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O silêncio da noite foi quebrado apenas pelo som distante dos pneus cantando contra o asfalto enquanto o carro dos sequestradores desaparecia. O corpo de Augusto, ainda estirado no chão, lutava para resistir à dor aguda que irradiava do peito, onde o sangue se acumulava rapidamente, ensopando sua camisa e manchando o chão ao seu redor. Sua mente estava enevoada, mas ele sabia que precisava fazer algo, precisava salvar Soraya.

Com enorme esforço, ele tentou mover o braço, engatinhando com dificuldade em direção ao celular que havia caído a poucos metros de onde estava. Cada movimento era uma tortura, como se o peso de seu corpo estivesse dobrado. Ele sentia a fraqueza tomar conta, e a respiração era irregular, como se seus pulmões se recusassem a funcionar. Mas a imagem de sua filha sendo levada o motivava a continuar.

Finalmente, sua mão alcançou o celular. Com dedos trêmulos e a visão turva, ele tentou destravar a tela. Os números dançavam à sua frente, mas com determinação, conseguiu discar o número da emergência. Quando a chamada finalmente conectou, sua voz saiu entrecortada e falha.

— A-ajuda... m-minha filha... s-sequestrada... — Ele quase não reconhecia sua própria voz, tão fraca que parecia estar sendo sufocada pela dor. — Eu... fui baleado...

Os segundos que se seguiram foram um borrão de sons e sensações. O operador pedia mais informações, mas as palavras escapavam de Augusto. Ele sentia seu corpo perdendo força rapidamente, o frio se espalhando à medida que o sangue continuava a sair. Tudo começava a escurecer, como se a noite ao redor estivesse engolindo sua consciência.

Ele pensou em Soraya, sua pequena garota, agora perdida nas mãos de criminosos. O medo por ela o consumia. Com um último esforço, tentou se concentrar na voz do atendente do outro lado da linha, mas a escuridão o venceu antes que pudesse dizer mais alguma coisa.

Quinze minutos depois, o som distante de sirenes anunciou a chegada da equipe de resgate. Encontraram Augusto desacordado, o sangue ainda escorrendo do ferimento no ombro. Os paramédicos agiram rápido, estabilizando-o enquanto corriam para colocá-lo na ambulância.

O paramédico-chefe examinou o pulso de Augusto e olhou preocupado para a equipe.

— Ele está muito fraco. Rápido, precisamos estabilizá-lo, ou não vai aguentar até o hospital.

As sirenes ecoaram pela cidade enquanto a ambulância cortava o trânsito em alta velocidade. A situação era grave, o tempo era inimigo. Ao chegar ao hospital, Augusto foi levado imediatamente para a sala de cirurgia.

Augusto foi levado diretamente para a sala de cirurgia. A bala tinha perfurado artérias críticas, e a hemorragia era massiva. Os médicos lutavam contra o relógio. Durante a operação, ele sofreu duas paradas cardíacas, e os médicos se apressaram para reanimá-lo. O monitor cardíaco emitia o som aterrorizante de um coração que falhava, e o ambiente estava carregado de tensão.

— Vamos, precisamos de uma transfusão de sangue imediatamente! — Um dos médicos gritou, enquanto a equipe de enfermagem corria para preparar a transfusão. O suor escorria pelos rostos dos cirurgiões, o corpo de Augusto se debatendo entre a vida e a morte.


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⏰ Última atualização: Oct 06 ⏰

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DANGEROUSLY IN LOVE [ Simone x Soraya ]Onde histórias criam vida. Descubra agora