Capítulo 27

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ALFONSO

—Você tem passado muito tempo com a Anahí — meu irmão diz, entregando-me uma xícara de café. Faz uma semana desde a viagem para Newport e, todas as noites, desde que voltamos, demos um jeito de nos vermos. Quando as crianças estão com ela, vemos filmes, vamos ao parque e, de vez em quando, jantamos com Vincent, Cath e os filhos deles. Nas ocasiões em que as crianças estão com o pai, geralmente, acabamos ficando no quarto dela por horas, bloqueando todo o resto do mundo e nos perdendo um no outro.

Meu lugar favorito no mundo é dentro da Anahí.

Semana passada, durante a viagem, ela me chocou pra caralho quando, depois que saímos da banheira quente, ela pegou e exibiu todos os seus brinquedos e lubrificantes que tinha levado, e após uma conversa super picantes com palavras obscenas entre nós, acabou com ela suplicando para que eu usasse nela, inclusive em sua bunda perfeita ―não que ela precisasse suplicar por algo, principalmente por esse tipo de coisa.

Minha mente impiedosamente se lembra de como ela se esparramou na cama, com aquela bunda maravilhosa empinada para cima. Como ela apertou meu pau ao tomar cada centímetro dele ao passo que seu corpo o engolia. A expressão de prazer em seu rosto quando virei sua cabeça, olhando-a nos olhos, enquanto ela gozava...

—Por que raios você está gemendo? —Brian pergunta, me arrancando dos meus pensamentos pervertidos. Quando olho ao redor, balanço a cabeça, pois tenho que recuperar o controle. A última coisa de que preciso é de uma ereção enquanto estou sentado com meu irmão, sendo que minha sobrinha e minha cunhada estão no cômodo ao lado.

—Deveríamos chamá-los para jantar — Heather sugere, entrando na sala e me poupando de uma explicação. Ela se senta no colo do meu irmão, ainda de pijama, pois Brian a deixou dormir até tarde, e ele enrola os braços ao redor da esposa. Olho para eles com maravilhamento e inveja, desejando que Anahí e eu cheguemos a um ponto no nosso relacionamento em que possa passar todas as noites com ela. Porra, se dependesse apenas de mim, eu me mudaria para a casa dela e nunca mais iria embora.

Esse fim de semana é dela, então, depois que chegamos em casa com as crianças, já que estava tarde, e ela planejava ir à aula de ioga com a Cath, fui direto para o apartamento. Não fizemos nenhum plano definitivo, mas espero que ela me ligue, querendo fazer algo mais tarde. Por não querer me intrometer no tempo dela com os filhos, eu tendo a deixar que a Anahí tome a atitude.

—Tenho certeza de que ela adoraria —concordo. — E sei que a Hailee mencionou querer brincar com a Kaelyn de novo.

Meu celular toca no bolso, eu o pego e vejo que é o Harry. No outro dia, quando estávamos no parque, ele e Brendan quiseram se separar, e o celular de Anahí estava sem bateria, então eu dei meu número a ele, caso precisassem nos encontrar.

—Oi, cara. Tudo certo? — digo, atendendo a ligação.

Oi, humm...Você tá ocupado?

—Não, estou de boa.

Ah, legal...— ele diz, devagar. Percebi que, quando quer perguntar algo e tem medo de que alguém lhe diga não, ele enrola. Como se estivesse reunindo coragem para perguntar e, ao mesmo tempo, se preparando para ser decepcionado. Eu o escutei fazer isso algumas vezes quando pedia ao pai para fazerem algo juntos. Odeio que Harry tenha me colocado na mesma categoria que o Rick, mas eu entendo. Quando se é decepcionado repetidamente pelo homem em quem você deveria confiar, acaba ficando com o pé atrás em relação aos outros homens. Tudo o que posso fazer é provar a ele que não vou decepcioná-lo também. —Humm...Então, a mamãe e a Hailee estão com a Cath, indo pra ioga, ou algo assim...E, humm...Vincent vai levar o Brendan e eu nas gaiolas de rebatidas por um tempo...Eu, hum...Você quer ir também?

Consequences - Adapt AyA [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora