Impefect way of loving

capítulo 17 (penúltimo capítulo)

Já estamos acabando nenéns, pra minha beta é uma vitória, ela não aguenta mais essa fanfic e já me ameaçou de todas as formas diferentes sobre largar 🤣 Mas estamos na luta! Não esqueçam de deixar seu voto e comentário, ok?

Gatilhos: daddy issues, já sabem né?

Começou a chorar baixinho, estava se sentindo incapaz. Fez de tudo para ele amar a filha e, no final de todas as tentativas, Jungkook continuava sendo um poço de frieza. Havia desistido de vez de tentar estimular o lado paternal dele, definitivamente ele não se interessava pela filha.

O moreno notou que Jimin começou a fungar e que só podia estar chorando. Por dentro, ele imaginava como seria quando a filha estivesse dormindo naquele berço macio, com a colcha lilás repleta de borboletas bordadas. Porém, seus pensamentos foram interrompidos com o choro de Jimin, que por mais que o acinzentado tentasse reprimir, ainda podia ser ouvido.

– Jimin, por que está chorando? – ele perguntou, se agachando na frente dele.

– Por que você não quer nossa filha? – perguntou ainda de cabeça baixa e com os olhos fechados, a voz saía falhada entre uma lágrima e outra – Você não gosta de mim o suficiente para amar o que vai nascer do que existe entre nós?

– Não, não é nada disso. – suspirou – O que existe entre nós é mais do que especial. – fechou os olhos – São outros motivos que me levaram a decidir não ser pai.

– Quais são esses motivos, Jungkook? – ele perguntou já em certo desespero, levantando a cabeça e secando as lágrimas.

– Meu pai. – confessou, olhando-o de maneira diferente, os olhos estavam mais escuros e ele sabia que aquele assunto era delicado para ele.

– O que houve? Você nunca me falou sobre ele. – colocou uma das mãos nos cabelos de Jungkook e começou a puxá-lo, mania quando está nervoso.

– Meu pai era alcoólatra, e também viciado no trabalho, Jimin. – desabafou – Eu cresci sem saber o que era ter um pai, assim como os meus amigos de escola. Vivi com a imagem de que ele era um homem desprezível que abandonou minha mãe quando ela estava grávida. Nunca quis ter filhos por ter medo de ser um péssimo pai, por meu filho não ter orgulho de mim. Não sei lidar com crianças, não tenho afinidade nenhuma, e nunca havia passado por minha cabeça sobre ter filhos. Eu sou um idiota mesquinho, mas essa foi a única maneira que encontrei de lidar com isso. – Gesticulou para a barriga de Jimin, soltando um suspiro cansado e resignado. – Eu sei que sou um babaca, mas... Foi um susto saber disso, eu não sei explicar.

– Jungkook, por que sempre me escondeu isso? – Meneou a cabeça – Eu poderia lhe ajudar.

– Era um assunto que eu queria esquecer.

– Mas, se você pensava tudo isso do seu pai, deveria querer ser um ótimo pai para seu filho.

– Tenho medo de fracassar, não sei o que fazer, não sei ser pai, e não sei se quero ser um.

– Ninguém nasce sabendo, Jungkook. Eu não sei ser pai, mas eu amo essa menina aqui dentro de mim, esse bebê que concebemos juntos e darei tudo de mim para cuidar dela. – alisou a própria barriga – Seja um homem diferente do seu pai e, se você errar em alguma coisa, vá e faça de novo, conserte. Ninguém nasceu sabendo ser pai, mas vai se aprendendo com os erros. – estendeu a mão para que ele pudesse pegar – Quero que sinta uma coisa.

Ele hesitou um pouco até levantar a mão e deixar que Jimin a segurasse. Direcionou-a até seu ventre e sentiu a barriga bastante arredondada. Nenhum dos dois disse nada, Jungkook apenas mantinha os olhos castanhos fixos em sua mão, mas arregalou-os ao sentir um toque diferente na palma. Levantou os olhos um pouco confusos e o acinzentado sorriu. Era a primeira vez que ele sentia a filha chutar.