Triste por te ver partir

Um novo piercing e uma confissão inesperada

Os dias se passaram e Suguru estava ainda mais próximo de Toji, especialmente no trabalho. Infelizmente, Satoru não podia fazer nada a respeito, a não ser observar Suguru com outra pessoa. Mas ele não tinha o direito de achar isso ruim, afinal, ele estava namorando.

De qualquer forma, um dia, Suguru estava entediado em casa e decidiu mandar uma mensagem para Toji perguntando se ele não gostaria de acompanhá-lo para um lugar específico.

"É claro, mas para onde você planeja me levar?", o mais velho perguntou na mensagem.

"Eu vou fazer um piercing", Suguru disse, entusiasmado.

Apenas alguns segundos foram necessários para que Toji respondesse, afirmando que iria acompanhá-lo. Dessa forma, Suguru esperou pelo mais velho e, quando se encontraram em frente a porta da casa dele, foram andando até o estúdio. Conversando sobre assuntos aleatórios, Toji estava curioso para saber onde seria o tal piercing que Suguru pretendia fazer.

— Me dá uma dica.

— Eu não posso, senão você vai adivinhar — Suguru respondeu, se divertindo. — Eu quero que seja surpresa.

Finalmente chegaram ao local e Toji estava pensativo.

— Se for no pau...

— Toji, fala baixo — Suguru riu daquela fala. — É lógico que não vai ser aí.

— Que bom, porque deve doer pra caralho.

Logo, Suguru foi atendido e Toji aguardou na recepção. Não demorou para que Suguru já estivesse prestes a ter a sua tão sonhada perfuração, ele nem mesmo sentia medo e por sorte isso não doeu tanto quanto ele imaginava. Ao finalizar, recebeu as recomendações de cuidados necessários e foi se encontrar com Toji.

Ao vê-lo novamente, Toji estava sentado em uma cadeira enquanto vasculhava as mensagens no celular, então ele ergueu o rosto e esperou pela resposta para a sua dúvida. Em seguida, Suguru subiu a blusa e mostrou o piercing prateado no mamilo esquerdo.

— Porra, você ficou ainda mais gostoso — Toji disse com sinceridade, fazendo com que o mais novo sentisse as bochechas esquentarem.

— Obrigado, espero que isso cicatrize bem.

Saindo do estúdio, retornaram para a casa de Suguru. O mais novo ofereceu algo para beber, um pouco de café talvez. Toji aceitou, apenas para passar mais tempo com aquele rapaz.

— Fiquei feliz quando vi a sua mensagem me chamando para sair.

— Não foi um passeio interessante, eu sei. Mas sabia que você seria um ótimo acompanhante.

Toji terminou de beber o café e deixou a xícara na pia. Ele estava encostado na parede da cozinha, enquanto Suguru se encostou no armário.

— Posso ver o seu piercing de novo?

De forma inocente, Suguru voltou a erguer a blusa, mas não percebeu que Toji se aproximou o suficiente para tocá-lo. Ele passou o dedo delicadamente no mamilo sensível, atravessado pela barra de metal. Suguru sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo. Em seguida, Toji arrastou os dedos no outro mamilo, apertando levemente, fazendo com que o mais novo prendesse a respiração por um instante. Assim, Suguru olhou para ele e, quando seus olhares se encontraram, teve os lábios capturados por Toji.

Toji beijava de um jeito bruto, ele se movia como se pretendesse devorá-lo em meio ao contato molhado de suas bocas, com a língua se enroscando com a de Suguru, roubando totalmente o fôlego dele. Suguru se apoiou nos braços desse homem, aquele beijo tinha gosto de café, mas era estranhamente viciante.