CAPÍTULO 16

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ELISA NARRANDO

A volta para casa estava sendo tranquila. Apesar da catástrofe do primeiro tempo no treino, o segundo tempo foi sensacional e levamos a vitória por 3x1 sendo um dos gols marcado por mim.

Olhei de relance e Any estava com a cabeça encostada na janela do carro, parecia aérea.

Eu: E então, o que achou do treino? - Perguntei quebrando o silêncio
Any: Eu adorei! Você é realmente muito boa. - Sorriu enquanto me olhava e eu retribui
Eu: E quanto a Trice, o que achou dela ? - Perguntei de maneira casual
Any: Ah, ela foi um amor comigo. Me ajudou nas fotos, foi uma boa companhia.

Revirei os olhos e Any percebeu.

Any: Vocês não se bicam muito, né?
Eu: Tivemos algumas desavenças, ela não é confiável.
Any: Tive a impressão que você ficou irritada quando me viu perto dela.
Eu: Como disse, ela não é confiável. Já aprontou comigo algumas vezes, tentou tirar minha vaga do time titular.
Any: Nossa, que horrível!
Eu: Enfim, só tome cuidado com ela. Amanhã, quando você estiver lá no jogo..
Any: Espera aí, está me convidando para ir ao jogo amanhã ? - Any me interrompeu e eu apenas assenti em confirmação com a cabeça
Any: Então, se não for pedir muito, queria uma camisa sua autografada.

Sorri e parei o carro no acostamento, Any me encarou sem entender nada, estendi o braço e peguei a camisa que estava no banco de trás e joguei no colo dela.

Ainda no vestiário já sabia que iria convidar Any para assistir o jogo e é óbvio que eu iria querer vê-la com a minha camisa. Então peguei uma camisa limpa, uma caneta e fiz uma dedicatória.

" Com carinho para a Pimentinha.
Ass: De Almeida"

Any: Ah, não acredito! - Any levantou a camisa rindo feito uma criança.
Eu: Gostou ?
Any: Tá brincando, é linda! Tem seu nome e seu número atrás.. Espera, você fez até uma dedicatória?
Eu: Claro, né!

Any leu minha dedicatória na camisa com um sorriso de orelha a orelha. Não tinha percebido que seu sorriso era tão lindo.

Any: Elisa, até hoje eu não sei porque você me chama de pimentinha. Pode me explicar, por favor.
Eu: Um dia você vai saber. - Respondi entre risos enquanto ligava o carro e dava partida.

Chegamos em casa e eu subi direto para o quarto, precisava de um banho, pouco antes de entrar no chuveiro, peguei meu celular e entrei no Instagram, vi que Any tinha postado alguns stories e cliquei para ver.

Obviamente ela fez um álbum de fotos dela, depois postou algumas fotos do campo ainda vazio e em seguida postou mais alguns stories onde eu aparecia e colocou inclusive uma legenda: " Meu estresse diário ❤️" , Any filmou inclusive o meu gol e pelo o que parece ela comemorou como se fosse gol de um título, dava para ouvir aqueles gritos a quilômetros de distância e pela gravação trêmula, certamente ela pulou também.
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Após sair do banho, coloquei uma roupa fresca e resolvi ir até a cozinha buscar alguma coisa para comer, ao passar pela sala, vejo Any jogada no sofá assistindo filme com um pote de sorvete nas mãos.
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ANY NARRANDO

Estava em um completo tédio, após papear um pouco com Sarah no celular, liguei a tv em busca de um filme para assistir.

Por sorte estava passando o filme " O diabo veste Prada" eu amo esse filme, fui até a cozinha e peguei um pote de sorvete de chocolate e me joguei no sofá, distraída não percebi quando Elisa se aproximou.

Elisa: Está assistindo o que, pimentinha?
Eu: Ah, um filme bem legal, O diabo veste Prada, conhece?
Elisa: Não, mas posso assistir com você?
Eu: Claro que pode. Senta aí.
Elisa: Tá, só vou pegar uma colher na cozinha porque tô doida pra filar esse sorvete aí.

Elisa voltou em segundos e se sentou ao meu lado. Coloquei o pote de sorvete entre a gente. Elisa exalava seu perfume amadeirado, era evidente que tinha acabado de sair do banho, seu cabelo ainda estava úmido e levemente bagunçado.

De relance olhei para Elisa que mantinha os olhos fixos no filme, enquanto segurava a colher com sorvete na altura da boca, sua língua passeada devagar pelo metal da colher lambendo o sorvete que estava ali. Por Deus, como alguém consegue ficar tão sexy lambendo uma colher?

Tentei voltar a me concentrar no filme e afastar qualquer pensamento promíscuo que estava tendo, mas toda vez que Elisa mergulhada a colher no sorvete e levava até sua boca, involuntariamente eu estava lá hipnotizada olhando como ela passeava com sua língua na colher e depois contornava limpando seus lábios.

Elisa: Essa coroa aí também é um saco, né? - Elisa parou de falar assim me percebeu que eu estava encarando-a
Eu: Hum.. só estava tentando ver se você tem a orelha furada. - Foi o que consegui inventar na hora e a julgar o sorriso malicioso que ela deu, obviamente percebeu que eu estava mentindo.

Voltei a me concentrar no filme e estava disposta a ser mais forte dessa vez em não olhar.

Uma hora mais ou menos de filme e Elisa já estava no décimo sono com a cabeça no meu ombro.

Eu: Ei, Elisa. Vai dormir na cama. - Sussurrei
Elisa: Aí, aqui tá tão bom. - Resmungou. - Posso deitar no seu colo, pimentinha? - Perguntou manhosa.
Eu: Si sim.. - Gaguejei.

Elisa deitou com a cabeça na minha perna como quem estivesse em uma cama. Acariciei seu cabelo e percebi o quanto é sedoso, ainda estava úmido e muito cheiroso.

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Meninas, perdão pelo capítulo gigante KK 💖

PROIBIDA PARA MIM! - Elisa de AlmeidaOnde histórias criam vida. Descubra agora