Satoru X leitora.
Satoru Gojo e [Nome] Mizu, dois melhores amigos que dividem um apartamento e mantém uma relação equilibrada, até que um pedido por parte de Satoru coloca essa harmonia em risco.
• amizade sem filtros
• uma idosa com humor duvidoso...
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—————— Satoru Gojo ——————
Eu nunca tive problemas com sangue ou machucados, mas quando se trata dela, eu entendo que seria menos doloroso se fosse na minha própria pele.
E mesmo que eu brinque e suas costas nuas me atraiam tanto, não consigo me acalmar quanto a forma com que a machucam. Não importa o quanto ela tente me convencer de que isso apenas aconteceu. Por que teriam tarraxas em suas roupas? Por que sempre há uma em suas sapatilhas? Por que de repente acontece coisas ruins apenas com ela e justo no teatro? Para mim, Suguru e suas admiradoras lunáticas perderam a graça há anos.
— Tome o seu banho, vou te esperar no quarto — disse selando seu ombro, frio pelo ambiente.
Sua pele sempre foi o tipo que muda facilmente a temperatura de acordo com o clima, o que me acostumou a andar com casacos no carro, pois quando está frio e o ar está ligado, ela treme e se angustia...
— Não vou dormir com você!
— Invente outro castigo! — rebato e deixo o banheiro de imediato.
Volto à sala, vendo o buquê de rosas e os chocolates, bem como o meu buquê de lírios brancos e seu presente. Como sei do seu costume, tiro as rosas vermelhas com cuidado e busco o vaso de vidro, o encho de água e as coloco ali, porque ela seria capaz de chorar por esquecer essas rosas.
Vendo a sombrinha no canto da porta, lembro da loja de conveniência...
...
Minutos antes;
Os meus olhos se alternaram entre os escuros de Raya e os escuros de Suguru. Ela mordeu a barra de chocolate, rindo para mim de um jeito que me irritava.
— O que você quer Satoru? Veio ficar me admirando? — voltei a encará-lo com certa ameaça.
— Saia — disse à loira.
Seus olhos zombeteiros miraram Suguru, então ela me olhou com falsa doçura e deu as costas à ele.
— Sim, senhor...
Ninguém mais estranhava suas atitudes, por isso se tornava muito conveniente. Esperei em silêncio, mexendo casualmente nos chaveirinhos nos fundos da loja.
— Você se lembra daquele seu amigo, Geto? — ergui os olhos com desinteresse ao ter apenas silêncio.
