005. Consume

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Estas vozes na minha cabeça ficam gritando: Corra, agora
Estou rezando para que eles sejam humanas

Consume - Chase Atlantic

— Lope, vamos, eu levo você na farmácia

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— Lope, vamos, eu levo você na farmácia. Vamos. — me chama Nathaniel pela milésima vez, colocando as mãos em meus ombros e me impulsionando a ir com ele.

— Nath, não precisa, é aqui perto, eu posso ir sozinha. — digo, parando e me virando para o olhar.

— Vamos, Penélope, vamos logo! — ele exclama, voltando a me empurrar.

— Nathaniel, não precisa! — digo, soltando uma risada ao ver ele fazer cara feia. — Sério, não precisa ir comigo, eu posso ir sozinha, já te falei!

— Mas, Lope, vamos, eu te lev...

— Nath. Não. Precisa. — digo ao mesmo, pausadamente.

Ele não me responde, apenas continua me olhando de cara feia. Até que ele suspira e revira os olhos, bufando e baixando a cabeça.

— Tá bom. — ele diz, por fim, e eu sorrio. — Então vá! — ele exclama, enquanto eu vou até o mesmo e deixo um beijo em sua bochecha.

Me despeço dele e saio de casa, andando pelo bairro tranquilo em que moro.

Após o sinal de pedestre abrir, atravesso a rua e volto a andar pela calçada de Los Angeles. Entro na primeira farmácia que aparece e vou até o balcão onde o atendente está, pedindo para que o mesmo me dê um remédio para dor de cabeça e outro para dor de estômago.

Desde terça feira estou sentindo essas dores, e por mais que Nathaniel tenha insistido para que eu viesse logo comprar, eu apenas não segui seu conselho, achando que isso logo iria passar e que só era uma dorzinha simples.

Mas quando essas dores se intensificaram, senti a necessidade de vir urgentemente à farmácia.

Faço o pagamento e pego o pacote com os remédios dentro, agradecendo ao atendente e logo depois, saindo.

Essa farmácia fica perto de casa, e não levou nem quinze minutos para que eu chegasse. Quando entro, fecho a porta e deixo meu chinelo na entrada, adentrando mais e chamando por Lúcia, a servente que Zaiden contratou para cuidar da casa.

Lúcia, além de empregada, se tornou uma amiga para mim, mesmo ela estando aqui há apenas duas semanas.

— Lúcia? — chamo pela mesma, adentrando a cozinha a procura dela. — Nath? — chamo por meu irmão, mas ainda continuo sem resposta.

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