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— Merda.

Simone esbravejou ao sair de seu carro convencional, do qual ela odiava usar, mas também recusava utilizar seu xodó para ir a lugares como dar aula. Bateu à porta do carro, jogando sua bolsa no ombro. Adentrou ao local grande, dando bom dia a todos, como sempre fazia. Apesar de ter sido uma manhã estressante, ela sempre foi muito gentil. Passou rapidamente pelo banheiro antes de dar início à aula.

Adentrou em uma das cabines, passando a trava enquanto respirava fundo, tentando não surtar. Escutou a porta abrir e uma das cabines bateu com força, enquanto alguém soltava palavrões sequenciais. Simone saiu de sua cabine e foi até a pia, ligou a torneira, lavando suas mãos, e a fechou. Passou as mãos úmidas pelos cabelos, deixando-os jogados para trás. Pegou um creme da bolsa, passando-o em suas mãos e braços.

Mexendo em sua bolsa, não havia notado que a menina que tinha entrado estava saindo da cabine, e só se ligou que não estava sozinha quando mãos passaram por sua cintura, abraçando-a por trás. Ela não se mexeu, não reagiu, sabia perfeitamente bem quem a abraçava daquela maneira.

— O que houve dessa vez? — Simone perguntou, tirando os braços da jovem de seu enlace.

— Os meus pais, para variar. São sempre eles, e eu estou ficando de saco cheio. Na realidade, nunca estão satisfeitos com nada. É o cúmulo, fora outras coisas. — O desabafo veio acompanhado de uma tristeza misturada com mágoa em sua voz.

— Soraya, respira. Daqui a pouco você tem outra crise ansiosa e não vai nem perceber.

— Tem uma coisa que pode me ajudar bastante. — A menina espertinha se aproximou, encurralando Simone contra a pia.

Em sua defesa, ela nunca resistiu a essa aluna. Sempre que ela se aproximava, seus sentidos ficavam borbulhando. Não conseguia se conter, apesar de sempre recusar os convites, saídas ou qualquer coisa que fugisse da realidade, que não fosse apenas beijo.

Deixou que sua aluna se aproximasse descaradamente de seu corpo, prensando-a ainda mais contra a pia, deixando-a toda derretida. Soraya se esticou ficando na pontinha do pé beijando sua professora preferida, não que ela não saia beijando meio mundo, coisa que ela faz e muito, mas sempre teve um amor encubado por Simone.

Com a adrenalina de alguém adentrar, Soraya passe-a com suas mãos afoitamente contra o tecido das roupas de sua professora enquanto a apalpa constantemente. Sendo sempre uma ativa tóxica, ela não sabia o que era relatividade, então sempre foi para cima de Simone sem pudor doida para que sua professora abrisse as pernas para ela.

Simone apesar de tirana, era muito passiva e deixava isso transparecer com Soraya, completamente rendida, se derretia inteira quando Soraya a agarrava pela cintura enquanto chupava sua língua soltando gemidos despudorados.
Ouviram pessoas falando e se aproximando, fazendo Simone empurrá-la para longe e correr para a cabine deixando sua bolsa sobre a pia, claramente deixando Soraya cheia de gracinhas e notando que estavam apenas passando por lá, bem longe do banheiro.

Simonão, pode sair.

— Soraya Vieira D'Castillo. — A professora saiu da cabine fula, odiava aquele apelido.

— Simone Nassar Pellegrini, não comece com os sermões, e pare de agir como uma garotinha santa. — Resmungou levemente irônica.

— E você pare de agir como uma menininha mimada, que se frustra quando leva um não. — De braços cruzados Simone diz as palavras enquanto Soraya bate o corpo contra a parede. — ... Se quer tanto assim me comer, faça por onde. Continue tentando, quem sabe você não consegue.

DANGEROUSLY IN LOVE [ Simone x Soraya ]Onde histórias criam vida. Descubra agora