Satoru X leitora.
Satoru Gojo e [Nome] Mizu, dois melhores amigos que dividem um apartamento e mantém uma relação equilibrada, até que um pedido por parte de Satoru coloca essa harmonia em risco.
• amizade sem filtros
• uma idosa com humor duvidoso...
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—————— Satoru Gojo ——————
— Oi?! — ela indagou estática e tudo que eu podia sentir era o meu peito queimando como se estivesse no fogo.
Eu devo estar completamente louco...
Ela começou a respirar mais ofegante do que já a tinha deixado, me olhando com uma mistura de desejo e ansiedade.
Droga!
— Faz um filho comigo — peço outra vez, mais tranquilo, sorrindo e passando os dedos por sua bochecha.
Percebo o quão próximo estou quando a ar que sopra dos seus lábios esquenta os meus. Ela espalma a mão no meu peito, como se quisesse me afastar e eu sinto uma pontada que parece rasgar os átrios do meu coração.
— Você está bêbado? — ela pergunta buscando respostas nos meus olhos e eu rio, negando.
— Nenhum pouco.
Minha voz sai com rouquidão, se arrastando por minha garganta enquanto o meu corpo esquenta ainda mais. Ela paralisa por meio segundo, recua o rosto contra o travesseiro e olha a minha boca, sinto o seu corpo se mover suavemente embaixo do meu, mas não me mexo. Sei que o que eu acabo de pedir é uma linha totalmente fora da nossa curva.
Seus lábios se entreabrem e ela se aproxima como se quisesse me beijar. Nossas respirações colidem e as pernas dela tremem ao meu redor. Percebo quão longe eu fui quando a vejo confusa e medrosa, então toco o seu rosto e encosto nossas testas, fechando os olhos e descansando o corpo, mas o meu coração continua agitado.
— Satoru... — sua voz soa com manha, batendo contra a pele suplicante do meu pescoço.
Sua mão ainda está em meu peito, mas não me empurra mais. Só treme e eu me sinto péssimo por isso, mesmo assim, não quero e não consigo me afastar. Alimentei todo esse amor por tanto tempo, que agora é difícil ir contra os limites que eu mesmo impus. Até porque, eles nunca foram muito bem respeitados... só estavam ali no fundo da minha mente como um porta-retratos esquecido no canto do escritório.
Engulo em seco, os meus olhos pesam, minha respiração falha e a minha pele estremece quando os seus lábios quentes pegam no início do meu pescoço. Entreabro a boca, mas nada soa além da respiração dela. Um arrepio corre pelo meu peito até a cabeça, como um simples mover dela bagunçasse tudo.
— [Nome] — sussurrei erguendo o rosto para ficar frente ao dela.
Seus olhos de cervo me encaram e tudo que eu desejo é beijá-la até não sentir mais a minha boca.
