Capítulo 12

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—————— [Nome] Mizu ——————

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—————— [Nome] Mizu ——————

     Quando entrei na residência de Dona Frances, vi um homem loiro e forte ali, o que me fez franzir o cenho e procurá-la pela sala. Só então a vi.

     A velhinha de cabelos curtos e totalmente grisalhos, estava sentada no sofá, folheando uma revista de música antiga que eu tinha conseguido semana retrasada, uma manta cor de marfim sobre as pernas e almofadas. O ambiente estava tranquilo, diferente de quando ficamos sozinhas.

     — Bom dia, dona Frances — disse baixinho tirando o foco dela para mim.

     Ela franziu o cenho e vi que não conseguia lembrar de mim, outra vez.

     — Desculpe, eu me chamo [Nome]. Lhe ajudo com as tarefas durante a semana — ela olhou o calendário sobre a pequena mesinha, e voltou os olhos verdes para mim.

     — Filhinha, você é problemática? — segurei a vontade de rir por sua fala repentina — Não estamos no meio da semana...

     De imediato busquei o celular para verificar a semana e vi ser domingo.

     — Bom dia — a voz rouca chegou pelas minhas costas e eu me virei olhando o homem loiro e o reconhecendo.

     — Nanami? — sorri largo, vendo-o rir de volta.

     Vestia o avental cor de salmão que parecia pequeno para ele.

     — Olá... o que faz aqui?

     — Eu quem pergunto isso a você — ele escorreu as mãos pela nuca e deu de ombros.

     — Ela é a minha bisavó. Você deve ser a cuidadora... Não está mais no teatro? — seus olhos cheios de curiosidade desceram pelo meu corpo, como se pudesse me ver de figurino ou se perguntasse se eu tinha mudado muito em três anos.

     — Ah, não! Estou, estou sim... mas eu cuido dela pela manhã, só não lembrei que ontem foi sábado — ele sorriu leve e olhou para trás de mim.

     — Ela não está muito em si hoje, então não posso ir te deixar em casa e aconselho não puxar assunto — por mais que houvesse humor em sua voz, seus olhos castanhos estavam opacos.

     — Não se preocupe. Eu vou ligar para o meu amigo, com licença — pedi sem jeito e me dirigi a porta. — Dona Frances, eu volto segunda para assarmos biscoitos — ela fez careta para mim e olhou de soslaio para o bisneto.

     Mesmo que ela estivesse desconfiada, eu gosto sempre de lembrá-la o que vamos fazer porque tenho sempre esperanças que na segunda, ela lembre que eu passei e que vamos assar biscoitos.

     Pouco tempo depois de ter falado com Satoru, Nanami saiu e se sentou comigo no degrau da frente da casa, consequentemente tomando um pouco de sol ao meu lado.

Pelos Seus Olhos - Satoru GojoOnde histórias criam vida. Descubra agora