Capítulo 28

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ELISA NARRANDO

Acreditava, sinceramente acreditava, que poderia consertar as coisas com Any. No momento em que dançávamos juntas, parecia um momento tão nosso, finalmente havia criado uma esperança, mas agora, sinto que foi tudo pelos ares. Vê-la sair do meu quarto tão desapontada, após testemunhar Clara saindo do meu banheiro... Parece impossível até mesmo conseguir explicar.

Por Deus, por que tudo precisa ser tão complicado quando se trata do amor?

Clara: Nossa, parece que sua irmã não gostou muito de me vê por aqui. - Clara se aproximou de mim
Eu: Clara, será que você pode me deixar sozinha?
Clara: Hum.. tudo bem! Se precisar de mim, estarei no quarto dos fundos.

Clara saiu do meu quarto sem olhar para trás enquanto eu ficava martirizando na mente o que iria fazer para tentar convencer Any de que tudo isso não passava de um mal entendido.

Fui até o quarto de Any e lá estava ela, parecendo um peru tonto, andando de um lado para o outro. Assim que me viu entrar em seu quarto, sua expressão mudou completamente. Era visível o ódio em seu rosto.

Any: Sai, sai do meu quarto agora! - Apontou o dedo indicador para a porta
Eu: Precisamos conversar - Me aproximei
Any: Não temos nada para conversar, e no momento não estou afim de escutar sua voz
Eu: Por que você é assim? Tudo precisa ser sempre do seu jeito e no momento em que você quer. Parece uma garotinha mimada.
Any: Veio até meu quarto para me insultar? Por que não vai lá ficar com sua loirinha, certamente deve está te esperando, docinho.. - Any revirou os olhos e bufou
Eu: Como você é idiota.
Any: Idiota é você! - Revidou
Eu: Você acha que se eu me importasse com a Clara estaria aqui tentando explicar o motivo pelo qual ela estava lá no meu quarto?
Any: Não precisa explicar nada. Sei muito bem o que ela estava fazendo lá e, aliás, se eu não tivesse atrapalhado o casal, né.
Eu: Quer saber, foda -se eu cansei. Você claramente não está nem aí para o que eu tenho a dizer. Talvez seja a hora de virar a página e seguir minha vida com alguém mais fácil de lidar.

Suspirei pesadamente, levei minhas mãos até meu rosto passando pelos meus cabelos. Já estava farta, estava no meu limite e Any percebeu, pois sua expressão foi de fúria para tristeza.

Any: Elisa, você não entende. - Sua voz soou trêmula
Eu: Entender é tudo que tenho tentado fazer desde o dia em que terminou tudo comigo, sem mais nem menos.

As palavras Saltavam da minha boca como uma torrente, como se eu estivesse finalmente libertando tudo o que estava preso dentro de mim há semanas. Eu estava furiosa, cada fibra do meu ser vibrava com a exaustão mental que essa situação com Any estava causando dentro de mim. Any me encarava abraçando seu próprio corpo.

Eu: Any, cansei de tentar entender você, de me esforçar para ficar ao seu lado. - Disse triste
Any: Sabe o que eu mais odeio? - Any se virou e caminhou até sua janela
Eu: O que? - Perguntei
Any: A maneira descontrolada como meu corpo reage a você. Odeio como você rouba meus pensamentos e me faz querer matar qualquer uma que se aproxima de você e saiba que tive que me segurar muito para não afundar a cabeça daquela loira imbecil no vaso sanitário.
Eu: O o que?.. - Perguntei incrédula
Any: Elisa, eu te amo! - Any se virou para me encarar
Eu: O que, o que você disse? - Gaguejei
Any: Eu idiota achei mesmo que conseguiria ficar longe de você. Você tem sido meu primeiro pensamento do dia e o último da noite, cada minuto longe de você, parece uma eternidade, sei que é cafona falar desse jeito, mas é a mais pura verdade.
Eu: Oh, minha linda!

Uma única lágrima escapou sorrateiramente dos meus olhos, enquanto aquelas palavras de Any ecoavam, parecendo quase surreais. Aproximei-me dela com um misto de surpresa. Seus olhos permaneciam fixos nos meus.

Eu: Princesa, não sei nem o que dizer.
Any: Que bom, pois não quero que diga nada. Quero que faça. - Any levou sua mão até meu rosto acariciando e desceu até o colarinho da minha camisa.
Eu: O que quer que eu faça? - Sussurrei enquanto me aproximei de seus lábios
Any: Quero que me beija e me foda até não aguentar mais.
Eu: Seu pedido é uma ordem, pimentinha!

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PROIBIDA PARA MIM! - Elisa de AlmeidaOnde histórias criam vida. Descubra agora