Chapter 11 - A Resposta

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POV Megumi Fushiguro:

Se antes era Sukuna que me evitava a todo custo, agora sou eu que fujo dele como o diabo foge da cruz. Essa expressão nunca foi tão literal.

Faz exatos sete dias que ando evitando Sukuna, desde aquele dia em que escutei a conversa dele com aquela garota. Não era por falta de tentativa do meu grande diabinho, ele tentou falar comigo persistentemente, porém não cedi.

O motivo? Simples, primeiro eu tenho um plano, segundo, estou irritado com Sukuna, chorei e fiquei muito triste por causa do afastamento dele, achava que realmente ele tinha ficado chateado. Mas no fim era só um plano diabólico da peste rosa. Ele merecia esse gelo para compensar minhas lágrimas.

Claro, todos estão me perguntando porque eu estou assim, Yuji, Nobara, Satoru... Sério, se o planeta dependesse da curiosidade deles para manter as florestas, nenhum filho da mãe destruidor de árvores iria dar conta, era tirando uma e nascendo cinco no lugar instantaneamente, e claro, tinha Utahime, aquela mulher é maluca.

Estou sozinho no meu quarto, tão sozinho que o silêncio chega a ser irritante. Eu disse que iria estudar, até ameaçei meu pai e o insuportável do Satoru sobre eles entrarem no meu quarto, bom, eu disse, mas não estou conseguindo me concentrar.

Mordi o bocal da caneta, entediado, abri uma gavetinha da escrivaninha e tirei os fones azuis de dentro, conectando no meu celular, fones esse que eu peguei do Sukuna nos nossos últimos e desastrosos ensaios, nem sei se ele percebeu.

Rolei minha playlist, procurando uma música interessante, cliquei em "classic" da MKTO, umas das preferidas do marquinhas místicas mais conhecido como meu vizinho e o cara que se confessou para mim.

— Credo, tô parecendo o Yuji!

Sussurrei e fiz uma careta, cansei de ver o Yuji ouvindo a playlist do Satoru, dando apelidinhos doces e estranhos.... Acabei de perceber que me tornei quem eu mais temia...

O Yuji.

Girei na cadeira e fiquei encarando a janela do quarto, as cortinas azuis claras estavam abertas, e o vidro me dá visão clara da mansão à frente, no segundo andar, em um cômodo específico, as cortinas pretas estavam fechadas. Suspirei, não é que eu esteja gostando de ignorar o Sukuna, é só que eu fiquei mal com o distanciamento dele, no fim eu entendi o porquê, e mesmo que concorde com o fato de que eu não seria um bom mentiroso ao fingir uma briga entre nós dois, ainda doeu um pouco.

E vendo como ele tenta falar comigo, mas não invade o meu espaço, ele tá respeitando o meu tempo. Na verdade, não estou mais com raiva, dele não. Mas eu tenho meu plano, e preciso ficar afastado dele até, ou tudo vai dar totalmente errado, já que ele tem Incrível poder de fazer minha mente dar pane.

*
*

Entrei na sala de teatro, vários dos meus colegas já estavam sentados com suas duplas ou em meio aos seus grupinhos, ou conversando animados ou extremamente nervosos, principalmente os mais tímidos, deve estar sendo difícil para eles.

Vi um ser nada tímido acenando para mim e sorrindo. Fui até Yuji e Nobara, ela parecia enfadada, deve ser pelo motivo que seria ela a se confessar para Yuji.

Olhei para as portas por conta dos sussurros. Sukuna entrou com os amigos, uma expressão cansada, como se ele não soubesse mais o que fazer, mas igualmente bonito. Sorri, isso era tudo por minha causa, saber que alguém fica ansioso assim por minha causa me trás um estranho frio na barriga.

— Não sei porque ainda ignora ele se quando o vê fica com esse sorriso abobado. — Nobara riu e me beliscou. — Menti? — Olhou para Yuji, que rapidamente negou, sorrindo do mesmo jeito insinuante que ela.

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⏰ Última atualização: Aug 22 ⏰

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