falena...

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Acordei com uma dor de barriga intensa, não era de ir no banheiro não, era cólica, eu pulo da cama e olho para os lençóis, não estavam manchados, vou até o armário e pego um absorvente. EU JÁ ESTAVA ESTRESSADA. Vou até o banheiro e coloco o absorvente, quando saio vejo Rigel.

- Saiu correndo do quarto por que? - ele pergunta.

- Nada que te interessa Rigel - respondo grossa. A culpa não era minha, minha mudança de humor nos primeiros dias era horrível.

- Hm, sei, você não é assim, você está muito estressadinha - Ele diz se aproximando de mim.

- Rigel sai!! Não estou pra papo - Minha cólica volta, só queria voltar para o quarto e me esconder em meio as cobertas.

Eu tento sair de perto dele mas ele me puxa pelo braço, e me encara com aqueles olhos pretos como a noite. Ele me analisa.

- Fala! - ordena - O que você tem?

- Tô menstruada, tá feliz agora que sabe? Posso ir? - respondo.

- Não, não pode, está com cólica? - questiona.

- Estou e quero ficar sozinha no meu quarto.

- Que pena Mariposa, mas nem tudo que você quer você terá. Vai pro seu quarto, vou avisar Anna.

- Não vai não, sei me virar sozinha Rigel, não preciso de uma babá! - Respondo.

- Mas precisa de mim quando quer. - ele responde passando a mão no meu cabelo.

- Ta, tá, faça o que você quiser. - respondo saindo de perto e batendo a porta do quarto.

Eu entro no quarto irritada.

- Que droga, não sou uma criança. - digo me virando pro espelho - eu odeio, odeio, odeio, menstruar, me sinto gorda.

Se tinha uma coisa que eu odiava era odiar o meu corpo, o que normalmente acontecia quando eu estava menstruada, eu tinha um ódio profundo.

Eu sentei no chão e comecei a chorar de raiva, dor, cansaço.

- Mas que droga! - eu digo para mim mesma.

Alguém abre a porta, era Anna e Rigel, ela me olha com uma cara de preocupada.

- O que houve Nica? - Ela se aproxima.

- Nada... - respondo repudiando minha vontade de chorar.

- Você está chorando! Não tem como "não ser nada" - ela diz.

- Posso ficar sozinha, por favor - eu respondo colocando minha cabeça nos joelhos.

- Rigel fica aqui com ela por favor! - Ouço Anna dizendo a Rigel.

Anna sai pela porta e ouço Rigel sentar ao meu lado.

- Mariposa?

- Hm? - respondo levantando a cabeça.

- O que foi, o que você tem? - ele pergunta.

- Eu tô cansada - respondo voltando a chorar - tô me sentindo horrível, gorda, tô com cólica.

- Gorda? Nica? Você tem o corpo mais magnifico que eu já vi, foi esculpido por Deuses. - ele diz - Olha pra mim - Ele coloca a mão no meu queixo me fazendo virar para ele. - Vem aqui. - ele me aponta mandando sentar em meio as suas pernas.

Eu vou até lá, e ele me abraça, eu seguro a sua camisa com força, e choro mais.

- Por favor fica aqui. - respondo entre soluços de lágrimas.

- Eu jamais abandonaria você! - Rigel responde me fazendo olhar para ele.

- Obrigada! - Dou um selinho na bochecha dele.

Ele apenas sorri e me abraça. Ficamos assim por um bom tempo até que eu começo a ficar sonolenta. Eu me levando e ele se levanta também. Vou até a cama e me deito.

- Espera aí, eu já venho. ‐ Rigel diz e sai do quarto.

Eu fecho os olhos, e começo a querer dormir.

Rigel volta e eu ainda estava de olhos fechados.

- Você já dormiu Mariposa? Nem conseguiu espera eu voltar? Fui avisar Anna que eu me deitaria ao seu lado, e se não haveriam problemas. - Ouço ele dizer - Você fica mais bonita ainda dormindo, quando que eu vou te dizer que Eu te amo desde o primeiro dia no Grave?

Eu não respondo, continuo de olhos fechados mas uma felicidade me incendiava.

- Você poderia falar agora... - respondo abrindo os olhos.

Rigel arregala os olhos e suas bochechas ficam coradas.

- Você não estava dormindo né? - Ele fala e eu nego com a cabeça. - Bem, Mariposa, se é isso, eu..eu...eu... eu amo você.

Eu sorrio e o beijo, ele corresponde, o beijo era molhado, tenebroso, apaixonante. Rigel envolve um braço pela minha cintura me puxando para ele. Eu paro e o olho.

- Não que você não saiba, mas...eu amo você.

- 🤍 -

imagines - Rigel WildeOnde histórias criam vida. Descubra agora