NATASHADe todas as coisas que eu esperava ouvir sair da boca da minha ex, sequer imaginaria que iria ouvi-la dizer que passou por coisas terríveis desde o dia em foi embora. Por mais que ela tenha aprontado comigo e nossos filhos, nenhum filho deve ser separado da mãe de forma tão cruel como aconteceu com ela e sua bebê.
Cássia começou a ter crises de pânico durante o meu interrogatório. Porém, quando comecei a pedir nomes, ela começou a surtar dizendo repetidas vezes que não poderia falar, ou eles a matariam.
Tentei ser compreensível. Mas eu não conseguia pensar em nada além do meu filho. Ele está na situação que está agora por causa dela. Se ela nunca tivesse o abandonado, ou mesmo voltado para nossas vidas, seria mais fácil de lidar com os sentimentos e emoções dele.
O que me deixa mais puta é que fica mais difícil de iniciar essa investigação se ela não der o nome da pessoa que quase a matou.
Porém, eu sei ser bem fria quando preciso investigar. E mesmo ela sendo minha ex e mãe dos meus filhos, eu não me importei nenhum pouco em usar toda minha frieza e arrogância.
Ela me conhece bem e sabe que sei ser cruel com as palavras quando se trata de investigar crimes como esses.
E foi assim que consegui o primeiro nome. Do qual não foi nenhuma surpresa para mim. Desconfiei de que tinha sido ele no mesmo segundo que a vi sangrando no meu sofá.
Ela resistiu em não dizer outros nomes. Mas disse que ele não estava sozinho, e mexia com coisas pesadas. Mas eu teria que descobrir o restante sozinha.
Bem, conseguir o primeiro nome, já é meio caminho andado. Então mesmo que ela não conte tudo o que sabe, através disso já consigo iniciar toda a operação.
No entanto, mesmo que eu não a conheça mais. Notei que Cássia ainda escondia algo muito sério. Mas preferi deixar assim por enquanto e focar no nome que ela me deu e eu já desconfiava.
Quando deixei o hospital, minha intuição começou a soprar em meu ouvido. Ela voltou por algum motivo, não apenas por quase ser morta. Ela não iria direto para minha casa depois de ser esfaqueada diversas vezes e levar um surra, por nada. Ela poderia ter ido a qualquer lugar. Procurado qualquer pessoa ou até mesmo ido direto para um hospital.
Não faz o menor sentido ela ter voltado se não quisesse me dar algum recado. Talvez ela queira minha ajuda para achar sua filha, e não sabe como me pedir isso depois de tudo o que me fez no passado não tão distante.
Tentei acalmar esses tipos de pensamentos quando voltei para o departamento. Minha irmã disse que Levi saiu para dar uma volta com Wanda, pois estava tendo uma crise de ansiedade.
Ver meus filhos sofrendo dessa forma por qualquer motivo, me quebra mais que qualquer coisa nesse mundo. Dentro do departamento, desde o meu primeiro dia, fui treinada para lidar com todo tipo de situação. E quando faço isso, tenho que deixar qualquer sentimento e emoção de lado.
Isso é o que nós, policiais temos que fazer. E eu sendo chefe, principalmente.
Mas, meu lado mãe, nunca saberia deixar de lado essas coisas se tratando do bem estar e segurança dos meus filhos. Por isso, hoje, dentro daquele quarto de hospital, eu agi com mais emoção do que com a razão, e por pouquíssimo, não perco completamente a cabeça.
Passava das seis quando Wanda deixou meu filho em casa. Pouco antes deles chegarem, ela respondeu minhas várias mensagens que mandei desde que soube que tinha saído com ele para algum lugar.
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IRRESISTÍVEL (WANTASHA- G!P)
AcakNatasha Romanoff é uma mulher de 35 anos. Mãe solteira de duas crianças, e chefe de um departamento de investigação. A pouco mais de dois anos, ela enfrenta uma rotina cansativa entre o trabalho, casa e atenção aos filhos. Uma mulher atraente...