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Pov Harry

Fechei a porta por trás de mim com extrema força assim que não consegui encontrar Amber. Mas porquê que ela foi logo desaparecer daqui? Porquê? Esta miúda está a começar a pôr-me os cabelos em pé! Começo a achar que ela só está a fazer isto tudo para me chatear ainda mais. Passo os meus dedos pelos meus cabelos apertando os meus fios numa forma estúpida de me querer acalmar. 

"Ainda não voltou?" ouvi Brenda a perguntar por Amber. Revirei os olhos.

"Estás a vê-la aqui?" perguntei com outra pergunta retóricamente fazendo um gesto ao meu lado mostrando-lhe que não estava a rapariga de cabelos pretos que me deixa desnorteado.

"Tudo se vai resolver, vais ver." Brenda disse tentando acalmar-me. Sim, tentando, pois não conseguiu de maneira nenhuma se esse era o seu objectivo. Passei por ela sem lhe falar mais nada entrando na sala de estar e sentei-me no grande sofá. Senti umas mãos pousarem nos meus ombros massajando-os.

"Tira a mão." rosnei falando pausadamente. Mas esta não fez.

Brenda tem começado abusar da minha paciência e sinceramente eu já estou farto. 

"O que eu disse?" aumentei o meu tom de voz tirando as suas mãos dos meus ombros com uma certa violência.

"Ai Harry! Porra, porque me tratas assim?" ela rematou dando a volta do sofá pondo-se á minha frente fazendo-me levantar a cabeça para encará-la por estar sentado e ela em pé.

"Não me és nada, porque deveria eu te tratar bem?" falei com indiferença.
"Porque eu sou tua prima!" guinchou apontando-me o dedo que logo o agarrei levantando-me. Puxei o seu dedo para trás fazendo-a gritar.

"Para ti pode ser! Mas para mim és uma mera conhecida cabra!" crispei na sua cara largando o dedo virando costas.

"Sabes que mais? Estou farta! Farta que me trates bem em frente da Amber e quando ela não está á vista tu tratas-me como uma cadela! CANSEI-ME!" gritou saindo da sala correndo para o andar de cima, revirei os olhos pela sua infantilidade.

É verdade, eu faço isso tudo para ver a reação de Amber. Eu sei perfeitamente que para ela eu não lhe sou indiferente, eu vejo a forma como ouço o seu coração bater fortemente cada vez que eu me aproximo de si, a forma como gagueja ás vezes quando lhe falo coisas porcas ao seu ouvido, assim como sinto como ela me olha duma forma tão intensa que duvido muito que ela chega a perceber-se. Isto tudo até me dá uma certa piada pois sei que ela está apaixonada por mim e eu não o vou retribuir porque Harry Styles, não ama ninguém.

Acordei dos meus pensamentos assim que ouvi o som do meu telemóvel ecoar em todo o pavimento. Levantei-me procurando-o seguindo o som, encontrei-o em cima da mesa. Peguei nele clicando no botão verde e pus em anti falante por estar com preguiça de o levar ao ouvido.

"Hey mano!" ouvi a voz estridente do meu e único amigo. 

"Ah, Olá Louis." saudei-o. "A que devo a honra deste telefonema?" Sim, porque não é todos os dias que recebo uma chamada dum amigo, ele deve querer algo. 

"Queria-te perguntar se podias vir á minha festa hoje." ele perguntou. Uhm, uns copos não me irão fazer mal e dar umas passadas nas raparigas não faz mal a ninguém.

"Claro." confirmei.

"Boa, aparece ás seis da tarde." ele disse. "Agora vou almoçar, vejo-te na festa. Até já." e desligou sem antes me deixar responder. Odeio que o façam, e ele sabe perfeitamente disso. Suspirei pousando o aparelho na mesa de novo, encaminhei-me para a cozinha querendo comer alguma coisa.

Delirium ||H.S|| ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora