16. juicebox, the strokes.

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ESMERALDA

Estou sem fôlego. O beijo dele me pega de surpresa, suas mãos passam por debaixo da minha camisa e alcançam o meu sutiã tão rápido que mal consigo raciocinar. Na verdade, eu nem quero pensar muito.

Deixo que faça o que quiser. Aproveito a mínima distância entre mim e o par de olhos oceânicos diante de mim com um sorriso travesso.

Ele tem o controle, mas de repente estou tão faminta quanto. É a minha vez de estar no controle. Em cima dele. Sorrindo de cima enquanto suas mãos tocam meu quadril. Ele tira a camisa. Eu passo a minha mão por tudo. Beijo-o dos ombros até a barra da calça.

Uma batida. Meu coração acelera. Meus olhos ardem. De repente estou acordada de verdade, encarando o teto do meu quarto. Acendo o abajour na minha mesinha de cabeceira, pego o caderninho na primeira gaveta, junto da caneta. Começo a escrever.

Take me where you want me tonight
And let me swoon over you
Let me swoon over you
And there's nothing I can do
So let me swoon over you

Batuco a caneta na folha. Mordo a ponta. Meus batimentos estão voltando ao normal. Observo Nathan dormindo na cama do lado, nem sei que horas são.

Lembro vagamente do que aconteceu ontem. Tudo vem em flashes rápidos. Minha cabeça dói.

Me sento, pronta para levar e ir ao banheiro jogar um água no rosto. Já é uma da tarde.

Volto a abrir o caderninho na mesma página. Continuo escrevendo. Agora o sentimento é outro. Raiva.

Don't you know you're just another heartbreaker?
Don't you know you're just another heartbreaker?
Just another, just another heartbreaker
Don't you know you're just another heartbreaker?
A heartbreaker, a heartbreaker

Respiro fundo. Espero meu cérebro decidir que isso é tudo por agora antes de ir ao banheiro. Não ouço nada do lado de fora, acho que fui a primeira a acordar.

Confiro a impressão do calendário da Liliane. Hoje é o dia da Dana.

Abro a porta do quarto dela devagar, esperando que o barulho não acorde ninguém. Alex continua roncando. A cama da de olhos puxados está arrumada e sem rastros dela.

Passo um café enquanto ela não chega. Preciso acordar. Esquecer esse pesadelo. Fingir que nunca aconteceu.

Decido mandar uma mensagem quando o relógio está prestes a marcar duas da tarde. Ela responde imediatamente.

Danita

Esme: Oioi, tá tudo bem?
Esme: Pela hora você já deveria estar em casa.

Dana: Tô no restaurante pegando nosso almoço. Quer o de sempre?

Esme: Com certeza.
Esme: Manda um abraço pros seus pais.

Dana: Pode deixar!!!

Ajudo-a com as sacolas assim que chega e deixa o tênis junto de muitos outros pares, do lado da porta, na parede do quarto de Zak e Alícia.

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