Capitulo 4: Eu sei que você me ama!

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"Você ainda vai ser meu, José Ricardo! Ainda vai." Repito para mim mesma, lutando contra as lágrimas, enquanto retorno à cozinha.
"Você está correndo atrás do homem de novo, Marina", minha tia me repreende.
Mas não digo nada, apenas volto a cortar os legumes para o almoço de amanhã em silêncio.
Agora que José Ricardo é o nosso patrão, faço questão de deixar tudo impecável para a sua chegada.

Depois do trabalho, me recolho ao quartinho nos fundos, onde minha tia e eu dormimos.
Conheço José Ricardo desde menina, sempre fui apaixonada por ele, mas minha tia faz questão de me lembrar que ele só me vê como uma amiga.
Poderia ser verdade, ainda depois que aquela víbora da Rosa o seduziu e ele caiu de quatro por ela. Ainda bem que ele descobriu o tipinho de mulher que ela era.

   Por mais infernal que tenha sido para José Ricardo superar aquela cobra, nunca me senti tão feliz por um par de chifres alheios.
Eu sei o que ele fez com o sujeito que estava se agarrando com a Rosa fazenda a fora, mas finjo que não sei de nada.
O povo aqui pensa que o cretino foi embora junto dela.

Zeca passou meses afogado em bebidas até esquecer de vez aquela maldita.
Eu? Eu passei anos guardando-me só para ele consumar nosso amor.
   Eu sei que deveria ter seguido o conselho de minha tia e me guardado para o casamento mas, pelo amor de Deus!
Já tenho 20 anos, logo ficarei para titia igual a ela.

Só lembrar da primeira vez que eu e José Ricardo fizemos amor, meu coração simplesmente derrete. Mesmo que ainda não tenhamos no beijado, meu corpo é dele e o dele é meu.

  Aquele homem forte, turrão, de cabelos dourados é meu mundo inteiro. 
Sem falar no  o quão bem dotado o homem é. Depois da primeira vez, fiquei ardendo por quase uma semana inteira.

Mas aquela não foi a última vez que estive com ele, na verdade  até perdi as contas, eu sempre quero mais.

Apesar dele nunca me procurar por causa da minha tia Consuelo, ele a respeita demais da conta e teme que ela desconfie o oque estamos estamos fazendo pelos pastos a fora.
José Ricardo sempre foi muito discreto comigo para não manchar minha imagem de boa moça mas, ele poderia me manchar por inteira se quisesse.

"Menina, menina.. se eu fosse você tirava esse sorriso besta da cara. Ainda mais se for pelo que eu tô pensando" minha tia diz
"Aí tia me deixa ser feliz".  reclamo com ela
" Tudo que eu quero é sua felicidade Marizinha mas, Zeca não quer você assim, é claro que ele tem consideração por você mas não dessa maneira, menina. " faço uma careta e tento disfarçar porque amanhã o dia vai ser cheio de novidades e não quero brigar com ela.
Então só fingi concordar "eu sei tia, vou tirar Zeca da cabeça". 

Tia Consuelo até poderia estar certa no passado mas agora, o homem não resiste a mim. Não mais. Só se faz de durão.

Fico rolando na cama pensando quando ele finalmente vai contar pra esse povo de Rio Sereno sobre nós, não me importo com o dinheiro do morto.
Mas até que não seria nada mal ser a senhora da Fazenda Reis do Campo, imagina só!", penso enquanto seguro o retrato de minha mãe que morreu quando eu era menina.
Ela era um mulher linda antes da gripe chegar. E o maldito do Roberto Reis nem se quer se importou, só queria usá-la. Tomara que esteja queimando no inferno.

  Ah, meu José Ricardo!  
Você é diferente de tudo que já vi. Não posso deixar que outra mulher te leve de mim novamente, juro que faria de tudo para mantê-lo ao meu lado, até mesmo...
Até mesmo a mataria.
Desligo as luzes, ansiosa pelo amanhã, pois sei que meu homem vai aparecer.

suspiro só de pensar em meu amante, Ah.. José Ricardo dos Reis

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