Zumbis no celeiro

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O grupo está há três dias acampado na fazenda Greene. Shane e Rick perceberam que já estava na hora do grupo aprender a atirar, então levariam um grupo para um local mais afastado para praticarem tiro ao alvo. Maria não iria participar, já sabia atirar muito bem com a pistola e espingarda, então o dia seria para lavar roupa e ajudar na fazenda.

— Maria vai participar ? Não dá pra gente tomar conta de você o tempo todo.

—Shane- Rick repreendeu a fala de Shane.

— Maria, quer pêssego ?- Glenn ofereceu pêssegos da cesta que carregava. Ele estava tão nos seus próprios pensamentos que não escutou a conversa.

— Obrigada, Glenn. ‐ pegou um pêssego da cesta — Não preciso, já sei atirar, mas obrigada por perguntar.– Ela falou com um sorriso angelical mais falso que ela fez em toda sua vida.

— Maria.- Patrícia a chamou.

— Com licença. Tenham um bom treino.- ela sorriu e foi ao encontro de Patrícia — Filho da puta, arrombado do caralho.

— O que disse ?

— Nada, só pensei alto.- Por sorte, Maria falou em português.

— ah, Hershel disse que seria bom verificar os pontos do seu amigo Daryl. Só que eu e a Beth, vamos para o treino de tiro ao alvo. Você poderia ver se está tudo certo com os pontos dele?

— Posso, claro.

—Obrigada- Patrícia entrega, os materiais para fazer o ponto, caso precisasse.

Maria chegou perto da barraca de Daryl e ele se distraia furando a barraca com a flecha — Daryl, Hershel pediu pra verificar se os pontos não se soltaram.

— Entra aí.- ele levanta a camisa e fica de lado para ela ver — Você não era psicóloga?

— Sim, mas já me interessei em enfermagem. Minha mãe é enfermeira ou era.- Ela ver que a parte de trás do furo da flecha estava saindo um pouco de sangue.

— Oi.- Andrea apareceu, entrou na barraca e entregou um livro a ele — esse não é muito bom, mas..

Daryl abriu o livro e folheou — Sem figuras? - Maria riu da pergunta.

— Eu sinto muito, eu me sinto péssima.

—Então somos dois.

— Eu não espero que você me perdoe, mas se tiver alguma coisa que eu possa fazer..

— Você queria proteger o grupo. Tudo bem.- Andrea sorriu e saiu da cabana — Mas aí, se atirar em mim de novo, reza pra eu tá morto. - depois que Andrea foi ele olhou para Maria, como se perguntasse o que ela ainda fazia ali.

— Eu ainda preciso limpar a sua ferida.

— Tá.

Maria limpa toda área que tinha sangue — Você tem que descansar, não pode sair pra procurar Sophia. Eu posso ir no seu lugar hoje.

— Aí, serão duas pessoas para encontrar.

— Eu sei me virar sozinha, diferente de você.- ela apontou para a ferida dele.

— Isso foi culpa do cavalo.

— Eu sei andar a cavalo e sei lidar com os zumbis.

— Isso não garante que você vai sobreviver.- aquela frase fez o ódio dela subir.

— Claro que não, mas me dá vantagem nesse mundo de quem sobrevive é quem se adapta. Cuzão.

Aquilo foi o que faltava para Maria desistir de se aproximar de Daryl. Ela pegou as coisas e saiu da barraca dele. Ele gritou o nome dela, mas ela não olhou para trás e seguiu para dentro da casa. Muito da raiva era por ela mesma se achar fraca, mas não queria ser mais, por isso, estava tentando esconder das pessoas e dela mesma. E ouvir Daryl falar aquilo só confirmou que ela não enganava ninguém que não é fraca e que estava só.

𝐘𝐎𝐔 𝐃𝐎 𝐌𝐄 𝐆𝐎𝐎𝐃 | 𝒟𝒶𝓇𝓎𝓁 𝒟𝒾𝓍ℴ𝓃Onde histórias criam vida. Descubra agora