. Ouvi a campainha estridente ecoar, trinquei o lábio fortemente, não queria voltar para aquela estúpida escola, se bem que não sei do porquê de cá me porém, não tive qual quer opção e aceitei á força. Esta escola era diferente de todas as outras em que tive, só havia raparigas e não percebo o porquê. Nunca vi sequer um rapaz nesta escola. Fechei os olhos com força ao ouvir o segundo toque para a última chamada, revirei os olhos levantando-me da cadeira fria e gelada de ferro, bem que podiam pôr cadeiras mais quentes mas no mundo em que vivo as mulheres não têm sequer o direito de dar opinião, só servimos para satisfazer os homens. A minha mãe sempre me dissera isso antes de morrer, sempre foi a essa a tradição e lá em casa os homens é que mandavam. Mandei o cigarro para o chão pisando-o logo de seguida, encaminhei-me para dentro do pavilhão recebendo vários olhares reprovadores das raparigas que lá se encontravam, ignorei todos os olhares, desde que cá pus os pés tem sido assim todos os dias, será da minha roupa? Talvez, vestia-me toda de preto, até a maquilhagem era preta, não era pra mais eu parecia que ia a um velório mas eu só me adequo a este tipo de roupa e pensando bem combinam com os meus cabelos negros cor de carvão. Respirei fundo e bati á porta de sala de aula onde estava a decorrer Geologia, arrght odeio a disciplina mas ainda mais a professora a dona Gracie, veste-se toda produzida sempre com aqueles calções floridos que mostram toda a sua celulite juntamente com uma blusa com um grande decote, parece que está pronta para ser fudida mas duvido muito que um homem a queira. Entrei com autorização da mulher e logo os olhares gigantes puseram-se em mim e a senhora de idade que já não tem idade para usar aquelas roupas olhou-me zangada.
"Isto são horas de chegar atrasada menina Amber?!" praticamente que gritou fazendo-me rolar os olhos e encaminhei-me para a única mesa vazia do fundo o que fez com que esta me fuzilasse com o olhar. Santo deus porque é que esta escola está sempre em cima de mim? Eu faço o que quero.
"Que seja a última vez" avisou e eu decidi ignorar. Não me interessa se faça queixa, o problema destes professores é esse mesmo, pensam que me intimidam ao ameaçarem-me. Neste campeonato já deviam saber que ninguém me intimida.
A mulher irritante voltou assim á sua matéria onde nunca a devia ter parado e eu tirei o meu pequeno bloco de notas de desenho, sim eu amo desenhar quando estou aborrecida ou triste e neste caso é de aborrecimento sem dúvida. Dobrei o livro pegando num lápis de carvão e expus os meus sentimentos apenas para um papel, riscava, apagava linhas, voltava a desenhar. Eu coordenava tudo enquanto a minha mão guiava o lápis fazendo várias linhas retas, noutras carregava mais enquanto que outras era mais leve, fazia pequenas ondulações e dei o trabalho como acabado. Ás vezes nunca sei o que desenho, só quando o acabo é que realmente vejo o que acabei de desenhar á pouco e este foi o caso. Mostrava um sol e a lua, ambas diferentes mas estão sempre unidas quer queiram, quer não. Uma zangada que mostra a frieza que existe nesta, a arrogância por tudo e todos mas o mais importante, a solidão que esta se encontra pelo o orgulho, depois ao contrário temos o sol este que por acaso mostra a bondade, pronto para ajudar, é muito ingénuo mas tem a sua tristeza acumulada no seu rosto. Ambos completamente diferentes não haja dúvida mas atraem-se muito rapidamente por estarem sempre juntos a qual quer hora, segundo, minutos, anos mesmo que se odeiem eles vão sempre encontrar-se e sempre estar unidos. Não sei o que me deu para desenhar tal desenho, não tem nada haver comigo, não percebo. Ouvi a campainha tocar para a saída o que mostrava que era horas de almoço, finalmente! Arrumei as minhas coisas dentro da mala pequena e a pus ás costas saindo daquele sitio encaminhando-me para o refeitório. Assim que lá cheguei tirei um prato branco e escolhi um bom salmão acompanhar com batatas cozidas, não, eu não sou vegetariana nem nada disso, só que temos de variar na comida. Ia para sentar-me numas das mesas do fundo quando vou contra alguém e a minha comida é toda posta em cima de mim sujando por completo a minha camisola. Olhei para cima vendo a pessoa mais horrível desta escola, Emily. A maior puta da escola, arrght ela vai pagá-las, ó se vai.
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Delirium ||H.S|| ✔
Fanfiction"Amber vem aqui!" Ordenou. "N-não." respondi trémula, sabia o que estava para acontecer. "Amber" rosnou. Lentamente aproximei-me e este sorriu em agrado. "Põe-te de quatro, Agora!" gritou. Engoli em seco. Se a chama se apagar cada um segue com as...