Eu agradeci que ele não ligou a luz e só veio até mim com o celular para que eu olhasse o design da roupa. A imagem no celular mostrava algo bem simples e um tanto peculiar.
Eu não consegui pensar em nada para dizer, a única coisa que vinha pela minha mente era o fato de que o Jão estava sujo com o meu esperma, ele estava bem do meu lado explicando os detalhes da roupa que eu ia usar.
— ...E então vai ter uma maquiagem para completar a roupa. — ele finalizou, foi basicamente a única coisa que eu consegui digerir das informações.
— Hm, parece legal — e foi a única coisa que eu disse, eu sei que como um profissional deveria dizer algo melhor, mas não tinha como pensar. O Jão era gigante ali perto, não que eu seja um anão de jardim, mas ele parecia aqueles irmãos mais velhos que cresceu demais nas férias da escola. — Você está bem, depois da queda que deu?
Na escuridão do quarto pude perceber que ele ficou um pouco envergonhado, talvez toda a faladeira em relação a roupa era uma forma que ele usou para mostrar que a queda dele foi algo normal, só que no fundo ele parecia horrível por ter caído. Eu entendo Jão, não é comum cair na frente de um cara como eu, ainda mais quando o motivo da sua queda foi o meu esperma.
— Ah é...eu não me machuquei. — ele disse meio tímido, cara eu realmente queria dar um abraço no Jão — Mas acho que cai em alguma água ou sei lá...você entrou molhado da piscina aqui?
Se eu dissesse que sim estaria mentindo, eu me troquei no lado de fora na hora quando ele entrou.
— Não — eu disse.
— Acho que deve ser o ar-condicionado, ele vem ficando bem quebrado esses dias, se ele parar de funcionar pode me avisar ou mandar mensagem — ele disse.
Eu pedi com todas as forças que Jão não cheirasse a própria mão, se ele sentisse o inconfundível cheiro de água sanitária que era o cheiro do meu esperma ele entenderia que aquilo não se tratava de água de piscina ou do ar-condicionado.
— Bom,vou para o meu quarto, a gente se ver a manhã — ele disse indo para a porta.
— Beleza — respondo.
Ele fecha a porta e eu sou banhado pela escuridão e com uma inconfundível vontade de rir.
♡♡♡
No dia seguinte, eu acordei por volta das sete horas. Já havia café feito que o Jão havia preparado.
— Você não tem alguma ajudante ou coisa do tipo? — eu perguntei iniciando a conversa do dia.
— Ah não, acho que gosto de preparar as minhas próprias comidas, as vezes até posso contratar uma ou duas pessoas para me ajuda enquanto estou compondo música, pois agiliza um pouco as coisas para mim — ele explica enquanto tirava pratos limpos para o café.
Assim que cheguei na cozinha senti um cheiro de ovo frito, havia salsichas em um prato, e pães e bolo.
— Estou fritando ovos para a gente, depois do café a gente pode aguardar um pouco e então vamos as nove horas, pode ser?
— Pode sim.
Eu olhei rápido para o Jão, ele usava uma calça amarela de flanela, e uma camisa de manga cumprida, seus cabelos lisos e enganadores estavam todos bagunçados por causa do sono que ele teve, nossa como eu queria ser o motivo da bagunça nesse cabelo. Ele tinha uma ousada barbinha que deixava ele com um certo charme, apesar de em toda a região do seu rosto já estivesse começando a ter pequenos vestígios de cabelo.
Jão despejou os ovos fritos e em seguida sentou na mesa.
— Quer suco ou café, ou leite, ou achocolatado? — ele me ofereceu as opções de bebida.
—Haã...pode ser suco, por favor.
Ele vai até a geladeira de suas portas aladas e pega uma jarra com um soco de cor amarelo.
— Maracujá?
— Pode ser.
Ele despeja em um copo para mim e pós sobre a mesa, eu agradeci e bebi um pouco.
O café foi bem tranquilo e estranho, Jão não era o meu amigo de anos luz atrás, mas a gente tinha um certo coleguismo. Enquanto ele comia seu pão com ovos e salsichas e me observava com sua boca e um sorriso de garoto maroto e eu me perguntava como seria estar com ele na cama.
Eu tinha uma leve sensação que no fundo quase todo hetero já teve um crush em um garoto gay ou bissexual ou ate mesmo hetero. E talvez para eles isso não signifique nada pois assim não seriam considerados heteros, ou seriam? Sei lá, a questão é que o Jão me parece ser um cara que eu pegaria no sigilo. Já peguei várias mulheres e nem por isso ando me gabando nas redes sócias, todas as notícias são passadas pelos sites de fofoca porque de alguma forma isso não me afeta em nada.
— Guilherme? — Jão me chama.
— Hmm... — Eu respondo voltando ao mundo real.
— Perguntei o que você quer fazer quando voltarmos?
Eu definitivamente não sei porque disse isso, as vezes acho que deveria por uma fita crepe na minha boca toda vez que fosse falar algo que fugisse do normal ou da minha área de atuação masculina. Talvez isso faça parte de mim, eu não sei, costumo ser sempre assim um cara que faz, fala e agi e não se importa muito com o impacto que isso pode causar ao meu redor. Mesmo assim eu não deveria ter falado...
— A gente pode ficar pelado na sua casa e ver quem tem o pau grande.
Jão quase se engasgou com o seu pão com salsichas e ovos, e entre engasgos ele deu uma risada e bebeu um pouco do seu suco para poder descer tudo que já havia mastigado antes do susto. Eu fiquei observando ele rindo.
— Sem falar que você precisa treinar para me lamber. — ele aparentemente pegou o gancho do meu assunto e pós algo em cima para render conversa. Era típico de caras que curtia falar uma boa e saudável putaria, e se permitisse você podia estar até apertado o pau dele ou chupando, caso ficasse entre vocês.
— Como basicamente vai acontecer essas lambidas? — perguntei jogando o meu braço para tras na cadeira com um certo estilo e confortabilidade, depois de praticamente engolir o meu cafe da manhã. — Acho que deve ter um tipo específico de lugar para lamber alguém.
Jão me observou. Ele estava vermelho, talvez fosse porque acabou de se livrar de um engasgo ou por causa do nosso assunto pervertido na hora do café.
— Ah, existe várias formas de se chupar alguém — ele disse. — tipo, chupar um dedo, ou a boca, a barriga...o que você acha que pode nos dar mais dinhero?
— Espera, espera — eu interrmpi ele — não estávamos falando de lamber, por que de repente virou chupar?
Jão riu.
— Lamber ou chupar, as duas palavras não seriam formas simples de ajudar a gozar no final? — Jão argumentou me observando com os olhinhos levemente penetrantes.
Eu sustentei o olhar dele. Cara, se ele quiser, eu também quero. Mas eu não respondi o argumento dele, não agora.
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outras Formas de goz@r (Não Revisado)
Fiksi PenggemarJão vai fazer um vídeo clipe e convidou uma pessoa específica para esse momento. A única coisa que ele não sabe é que vai acabar descobrindo que pode fazer coisas absurdas acontecerem com essa pessoa.