Catherina e Richard acreditavam não ter nada em comum, a não ser a situação importuna em que ambos se encontravam em suas respectivas carreiras. A sorte que tinham eram seus agentes, que tiveram a ideia perfeita: juntar os dois maiores nomes dos res...
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❝ — Cate Riva, você tem pouquíssimo tempo pra poder acompanhar o futebol, e ainda assim conseguiu arranjar uma folga pra assistir seu irmão erguer a taça do carioca!
— com certeza! Nate é meu maior orgulho e eu não poderia deixar de assisti-lo!
— e o gol da vitória? foi uma bela assistência de Richard Rios para seu irmão! será que dessa vez rola uma trégua pra curtir a taça na companhia de seu irmão e do melhor amigo dele?
[risada]
— uma trégua? mas pra quê trégua? [risada irônica], foi sim uma bela assistência, mas esse é o trabalho dele, não é? o gol é o que importa.❞
RIO DE JANEIRO, BRASIL terça-feira, 12h00
Cada vez que a bola vinha em minha direção, eu rebatia ela com raiva para Marco, meu treinador, e honestamente, nos últimos treinos o único som que reina na quadra é da bola e da raquete, e alguns comentários que ele faz para me fazer melhorar, porque de restante, não trocamos uma única palavra, e ele sabia o por quê.
Depois de horas no sol quente, eu deitei na sombra e bebi um litro de água de uma só vez.
— Até quando você vai fazer seu voto de silêncio comigo? — ele pediu.
— Não estou fazendo voto de silêncio — respondi dando de ombros.
Eu não estava mesmo, mas eu também não queria conversar.
Eu tenho direito de estar chateada, não é? Estou sendo forçada a fazer algo que eu sequer quero, que não me sinto confortável fazendo, e Marco não foi nem capaz de escutar meu lado, de entendê-lo.
Sei que minha carreira é importante, acredite eu sei! Todos sabem o quão sério eu levo meus campeonatos, meus contratos e minhas vitórias, eu só não queria precisar apelar para um relacionamento falso pra manter um patrocínio que sempre quis.
Eu tenho direito de ficar chateada porque minha própria equipe não se importa com o que eu sinto sobre essa situação.
— Nina, é o melhor pra você.
Levantei e limpei minha saia, guardando meus equipamentos na minha bolsa.
Não respondi, mas o olhar de Marco me dizia muitas coisas, assim como meu silêncio
— Cate...
— Eu sei que não adianta nada discutir, eu já passei dessa fase. Mas vocês sequer me perguntaram! Claramente não se importam com o que eu acho, penso e sinto. Me irrita, e isso você deveria saber — apontei.
Marco suspirou.
— Você vai ver que isso vai melhorar a situação, Nina — disse mais calmo que eu. — A mídia realmente não para de falar de vocês, e não há nada que tire o assunto das primeiras páginas.
