Primavera

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— Você está linda. — Yoongi falou ao entrar no quarto. Ele caminhou até mim, abraçando meu corpo por trás e olhando o nosso reflexo no espelho. — Você tem certeza?

— Absoluta. — Falei virando para deixar um beijinho em sua boca.

— Então vamos. Não podemos nos atrasar.

O caminho até o cartório foi silencioso. Martha e Mark seriam testemunhas do nosso casamento. Tudo aconteceu rápido, por ter influência, Yoongi conseguiu o horário, e eu arrumei toda a papelada.

Em menos de uma semana, estávamos com a data marcada.
A audiência de custódia de Yuna seria em menos de um mês.

— Lee S/N, é de livre e espontânea vontade que você aceita Min Yoongi como seu legítimo marido?

— Sim.

— Min Yoongi, é de livre e espontânea vontade que você aceita Lee S/N como sua legítima esposa?

— Sim.

— Com poder concedido a mim, pela República da Coreia, vos declaro casados.

Yoongi abre um sorriso lindo, me puxando para tocar os lábios aos meus.

Esse não é o casamento que nós sonhamos um dia, definitivamente. Mas é o que precisamos agora.

E eu tenho plena certeza de que nunca me arrependeria da decisão.

Amo Yoongi. Amo a família que nós formamos e perder uma das nossas filhas está fora de cogitação.

A comemoração precisou ser pequena, já que não tivemos tempo de organizar. Apenas o meu irmão com os filhos e a esposa, os pais de Yoongi e alguns poucos amigos que conseguimos contato.

— Prometo que assim que as coisas se acertarem, vou fazer um casamento exatamente como planejamos da primeira vez. Do jeitinho que você merece. — Ele murmurou em meu ouvido, apoiando uma mão em minha cintura e segurando uma taça de champanhe na outra.

— O importante agora, é mantermos a nossa família inteira. — Falei, passando os braços em seus ombros e deixando um beijo em seus lábios.

— Não sei como conseguiria passar por isso sem você, anjo. — Ele sorriu fraco, enrugando o nariz.

— Bem triste, provavelmente. — Fiz um bico, o que o fez rir.

— Eu amo você, Sra Min.

— Eu amo você, Sr Min.

Um mês depois...

Apertei os dedos de Yoongi entre os meus. O juiz daria a sentença a qualquer momento e eu sentia meu coração bater de forma descontrolada. Do outro lado da mesa, Yeon-hee nos encarava com um sorriso vitorioso, ela tinha certeza de que ganharia.

Durante o processo, Yuna havia precisado passar algumas tarde com a genitora e também ter consultas regulares com um psicólogo designado pelo tribunal de justiça.

— Bom, vamos à sentença. — O juiz falou. Yoongi apertou mais a minha mão, a aliança reluzente em seu anelar brilhando. — Levando em consideração todos os documentos, tal como os depoimentos das testemunhas e do psicólogo, concedo a guarda total da menor Min Yuna ao pai, Min Yoongi.

Yoongi baixou a cabeça, chorando baixinho, e eu o abracei com força. Yeon-hee se ergueu, gritando palavrões para o juiz e precisando ser retirada do lugar para não ser presa.

— Deu tudo certo, meu amor. — Sussurrei, beijando suas lágrimas.

— Yuna é nossa, ninguém pode tirá-la de nós. — Ele me abraçou, sorrindo e devolvendo os beijos que lhe dei.

— Obrigado. — Sussurrou. — Obrigado por ficar ao meu lado e não me deixar perder a nossa filha, amor.

Voltamos para casa com o coração tranquilo. Yoongi passou a tarde inteira grudado nas duas pequenas, fazendo todas as vontades delas.

Como havia prometido, meses depois, fizemos uma segunda cerimônia de casamento.

Yuna e Ellie foram as daminhas, entrando comigo até o altar. Parado lá na frente, meu marido me esperava em um terno lindo, com um sorriso aberto em uma promessa de um futuro incrível.

Hobi ficou com as meninas por uma semana, enquanto nós dois viajamos para a lua de mel.

Não podia ser muito extensa, já que precisávamos estabelecer uma rotina com elas e eu finalmente estava abrindo meu próprio escritório.

Eu e Ellie fizemos a nossa mudança definitiva, e coloquei o apartamento à venda.

Estava tudo perfeito.

Como um sonho que eu não queria acordar nunca mais.

Alguns meses depois...

Min Yoongi

— Amor! — S/N chamou alto do banheiro. Resmunguei enquanto levantava da cama.

— Sim? — Perguntei na porta.

— Eu esqueci a toalha. — Ela diz rindo, me fazendo revirar os olhos.

Pego uma toalha no closet e levo até ela. Aproveito a distância para observar a cena incrível que as manhãs de domingo se tornaram.

Depois do casamento, tornou-se comum que as meninas acordassem cedo nos domingos para deitarem conosco e dormir mais um pouquinho, o que me fez comprar uma cama maior.

Elas estavam ainda adormecidas, os cabelos bagunçados e os bracinhos estirados. Mais ao lado, o caçula, Hyun, dormia tão tranquilo quando as irmãs, como se não tivesse feito a mim e a S/N ficarmos acordados a noite inteira.

Eu estava exausto, mas estava feliz, realizado e completo.
Finalmente tinha uma família, ao lado da mulher que eu amo e nada mais pode separar nós dois.

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As voltas que o mundo dá • Min Yoongi [FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora