Julho 2012
Na manhã seguinte, Maria acordou e Daryl não estava ao seu lado na cama. Aquele momento no quarto sem provas de que Daryl esteve lá com ela, surgiu o medo de perceber que talvez ele nunca esteve ali. Assustada, pulou da cama e abriu a porta do quarto, mas logo sentiu o cheiro de ovos sendo fritos, respirou aliviada. Ela tomou banho e após o banho procurou uma roupa do closet, uma das poucas peças que Daryl não jogou no chão na noite anterior, um vestido. Um vestido curto branco, que a lembrava primavera devido às flores bordadas, vestiu um short por baixo, calçou as botas pretas e vestiu a jaqueta vermelha. Pôs o cinto coldre com a sua arma na cintura e o coldre de coxa com a faca por debaixo do vestido, no lugar que ninguém conseguia ver.
...
— Bom dia. - Maria falou descendo as escadas.
— Bom dia. Fiz o café e os ovos.- Daryl estava no balcão escrevendo algo.
— Obrigada.- ela vai até a cafeteira e enche a xícara. — O que tá fazendo?
— A lista do que precisa pra manter esse lugar seguro. - ele olha para Maria e percebe a roupa que usa. — Vestido?
— Eu vou sair, procurar por Carl e se eu encontrar alguém, o vestido passa uma imagem de que não faço mal a uma mosca. - colocou duas colheres de açúcar no café.
— E por que quer passar essa imagem?
— Porque homens baixam a guarda e mulheres costumam ter pena e baixam a guarda. Quando vestir nem pensei nessa vantagem, só achei bonito, mas pensando agora é um bom disfarce.- ela dá um gole no café.
— Você não precisa dele, eu vou com você.
— Eu sei me cuidar, Daryl. Passei cinco dias só, e me sair muito bem, isso me ajudou a perceber que não sou fraca.- ela dá uma garfada no ovo mexido no prato.
— Você nunca foi fraca, e mesmo assim eu vou com você.
De repente um som assustador soou vindo do lado de fora, o portão da entrada foi derrubado à força por um caminhão. Maria se abaixou assustada e Daryl abaixo em cima dela a protegendo, ele olha para o portão e vê o caminhão e três homens entrando pelo buraco que foi feito.
— Daryl, o armário embaixo da escada.
— Vai.
Maria sai ainda abaixada e vai até a mesa de centro da sala e pega a metralhadora e segue até o armário e espera Daryl pegar a besta, para então entrarem e fecharem a porta. Ficaram em silêncio, mas prontos para atirar em quem abrisse a porta. Só escutava as conversas dos homens falando sobre a BMW na garagem, como a casa era grande e dava para passar alguns dias ali.
— DEAN! TOM! avisa ao Max que achamos um lugar !
Ao escutar aqueles nomes, Maria sentiu o seu peito apertar. Eram os mesmos nomes do grupo que invadiu a fazenda de Gael, que tinha matado o seu avô, Joana, e era culpa deles Beatriz ter sido mordida naquela noite. Mas não podia ser eles, estavam muito longe da fazenda.
— Esse é o lugar mais seguro desde a fazenda Watson.
Eram eles, o mesmo grupo. Daryl falava baixo sobre irem embora, aproveitando que ele escutou eles subirem a escada,só que Maria não o escutava.
— Maria, Maria.- Ela finalmente voltou ao seu eixo e prestou atenção no que Daryl falava. — Está bem ? Escutou o que falei ? Vamos agora, eles subiram.
— Não vamos fugir. Você vai ficar aí e eu vou matar eles. - ela ia colocar a mão na maçaneta, mas Daryl a segurou.
— Por que ? Podemos fugir sem que nos vejam.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐘𝐎𝐔 𝐃𝐎 𝐌𝐄 𝐆𝐎𝐎𝐃 | 𝒟𝒶𝓇𝓎𝓁 𝒟𝒾𝓍ℴ𝓃
Romance𝕾𝖔𝖟𝖎𝖓𝖍𝖆 𝖊 𝖊𝖘𝖙𝖗𝖆𝖓𝖌𝖊𝖎𝖗𝖆 em um país, tentando sobreviver ao apocalipse zumbi. ℳ𝒶𝓇𝒾𝒶 𝒲𝒶𝓉𝓈ℴ𝓃, psicóloga de 28 anos, está presa em outro país e sem confiar em si mesma para se manter viva nesse novo mundo, mas com vontade de es...