【Capítulo 17】

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A brisa passou belo corredor onde Lúcifer, visivelmente exausto pelas demandas contínuas de seu reino infernal, encontrava-se em meio a um turbilhão de desafios.

A agenda do dia incluía uma reunião crucial com os pecados capitais, uma tentativa de retificar o fracasso de um encontro anterior que não havia gerado os resultados esperados.

Enquanto isso, seu celular vibrava incessantemente, inundado de mensagens preocupadas de sua filha sobre Alastor, adicionando mais uma camada de estresse pessoal ao seu já sobrecarregado estado mental.

Com um pesado suspiro, Lúcifer se dirigiu à sala de reuniões, a tensão dos seus ombros refletindo o peso de suas responsabilidades.

Ao abrir a porta, o ambiente já caótico o recebeu com mais um episódio de discordância entre os príncipes dos pecados capitais. Satan, em um momento de ira mal dirigida, lançara uma caneta na direção de Beelzebub, um ato impetuoso que apenas exacerbava o clima de tensão.

Ao entrar, Lúcifer foi imediatamente confrontado com a caneta voando em sua direção, desviando-se por pouco do objeto que cortou o ar com uma velocidade surpreendente. Seu olhar varreu a sala, encontrando rostos que variavam entre o desinteresse e o entretenimento leve com a cena recém-desenrolada.

"Será que não podemos ter uma única reunião sem que descendamos ao caos?" Lúcifer questionou, sua voz carregada de frustração e autoridade, enquanto se aproximava da cabeceira da mesa. Os olhos dos presentes se fixaram nele, algumas expressões amolecendo sob o peso de seu olhar cansado. Ele sabia que precisava reafirmar o controle e direcionar o foco de volta aos assuntos críticos em mãos.

Lúcifer sentou-se, organizando seus pensamentos e documentos com precisão meticulosa, preparando-se para enfrentar o longo dia de negociações e decisões.

Com um gesto de mãos suaves, ele pediu calma e começou a reunião, decidido a encontrar soluções construtivas para os inúmeros problemas que ameaçavam o equilíbrio de seu domínio infernal. A tarefa era árdua, mas necessário para manter a ordem e a eficiência entre as entidades mais poderosas do submundo.

Com a atmosfera já pesada pela tensão inicial, Lúcifer deu início à reunião, buscando retomar o controle sobre os aspectos mais críticos de seu governo infernal. "Como está a distribuição das almas dos pecadores? Estão fluindo corretamente sem minha supervisão direta durante estes últimos sete anos?" A sua voz, firme e autoritária, reverberou pelo salão, esperando respostas claras e objetivas.

O silêncio que se seguiu foi constrangedor. Beelzebub trocou um olhar hesitante com os demais, claramente despreparada para a pergunta. Catphedor¹, desinteressado, bocejou audível e voltou a adormecer, sua indiferença palpável. Asmodeus, desconfortável, coçou a nuca, e o restante dos presentes murmurava, incapaz de formular uma resposta coerente.

Visivelmente frustrado, Lúcifer exalou um suspiro profundo. "Vocês...", começou ele, a decepção tingindo cada palavra, "não prepararam um relatório detalhado sobre as almas pecadoras que chegaram aos seus respectivos anéis? Sério?!" A indignação em sua voz era um reflexo claro de sua exasperação com a falta de compromisso e responsabilidade.

Satan, sempre desafiador, respondeu com um bufar. "Não tenho culpa, vivo muito ocupado com outras coisas!" Sua defesa soou fraca e evasiva, exacerbando ainda mais a irritação de Lúcifer.

Beelzebub tentou aliviar a tensão com um riso envergonhado. "Eu me envolvi demais com as baladas, achei que não era de tanta importância. Sério, Sr. Morningstar, não pode pedir algo assim como se não nos conhecesse." Ainda enquanto falava, seu celular vibrou com uma notificação urgente. "Porra...", exclamou ele, levantando-se apressadamente. "Houve um problema no meu Anel! Preciso ir!" E com essas palavras, ele desapareceu pela porta, deixando um rastro de urgência atrás de si.

Cumplicidade 【Appleradio】Onde histórias criam vida. Descubra agora