Respirei fundo vezes sem conta antes que me dava uma loucura, o meu coração bombardeava muito de pressa, talvez por estar em estado de choque. Ignorei os olhares postos em mim e sentei-me no sofá individual enquanto as lágrimas que tentava impedir saíram logo numa cascata. Pus as mãos na cara para que não vissem o meu estado mas até as minhas mãos já começavam a ficar molhadas e então desisti dessa ideia. Harry tentou agarrar em mim mas eu não deixei, era vergonhoso de mais o que o meu pai fez, era horrível e como é que ele teve a coragem de voltar aparecer na minha vida depois de tudo o que fez?
"Mr. Styles já chegou da--" ouvi uma voz por de trás de mim.
"Olha quem decidiu aparecer!" Anne provocou gargalhando alto. Olhei para trás e Mary estava em estado de choque já com as lágrimas nos olhos, esta por consequência correu até mim mas antes que isso pudesse acontecer eu logo me levantei deixando esta confusa.
"O que se passa?" fez-se de desentendida.
"Não finjas!" quase que lhe gritei revoltada. Mary olhou para o meu pai e depois suspirou sentando-se no mesmo sofá que eu havia estado antes dela aparecer. "D-desculpa."
"Eu não quero as tuas desculpas para nada." falei fria e arrogante cruzando os braços. "Eu só quero uma explicação."
"Tudo bem Amber." respirou fundo. "Eu e a Gracie eramos irmãs, eu sabia do maior sonho que ela tinha, era ter um filho nos seus braços mas quando soube da doença praticamente isolou-se do seu mundo. Eu não sabia o que fazer, estava desesperada, partia-me o coração ao vê-la naquele estado lastimável até que eu tive uma ideia, naquela altura eu ainda estava com medo do que ia fazer mas para vê-la a sorrir eu fazia de tudo. Contei-lhe que fazia de barriga de aluguer mas para isso eu tinha que ter um caso com o teu pai, isso não foi pior pois ela logo aceitou." fez uma pausa olhando para mim mas eu logo desviei o olhar. "Quando o teste de gravidez deu positivo ela ficou histérica, eu fiquei feliz por finalmente ter conseguido pôr a minha irmã feliz. Os meses foram passando e eu que antes tinha metido na cabeça que aquela criança não era minha, estava me apegando cada vez mais a ti. Era eu que te sentia a dar os pontapézinhos, eu já te conhecia como a palma da minha mão e o pior foi que a Gracie notou essa mesma cumplicidade e ameaçou-me, não sabia o que fazer era nova mas quando tu nasceste e ouvi o teu primeiro choro senti que que não conseguia lutar por ti, então eu fugi." acabou por fim de dizer.
"Tu não és minha mãe." admiti. Gemma já não se encontrava na sala de estar assim como Lucy, não as condeno, afinal, quem gostaria de estar nesta tensão?
"O quê?"
"É isso mesmo, eu recuso-me aceitar que és minha mãe. Quero um teste de maternidade!" gritei-lhe rudemente olhando profundamente nos seus olhos cristalinos que tanto faziam-me lembrar os meus. Depois de olhar uma última vez aquela mulher que já se encontrava com lágrimas nos olhos saí de casa apressadamente, eu precisava dum tempo sozinha, era muita coisa para acumular na minha memória num dia só.
Caminhei longe sem rumo aparente, eu precisava de pensar, precisava de organizar a minha cabeça, as minhas ideias. Quando pensava que iria ter um dia de paz foi o pior da minha vida, como é possível a minha vida ter mudado assim dum dia para o outro sem mais nem menos? Ainda ontem tinha a certeza que eu era filha da Gracie Bailey mas hoje eu já não tenho tanta a certeza.
Parei á frente da campa da minha mãe, sim porque eu irei considera-la sempre como uma, no meio de todas as pessoas ela foi a única que não me magoou e que sempre lutou por mim não era agora que descobri a verdade toda que iria ser diferente, Mary para mim será uma desconhecida. Ela que não pense que a considerarei como mãe pois isso nunca vai acontecer.
A joelhei-me e olhei para o lado da campa da minha mãe onde se encontrava a campa do meu pai, este que o caixão deveria estar vazio, com raiva retirei o vaso com as flores e atirei-o para o chão fazendo um estrondo no meio do cemitério silencioso. Não sei como ele conseguiu simular a sua morte mas espero não me esquecer de mais tarde lhe dar os meus parabéns pois correu muito bem.
