IV.

6 1 0
                                        

Em um país onde há monarquia, o lugar é governado pelo rei, ou monarca que exerce a função de chefe de Estado sem limites de poder ou tempo. Para um rei não há limites em seu reinado, mas para uma princesa há infinitos limites. Não pode cozinhar, não pode limpar, não pode lutar, não pode ler, não pode se casar com quem realmente quer, só com alguém deveras rico ou de outro reino, ou até mesmo da mesma família.

Berta, fora proibida de sair do castelo por conta de sua rebeldia que quase lhe custou a vida. O rei decretou isso após a garota ter passado a noite na floresta sozinha e não voltar na manhã seguinte. A princesa vivia com guardas em sua cola por vinte e quatro horas por dia. Fora proibida de tudo. Só tinha uma certa paz a noite quando ia dormir, pois dormia no mesmo quarto que o irmão gêmeo, e só por esta razão. O rei achava que a garota não faria nada de errado dessa forma, e aprenderia a se comportar.

Berta estava insatisfeita com sua vida, pois só experimentava vestidos, comidas, e decidia coisas —que em sua opinião eram tolas— para o baile que teria como recepção do príncipe da Escócia que estava indo a Ravena, para se casar com Berta, pois o tempo de coroação de ambos os reinos estava próxima. Sentia falta de andar pelo reino com Beomgyu, sentia falta de ir até a casa de Soobin para ler e aprender a atirar de arco e flecha, e conversar  com o vampiro. Achava o mesmo enigmático, extremamente abstruso. Com  um vocabulário que aparentava ser antigo, de mais ou menos dois séculos dantes. Um homem culto, e elegante mesmo não pertencendo à nobreza, e deveras atraente. Tal airosidade lhe causava tremores em suas entranhas, um calor súbito em seu cerne. O mesmo que possui um olhar deveras intimidador. Se perguntava se o veria novamente.

Kang Taehyun, um jovem de dezessete anos, um rapaz que possui porte forte, cabelos negros, olhos grandes, uma voz doce e encantadora. Se não fosse o fato de ser seu primo, Berta até cogitaria casar-se com ele. Entretanto, a garota não quer se casar, e muito menos com o próprio primo.

O príncipe chegara em Ravena em uma quarta chuvosa. Fora recebido calorosamente pelo rei e pela rainha, sua tia. Portanto Beomgyu e Berta não tiveram a mesma atitude. Ginevra não aceitava de maneira alguma se casar com ele, e Beomgyu não concordava com tal regime que o pai implantara, de obrigar sua própria filha se casar quando e com quem não deseja.

Taehyun cumprimentou Beomgyu com um aperto de mão, que da parte do príncipe de Ravena, não fora nada amigável. O Escocês parou a frente da princesa, pegou sua mão, e posicionou seus lábios delicadamente carnudos na mesma, lhe dando um selar, ao mesmo que olhava fixamente em seus olhos. Sentira uma movimentação no baixo ventre quando a garota o penetrou com seu frio olhar.

—Princesa. Como é bom vê-la. Você é divinamente encantadora.— elogiou o rapaz

A princesa dera apenas um sorriso forçado sem mostrar os dentes. Beomgyu rira da cena que acabara de ver. Principalmente pela elevação peniana de Taehyun perante a garota.

—Mais respeito com a minha irmã gêmea, vossa majestade— Beomgyu sussurrara debochado no ouvido de Taehyun, no momento em que saía do lugar e puxara Ginevra junto a si. E assim os dois saíram para seu quarto.

No jantar todos tiveram que estar juntos, para discutir os últimos detalhes do baile. Beomgyu e Berta chegaram atrasados propositalmente, para conseguir se sentar longe de Taehyun, mas isso infelizmente não ocorreu. Só haviam dois lugares na mesa, um ao lado de Taehyun e outro ao lado esquerdo do rei. Berta se sentou ao lado do pai e Beomgyu ao lado de Taehyun.

A garota se sentira extremamente desconfortável, pois o pai ficava tocando em suas partes baixas. A mesma não sabia o por que daquilo. Sentia uma leve dor na região, pois o rei tentava de todas as formas penetrar seus dedos ali, mesmo por cima de tantos panos que a garota usava.

The Sea Of Roses and BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora