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RIO DE JANEIRO, BRASILsábado, 21h30

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RIO DE JANEIRO, BRASIL
sábado, 21h30

Saímos relativamente cedo de minha casa, ao menos para uma festa. Normalmente vamos mais tarde por motivos óbvios, mas dessa vez, como todos nós temos compromissos importantes, optamos por ir mais cedo e voltar mais cedo.

Nate e Genevieve foram no carro do meu irmão, e Richard e eu fomos com o meu carro esportivo.

Eu estava de salto alto, odiava dirigir de salto, e Richard como estava namorando meu Mustang, adorou a ideia de o dirigir no meu lugar.

Não era só isso também.

Como foi que ele disse sobre o suéter? Que viu meus olhinhos brilhando quando o vi?

Pois é, Richard estava igual com meu carro, e decidi fazer a alegria da criança, porque ele parecia precisar.

Durante o caminho todo cantamos Rosalía porque, conforme Richard, era o tipo de música certa para escutar dentro de um carro esportivo, e eu, achando graça, concordei com sua ideia.

Ele não estava tão errado assim, aliás.

Acho que o ponto mais alto do meu dia foi justamente esses vinte minutos dentro do carro, na noite iluminada de Rio de Janeiro, escutando as músicas mais... Vivas que eu poderia escutar.

Não era apenas Rosalía, haviam vários raps e funks também. Daqueles do tipo que faz você ter vontade de gritar as letras, e foi divertido.

Não achei, mas eu também estava precisando.

Era nostálgico, era bom.

Quando chegamos na casa de Maya, era possível escutar o grave da música soar alto do lado de fora. Estava frio, ainda bem que trouxe minha jaqueta junto.

Era de couro, preta com alguns detalhes vermelho para combinar com a fantasia.

Richard fechou a porta do carro e deu a chave para o manobrista e então chegou ao meu lado, com as mãos no bolso, e logo tirou sua direita de lá e segurou a minha.

Ele parecia nervoso por algo, e isso me fez apertar sua mão.

— Richard?

Ele me olhou e sorriu sem graça.

— Tudo certo, Riva.

Sorri sem mostrar os dentes e concordei, dando o primeiro passo para frente, mas então ele me parou, travando minha mão.

Olhei para ele e o vi me encarar.

Richard me puxou mais forte e grudou nossos corpos, soltando nossos dedos e segurando firme minha cintura.

— Que tal você deixar sua marca em mim? — disse baixo, em meu ouvido.

Engoli em seco, ignorando o fato de sua voz rouca me deixar um tanto...

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