Sentei-me, tinha um nó preso na garganta que me causa dor e por momentos expulsei os meus sentimentos para fora chorando baba e ranho. Não consigo entender como esta mentira levou tantos anos que até envolveu a mãe de Harry, descobri que afinal a minha mãe era minha tia, que tinha uma irmã, que a minha empregada é que é a minha mãe biológica, que o meu pai está vivo e é um grande mentiroso e aldabrão que traiu a minha mãe. Olhei para a foto da minha mãe que sorria com todos os dentes que tinha feliz.
"Porque será que não posso ser uma pessoa que tem uma vida normal? Porquê?" questionei por alto choramingando cada vez mais.
"Porque ninguém tem uma vida perfeita." surpreendi-me por receber uma resposta de volta. Não foi preciso virar-me para saber quem era o dono daquela voz rouca.
Decidi então ignorar pois eu queria ficar sozinha um pouco e ele nunca respeita isso.
"Amber vamos para casa." pediu.
"Não, Harry. Depois de tudo eu não quero voltar lá tão cedo." respondi-lhe, este agachou-se do meu lado mas eu continuava a encarar a campa da minha mãe.
"Nós não vamos para lá agora mas eu não te vou deixar ficar aqui." suspirei levemente e olhei para os seus olhos esverdeados.
"Tudo bem." cedi levantando-me e ele fez o mesmo. Ambos caminhamos para fora do cemitério, já começava a escurecer e a noite ia ficando cada vez mais fria para eu estar com um simples calção e uma camisola, a verdade é que depois disto tudo não tive tempo de tomar banho depois da praia, quem teria após isto tudo?
Entramos no carro e ficamos parados, Harry não arrancou e eu apenas tremia de frio até que tive uma ideia, eu precisava disto e só o Harry mo podia dar.
"Harry?" chamei-o e este virou a cara para mim. "Faz sexo comigo por favor." pedi-lhe gentilmente. Este encarou-me de boca aberta.
"O quê? Porquê agora?"
"Eu preciso de esquecer os problemas, por favor." pedi mais uma vez.
"Não Amber, não vou fazer isso quando tu estás carente." falou mas desta vez eu não cedi, sai do meu banco e sentei no seu colo retirando a minha camisola dando á vista o meu fato de banho. Beijei o seu pescoço sensualmente.
"Por favor." implorei rebolando em cima do seu membro. Harry agarrou-me fortemente na cintura fazendo mais pressão.
"Nós não fazemos sexo, fazemos amor." sorri com a sua frase e ouvi começar a chover lá fora deixando os vidros embaciados. Retirei com brutidade a sua camisola e desapertei o fecho dos seus calções de banho, levantei-me para retirar os meus calções mas Harry foi mais de pressa e retirou logo tudo duma vez incluindo as cuecas. Sentei-me em cima do seu membro tapado só pelo tecido dos boxers e movimentei-me lentamente causando gemidos por parte de ambos, Harry retirou o meu sutiã e começou por massajar dando leves trincas, já sem esperas puxei o seu boxer para baixo e encaixei-me no seu membro duro, suspirei quando este entrou por completo em mim. Comecei a cavalgar recebendo vários apalpões e beijos em troca, arranhei-lhe as costas com força fazendo-o gemer de dor e ao mesmo tempo de prazer, a chuva lá de fora fazia um lindo contraste com o bater dos nossos corpos, as nossas respirações estavam aceleradas e ficava cada vez mais cansada, cavalguei mais umas quantas vezes até que ambos chegamos ao clímax.
HEY HEYYY! E quem é que está de férias? Eu mesma hahah finalmente.
Bem, eu espero que tenham gostado do capitulo, comentem eu gosto de saber a vossa opinião.
Talvez eu publique na quarta-feira se der tempo.
Comentem, votem e partilhem.
Love you all ^-^
Carolinaa :*
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Delirium ||H.S|| ✔
Fanfiction"Amber vem aqui!" Ordenou. "N-não." respondi trémula, sabia o que estava para acontecer. "Amber" rosnou. Lentamente aproximei-me e este sorriu em agrado. "Põe-te de quatro, Agora!" gritou. Engoli em seco. Se a chama se apagar cada um segue com as...